Retrato de Bezerra de Menezes

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e Benefícios
Bezerra de Menezes

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade. - Allan Kardec

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BLOG DA FAMÍLIA

SARAH E JACOB em...
"EU NÃO DISSE?"

Ilustração com um casal jovemJacob e Sarah eram amigos na infância, na época em que certo Messias andava fazendo sucesso lá pela Galiléia. Certo dia Jacob chamou a Sarah porque soube que Ele estava fazendo um sermão não muito distante de onde moravam.

- Quem é esse Messias? – perguntou Sarah, tentando se apressar para acompanhar Jacob.

- Olha... uns dizem que o cara é o próprio Deus... outros dizem que é enganação, que tá se fazendo passar por quem não é ...

- E por que você quer vê-lo, então?

- Pra ter minha própria opinião, ué... eu tenho um tio que é amigo deste Messias e ele sempre diz que a gente tem que ver pra crer, se não, não dá pra confirmar nada.

- Tio Tomé?

- Esse mesmo...

Quando chegaram ao local onde estava o Messias, os dois ficaram muito assustados quando viram a quantidade de gente que o cercava. Estavam muito longe dele e, embora conseguissem ouvi-lo com perfeição, queriam mesmo é chegar perto, como toda criança.

- Temos que chegar mais perto – falou Jacob. - Não podemos ouvir daqui? Parece que está falando aqui pertinho...

- E se ele fizer um milagre? Como vamos saber?

- Milagre? Que milagre?

- Mas em que mundo você vive, Sarah? Não ouviu falar do morto que viveu, do paralítico que andou... da água que virou vinho?

- Vai me dizer que ele fez tudo isso?

- É o que eu vim descobrir... vamos... Então eles foram se infiltrando entre as pessoas, mas quando conseguiram chegar perto o Messias já havia terminado de falar e estava saindo.

- E agora? Como vamos falar com ele, se está cercado de seguranças? – perguntou Sarah.

- São os apóstolos, não seguranças... olha lá, meu tio tá com eles, quem sabe ele não me dá uma força?

Jacob correu e deixou Sarah para trás. Então ela resolveu sentar e esperar, pois já estava cansada. Só que o tempo passou e todo mundo foi embora. Jacob não voltou e ela não sabia voltar sozinha para casa. E agora? Quando o desespero começou a tomar conta, um homem apareceu na frente dela e perguntou:

- Por que você está chorando?

A Sarah deu um pulo da pedra onde estava sentada e respondeu, com o coração quase saindo pela boca:

- De onde você apareceu, criatura?

- O que você faz sozinha aqui? – perguntou o desconhecido.

- Eu me perdi do meu amigo... e não sei voltar para casa...

- Venha comigo, vou levar

- Mas você sabe onde eu moro?

- Ah! Vamos na direção da cidade... em algum momento você há de reconhecer o caminho, não é?

Então os dois foram e aquele homem foi puxando uma conversa atrás da outra com Sarah, que gostava muito de uma conversa. Só que Sarah começou a andar mais rápido do que ele, com medo de levar algum castigo por ter chegar tão tarde. Então, de repente, olhou para trás e cadê o homem? Ele tinha sumido. Logo em seguida virou para frente e ali estava ele a esperando com um sorriso, a um passo dela.

- O que houve? – ele

- Você ficou para trás e sumiu... agora apareceu aí na frente... como fez isso?

- Eu não fiz nada de especial... você é que me perdeu. Sarah ficou encucada. O cara tinha aparecido de repente quando ela tava sozinha e ela nem o ouviu chegando. Agora sumia atrás dela e aparecia na frente. Então ela resolveu ficar atenta e não tirou mais o olho dele. Só que, de repente, uma coruja piou do lado da estrada e tirou a atenção dela. Foi uma fração de segundo. Bastou olhar para o lado e, pronto, quando olhou de novo, cadê ele? Rodopiou em volta dela mesma e não o viu. Já ia chorar por estar sozinha, quando ele cutucou seu ombro. Estava ali, e sorria de novo.

- Como é que você faz isso? – perguntou Sarah.

- Faço o que?

- Some, depois volta... eu nunca vi ninguém fazer isso. Você é um fantasma? – perguntou Sarah, jurando a si mesma que não tirava mais os olhos dele, mas, enquanto ela falava, olhando para ele, tropeçou numa pedra e teve que olhar para o chão, e já não o encontrou mais quando olhou novamente. Só que desta vez não se assustou. Cruzou os braços e falou:

- Espertinho, né? ... onde você está agora? Então o homem apareceu nas suas costas e com uma força que ela nem podia imaginar que ele tinha, levantou-a no colo e sorriu, para depois dizer:

- Vamos nos apressar porque seus pais devem estar muito preocupados. Já é quase noite. Vou levar você no meu braço para irmos mais ligeiro. E assim foram chegando perto da casa da Sarah, mas ela ainda estava encucada com aquele homem que aparecia e desaparecia. Então, como já iam chegar, o desafiou:

- Tá ... e você não vai me dizer como faz isso, né?

- Isso o quê?

- De sumir e aparecer... então quero ver sumir comigo no colo...

Pronto. Lá foi a Sarah para o chão. Mas o lugar era de areia macia, por isso não se machucou. Logo ela viu que estava bem pertinho de casa e sua mãe já vinha correndo, desesperada porque não sabia onde ela estava. Depois de muito falatório, Sarah conseguiu explicar tudo. Jacob estava lá, cheio de desculpas por ter perdido a amiga e era quem mais fazia perguntas, sempre desconfiado.

- Mas quem a trouxe, afinal.

- Um homem que aparecia e desaparecia.

- O quê?

- É verdade. Eu deixava ele para trás e ele aparecia na minha frente. Eu olhava para a coruja e ele já tinha sumido, depois aparecia do meu lado. Eu tropecei numa pedra e quando olhei, cadê ele?

- Sim, onde ele estava – perguntou a mãe de Sarah, aflita.

- Não sei, mas de repente fui parar no braço dele. Era tão forte, me carregou até aqui, mas depois eu falei que duvidava que ele podia desaparecer comigo no colo... e agora tô assim, toda suja de areia.

O pais de Sarah, e também, Jacob, ficaram muito preocupados. Muito preocupados mesmo. Tá certo que ela já era meio estranhazinha, sempre, mas, essa agora ia além dos limites. Tentaram fazê-la acreditar que aquilo não era possível. Que ia contra as leis de Deus. Que um corpo não pode aparecer e desaparecer como se fosse feito de ar e que, se fosse um fantasma, não conseguiria carregar ninguém no colo. Mas ela tinha visto, e não visto, e visto, e não visto, tantas vezes, que se recusava a mudar de ideia.

- E como era o nome deste homem? – Perguntou, por fim, o pai de Sarah.

- Ele disse que era Jesus... ei! Jesus não é o tal Messias que você foi ver pra crer? –perguntou Sarah ao Jacob. Todos se olharam. O caso era bem mais grave do que pensavam. Jacob, que não tinha visto aquilo e seguia as normas do tio famoso, falou:

- Tá ... você tá querendo dizer que o cara, que é “o cara”, veio até aqui só pra trazer você? Então o cara, que é O CARA, veio trazer você e ficou brincando de aparecer e desaparecer, como se fosse um fantasma? Tá ... tudo bem... o que mais você vai inventar pra ficar famosa? Heim?

O pai de Sarah puxou a mãe pelo braço e falou baixinho:

- Olha... eu já ouvi mais gente falar por aí que esse Jesus tem essa mania...

- Ah! Você também? Ela tem por quem puxar mesmo!

E o tempo passou. E Sarah continuou contando sua história do homem que aparecia e desaparecia, mas ninguém acreditava. Virou motivo de piadas. Amiguinha do fantasma... “Como você pode acreditar que alguém pode aparecer e desaparecer?” “só você mesmo”...

E o tempo passou. E quanto mais o Messias ficava conhecido, mais deixavam de acreditar nela. Até que correu a notícia da morte do Messias na cruz. Sarah entristeceu. Estivera com ele tempo tão pequeno que nem podia provar pra ninguém que estivera com ele, mas nunca o esqueceu. Todos comentavam que fizeram com o Messias. Uns estavam indignados por ele não ter queimado com um raio todos os agressores. Outros reclamavam que os mais chegados tinham que ter tomado uma atitude. Outros silenciavam e tentavam entender o que significava tudo aquilo. O importante é que todos falavam do assunto e Sarah estava triste. Dois dias depois, Sarah estava reunida em casa com os pais e o amigo Jacob, quando uma amiga da mãe dela chegou apavorada, contanto a notícia que corria de boca em boca:

"O corpo do Messias sumiu... o corpo de Jesus sumiu..."

- Sumiu como? – perguntaram.

Sumiu, desapareceu no ar... e não foi roubado não, desapareceu de verdade...

Um profundo silêncio tomou conta da casa. Todos ficaram um longo tempo pensativos. Até que a ficha caiu. Então olharam para Sarah, que estava com a expressão de sabedoria desenhada no rosto. E ela apenas falou:

- Eu não disse?"

Fonte: DE JESUS PARA AS CRIANÇAS, de Bittencourt Sampaio, pelo médium Frederico Pereira Jr., Ed. CRBBM

O EVANGELHO NO LAR

Mãos protegendo a famíliaO primeiro exemplar do boletim de nossa Casa - O Cristão Espírita - lançado em agosto de 1965, foi abençoado com uma mensagem de nosso Patrono, Bezerra de Menezes, recebida por Azamôr Serrão, exatamente com esse título, salientando a importância do culto do Evangelho em família para a solução de todos os problemas mais relevantes de nossas existências. Esse texto segue cada dia mais atual, de modo que decidimos transcrevê-lo, abaixo, acompanhado por uma série de vídeos, produzidos pelos nossos grupos da Evangelização da Família, onde explicam, com mais vagar e amplidão, os trabalhos aqui realizados, para atendimento dos pais, das crianças e dos jovens. Acreditamos que combinando o texto e esses vídeos, estaremos salientando a todos os pais, de dois modos diferentes e complementares, a importância de cultivar, em família, desde o mais cedo possível, as santas luzes do Evangelho, de tal modo a puder enfrentar com mais recursos de amor os grandes desafios do dia a dia, esses que se dão exatamente entre as quatro paredes do lar... Esperamos que apreciem ... e que aceitem o nosso convite de juntar-se a nós nesse grande movimento da EVANGELIZAÇÃO DA FAMÍLIA! Em tempo: Nossas atividades de Evangelização Infantil, os grupos de pais e a Mocidade seguem ATIVOS, MESMO COM O CONFINAMENTO, MESMO COM A PANDEMIA. Participem!

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"Jesus nos abençoe.

Trabalhemos pela Implantação do Evangelho no lar, quanto estiver ao alcance de nossas possibilidades.

A seara depende da sementeira. Se a gleba sofre o descuido de quem a lavra e prepara; se o arado jaz inerte e o cultivador teme o serviço, a colheita será sempre desengano e necessidade, acentuando o desânimo e a aflição.

É imprescindível nos unamos todos no lançamento dos princípios cristãos no santuário doméstico. Trazer as claridades da Boa-Nova ao templo da familia, é aprimorar todos os valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.

Não bastará entronizar as relíquias materiais que se reportem ao Divino Mestre, entre os adornos da edificação de pedra e cal, onde as almas se reúnem sob os laços da consanguinidade ou da atração afetiva. É necessário plasmar o ensinamento de Jesus na própria vida, adaptando o sentimento à Sua beleza excelsa.

Evangelho no lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas igrejas vivas da família, teremos a existência transformada na direção do sumo bem.

O céu, naturalmente, não reclama a santificação de nosso espírito de um dia para o outro, nem exige de nós, de imediato, as atitudes espetaculares dos heróis amadurecidos no sofrimento renovador.

O trabalho da evangelização é gradativo, paciente e perseverante. Quem recebe na inteligência a gota de luz da revelação cristã, cada dia ou cada semana, transforma-se no entendimento e na ação, de maneira imperceptível. Apaga-se nas almas felicitadas por essa bênção o fogo das paixões e delas desaparecem os pruridos da inquietação inútil e da maledicência que lhes situam o pensamento nos escuros resvaladouros do tempo perdido.

Enquanto isso ocorre, despertam para a edificação espiritual com serviço por norma constante de fé e caridade, nas devoluções a que se afeiçoam, de vez que compreendem por fim, no Senhor, não apenas o amigo sublime que salva e ajuda, mas também o orientador que corrige e educa para a felicidade real e para o bem verdadeiro.

Auxiliemos assim a plantação do cristianismo no santuário familiar, se desejamos efetivamente a sociedade aperfeiçoada no amanhã sublime da Terra.

Em verdade, no campo vasto do mundo, as estradas se bifurcam, mas é no lar que começam os fios do destino e nós sabemos que o homem, na essência, é o legislador da própria existência. É o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor, a si mesmo.

Ajudar semelhante realização, estendendo-a aos círculos de nossa amizade, oferecendo-lhe o nosso concurso ativo na obra da regeneração dos espíritos, na época atormentada que atravessamos, é sagrada obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino, que iniciou o seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém, mas igualmente nos júbilos domésticos da festa de Canaã, quando simbolicamente transformou a água em vinho, na consagração da glória familiar.

Que a Providência celeste nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de reconstrução do lar sob os alicerces do Cristo, nosso Mestre e Senhor, dentro da qual cumpre colaborar com as nossas melhores forças são os votos sinceros do irmão e servo humilde,

BEZERRA DE MENEZES

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NATAL EM FAMÍLIA

A Evangelização da Infância e Mocidade, bem como o Grupo da Família da CRBBM, é um trabalho desenvolvido através do amor. Podemos dizer que é o amor em ação. Reveste-se de princípios basilares trazidos pela Doutrina Espírita, em sintonia perfeita com o magnetismo amoroso de Jesus, pois a letra ganha extraordinário efeito quando embalada pela misericórdia do Cristo.

O conhecimento doutrinário, por ser uma busca constante, procura, através da pedagogia do amor, enfatizar, principalmente, os ensinamentos de Jesus como fundamento para a vida, compreensão que se faz inadiável quando o próprio Mestre nos diz: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14: 6)

O sentido do acolhimento profundo e a busca do colo amigo, como abrigo para as nossas almas, traz, pouco a pouco o despertamento e a certeza de que estamos palmilhando, embora com passos tímidos, o caminho da verdadeira felicidade.

Os vídeos apresentados exprimem um pouco o que, em especial neste momento de pandemia, conseguimos realizar como esforço e dedicação de todos juntos, pois... “o melhor bem que podemos fazer é o bem que fazemos juntos”.


AMIZADE

Silhueta de crianças de mãos dadas, tendo ao fundo a luz do solAo iniciar o ano de 2020 ficamos novamente estarrecidos com a novidade que estava sendo disseminada nas redes sociais e escolas do Brasil. Vídeos foram compartilhados ensinando às crianças e jovens a brincadeira do “quebra crânio”. Só pelo nome já imaginamos que não se trata de uma brincadeira. A dita “brincadeira” tratava-se de um desafio em que duas pessoas se posicionam ao lado de um colega que, ao pular, recebe uma rasteira.

Em muitos dos vídeos, o golpeado cai de costas e bate a cabeça no chão, o que coloca em risco o crânio, o cérebro, a coluna e até a vida dos adolescentes. Algumas pessoas vieram a falecer após passar pelo “desafio”. A “brincadeira” se popularizou, principalmente nas escolas.

Vários médicos começaram a se manifestar no intuito de promover a conscientização sobre os perigos do "quebra-crânio" e desmotivar sua prática.

As pessoas que estimulam esse desafio a um “amigo” podem ser tudo, menos amigas.

Nós, como responsáveis por crianças e adolescentes ainda em formação, temos a obrigação de esclarecê-los sobre o valor da amizade, estarmos alertas para identificar com quem nossos amados estão convivendo, pois como diz o ditado popular: “Diga-me com quem andas, que te direi quem és”, sabemos que somos influenciados no meio em que vivemos, influência essa tanto de encarnados como desencarnados.

Precisamos alertar nossas crianças para que aprendam que a amizade é um bem muito valioso.

No capítulo 7, da segunda parte de O Livro dos Espíritos, intitulado “Lei de Sociedade”, Allan Kardec, por meio das respostas dos Espíritos às suas várias questões, discorre sobre a necessidade da vida social. Assim, Deus fez os seres humanos para viverem em sociedade, a fim de aprenderem o auxílio recíproco, sobretudo porque indivíduo algum possui todas as faculdades de maneira completa. Na questão 768, ao ponderar que a realização de uma pessoa, em determinada área, complementa a dificuldade de outra e vice-versa, o Codificador anota:

Pela união social, eles se completam uns pelos outros para assegurar seu bem-estar e progredir. Por isso, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados.

Podemos afirmar que o cultivo da amizade atende plenamente aos dois objetivos elencados por Kardec, o bem-estar e o progresso individual, porque o convívio com pessoas amigas preenche nossa fatal necessidade de intercâmbio afetivo, bem como possibilita formas de crescimento pessoal que talvez não possam ser encontradas em outros tipos de relacionamento.

A amizade, no enfoque espírita, não consiste tão-somente numa afeição autêntica, mas também numa síntese da caridade, conforme o espírito Emmanuel (livro “Amor e Sabedoria de Emannuel”, capítulo 11):

Caridade é, sobretudo, amizade.

Para o triste – é a palavra

Para o mau – é a paciência com que nos compete ajudá-lo.

Para o desesperado – é o auxílio do coração.

Para o ignorante – é o ensino despretensioso.

Para o ingrato – é o esquecimento.

Para o enfermo – é a visita

Para o estudante – é o concurso do aprendizado.

Para a criança – é a proteção construtiva.

Para o velho – é o braço irmão.

Para o inimigo – é o

Para o amigo – é o estímulo.

Para o transviado – é o entendimento.

Para o colérico – é a

Para o impulsivo – é a

Para o leviano – é a tolerância.

Para o maledicente – é o comentário bondoso.

Para o deserdado da Terra – é a expressão de carinho.

A partir desse entendimento, temos na amizade um sentido superior, calcado na mais pura solidariedade, de tal modo que o amigo representa aquela pessoa com a qual se pode contar como mão amiga nos momentos difíceis, sem qualquer risco de desconfiança ou de interesses outros. Amigo é o companheiro de jornada evolutiva (encarnado ou desencarnado) capaz de contribuir, desinteressadamente, para a felicidade do outro.

Os verdadeiros amigos não são aqueles que nos rodeiam pelo que temos, mas os que nos valorizam pelo que somos.

Que nossos filhos bem amados possam ser amigos e ter amigos verdadeiros no caminho de sua evolução.

RECOMEÇAR

Mão sobre fundo de céu azul, dando suporte para o voo simbólico da palavra recomeçarComeçou o mês de Fevereiro e com ele a nossa querida Evangelização da Família reinicia as suas atividades.

O dicionário nos explica que recomeçar é começar de novo; retomar, após interrupção.

Podemos dizer que nossa vida é um recomeço contínuo. A cada dia somos chamados a recomeçar, sem que a gente se dê conta disto.

Ao recomeçar temos a oportunidade de fazer diferente. Chico Xavier tem uma célebre frase que diz: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo fim”. Recomeçar então nos dá uma sensação de liberdade e esperança, de dias melhores e evolução.

A nossa vida é recheada de experiências, uma boas outras nem tanto. Afinal, reencarnamos com o objetivo de evoluir, aprender, resgatar erros passados, colocar à prova o aprendizado por nós auferido.

Sobre isto Joanna de Ângelis, por meio da psicografia de Divaldo Franco, nos fala no capítulo 12 do livro “Filho de Deus”:

“Sempre há que se começar a viver de novo. Uma decepção que parece matar as aspirações superiores; um insucesso que se afigura como um desastre total; um ser querido que morreu e deixou uma lacuna impreenchível; uma enfermidade cruel que esfacelou as resistências; um vício que, por pouco, não conduziu à loucura; um prejuízo financeiro que anulou todas as futuras aparentes possibilidades; uma traição que poderia ter-te levado ao suicídio, são apenas motivos para recomeçar de novo e nunca para se desistir de lutar.”

Ainda é difícil entendermos que fazem parte do nosso estágio evolutivo, que esses fenômenos tão negativos são consequências ou ressarcimentos de débitos anteriores contraídos por nós mesmos em algum momento de nossas vidas, que podem estar relacionados às nossas vidas passadas ou mesmo à vida

Precisamos entender que a vida funciona dentro de leis perfeitas criadas pelo Pai, que nos criou para a perfeição. Mas como na natureza a evolução não dá saltos, seguimos aprendendo. Mas muitas vezes nos comportamos na escola da vida como aqueles alunos teimosos, que aproveitam pouco ou mal a inteligência que têm. Aí são reprovados. Nós também, quando não aprendemos as lições, precisamos refazer.

Nós sempre seremos herdeiros de nós mesmos, sempre teremos que aprender aquilo que não fizemos corretamente.

No mesmo livro “Filho de Deus”, Joanna comenta que “A cada momento podes recomeçar uma tarefa edificante que ficou interrompida. Nunca é tarde para fazê-lo; todavia, é muito danoso não lhe dar prosseguimento. Parar uma atividade por motivos superiores às forças é fenômeno natural. Deixá-la ao abandono é falência moral.”

Compreender a pluralidade das existências nos permite enxergar adiante, faz saber que a vida não se resume em uma única oportunidade e que o espírito é imortal. O passado deve ser entendido como um aprendizado, o presente, uma preparação para um futuro melhor.

Somos criaturas imperfeitas, erramos e por isso devemos nos esforçar para evoluir. Plantemos agora boas sementes para que a colheita seja satisfatória.

Muitas vezes, os motivos dos nossos sofrimentos estão nas ações praticadas por nós no pretérito. Sempre que erramos, somos convidados a consertar o erro e então temos que começar tudo novamente. Deus, em sua infinita sabedoria e misericórdia, sempre nos concede novas oportunidades. Por isso devemos aproveitar a oportunidade que nos foi confiada como se fosse a última. Quanto antes entendermos esse mecanismo, mais rápido chegaremos à perfeição.

A primeira dica para sabermos se estamos agindo certo é meditarmos se estamos seguindo os ensinamentos do Mestre. O próprio Cristo ensinou:

“Não façais aos outros o que não quereríeis que vos fosse feito, mas fazei-lhe, ao contrário, todo o bem que está em vosso poder fazer-lhe.”

Sempre é possível fazer uma autoavaliação. Ao final do dia, quando colocamos a cabeça no travesseiro devemos perguntar ao nosso íntimo o que fizemos naquele dia que merece uma mudança de atitude. Nossa própria consciência se torna nosso maior sensor.

Fazer o bem sempre, amar toda e qualquer criatura sem esperar ser amado e perdoar quantas vezes for necessário. Esta é a receita para felicidade.

E é na Casa Espírita, a nossa escola espiritual, que temos a oportunidade de aprender e meditar sobre esses conceitos. Como pais e responsáveis de seres que estão sob a nossa tutela temos a missão, honrosa e difícil, de apresentá-los ao caminho certo a seguir. Por isso convidamos todas as famílias a se juntarem a nós, em todos os sábados, para juntos aprendermos como trilhar esse caminho.

Vem!

O ANIVERSARIANTE

Ilustração com Jesus sorridente entre criançasDezembro chegou! A cidade se agita. Os shoppings e o trânsito ficam abarrotados de pessoas, indo e vindo em todas as direções. É natal! A cidade se enfeita com árvores iluminadas e com laços e bolas penduradas. Uma figura desponta aqui e acolá em varandas, árvores e grades – é o papai noel. Tem papai noel no shopping - as crianças correm para tirar foto com ele, tem também nos comerciais de TV, que anunciam os presentes que serão trocados na noite de natal. Mas, com todo esse frenesi, infelizmente a maioria pouco se importa, ou até mesmo lembra, qual o propósito deste dia tão importante e especial para os cristãos.

Natal é Jesus! Simples assim e como Ele. Nosso Mestre, modelo e guia, Irmão muito amado e até mesmo por alguns chamado de Pai - e por que não? Ele não é o Pai – o Pai é Deus, e por isso nos chama de Irmãos. Mas Seu amor por nós é tão paternal, tão imenso que alguns o chamam de Pai também. Apenas uma questão semântica.

Jesus, Espírito perfeito, o Único que já passou por nosso planeta. Designado pelo Pai para, como um Pastor amoroso, conduzir as ovelhas perdidas (que somos nós) para junto Deles – porque Ele e o Pai são Um. (João 10:30)

Este Irmão amoroso vela por nós, acompanha o nosso progresso desde há milênios e milênios atrás. Jesus plasmou o nosso planeta, antecede à existência da Terra. Ele veio fundar a religião do Amor.

No dia 24 de dezembro, todos os cristãos do mundo celebram esse momento, o da sua chegada à Terra. Bendita hora! Hora em que os anjos do Senhor aclamaram: “Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com todos os homens!!!”

Natal é tempo de reflexão, de meditar no que Jesus nos pediu e que não foi muito. Ele apenas pediu para que nos amássemos uns aos outros como a nós mesmos.

Que neste natal possamos meditar no Evangelho do nosso amado Cristo e que na virada do ano, aquele momento em que fazemos as nossas promessas para o ano vindouro, possamos incluir em nossas metas, aprender e sentir os seus ensinamentos, para que nos tornemos, a cada dia, um pouco melhores; e que a cada dia possamos dar mais um passinho na Sua direção, como a pequena criança que está aprendendo a caminhar e com alguma insegurança e tropeços, mas com alegria e um sorriso no rosto, abre os bracinhos em direção ao abraço da sua mãe.

Que na noite de natal o mais simples seja o mais importante.

Feliz Natal!

POR QUE OS JOGOS E BRINQUEDOS VIOLENTOS
SÃO PERIGOSOS?

Foto de crianças segurando as letras da palavra pazO natal está próximo e logo as lojas estarão cheias de pessoas à procura dos presentes de natal, tão comuns nessa festa de confraternização das famílias. Em nossa Casa, sempre solicitamos que as doações de brinquedos para as crianças não incluam brinquedos que lembrem violência, tampouco jogos de azar, mas por que?

O ato de brincar é muito sério, pois é no brincar que as crianças fazem a construção dos conhecimentos e das habilidades para a aprendizagem, além da linguagem e dos valores sociais.

As brincadeiras, os jogos e os brinquedos, são recursos importantes para estimular o desenvolvimento infantil, em todos os seus aspectos: social, físico/motor, moral, cognitivo e da linguagem.

O brincar é uma atividade que promove o bem estar da criança ou de quem a realiza, permite para todos os participantes o desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas, psicomotoras, emocionais e ao mesmo tempo, proporciona o desenvolvimento da resiliência, que é a capacidade de superar as dificuldades encontradas no cotidiano.

A brincadeira na vida das crianças é fundamental na sua educação, pois ela fará parte na formação, física e mental delas.

Divaldo Franco conta a história de uma criança que foi abandonada na instituição que ele preside (Mansão do Caminho). Era um menino que tinha 6 meses de vida. Conforme ele crescia, eles observavam que ele gostava de confeccionar faquinhas. E dizia que queria esfaquear as mulheres que ajudavam Divaldo, só para sentir o sangue quente escorrer pelas suas mãos. Divaldo perguntava como ele sabia que o sangue era quente. Ele dizia que não sabia o porquê, mas sabia que era quente. Divaldo conversava muito com ele, e retiravam as arminhas confeccionadas por ele. O menino cresceu, e pediu que Divaldo o emancipasse. Divaldo concordou, mas com uma condição: “que quando ele sentisse vontade de matar alguém, voltasse e matasse o Divaldo.” O menino se assustou com o pedido, mas concordou. Anos depois eles se encontraram e conversa vai, conversa vem, Divaldo perguntou se o rapaz sentiu vontade de matar. Ele disse que sim, várias vezes. Mas que, cada vez que dava vontade, ele via a imagem de Divaldo dizendo: “Venha e me mate primeiro.” Daí ele desistia. Então, Divaldo contou que, os espíritos lhe contaram que aquele rapaz, em outra encarnação foi um assassino.

Não sabemos o que o espírito que habita o corpo de uma criança fez em sua vida anterior. Por exemplo: se o espírito foi um assassino na vida anterior, um jogo, um brinquedo, um programa violento poderá trazer lembranças do passado e incentivar ou reavivar a vontade de agir de forma violenta. Na adolescência o espírito mostra suas tendências, que nada mais são que bagagem do passado. Sem contar que, atraímos para perto de nós espíritos desencarnados com o mesmo gosto (sintonia vibratória). Da mesma forma que temos de ter cuidado com os nossos pensamentos, precisamos ter cuidado com o que proporcionamos e expomos às nossas crianças.

Com o crescimento da violência e o acesso à informação pela internet e pela televisão, o assunto está próximo da realidade das crianças. As crianças, atualmente, têm a real noção do uso das armas. É indicado evitar esse tipo de brinquedo, até porque existem milhares de outros tipos de brincadeira que não fazem referência à violência e que podem ser estimuladas.

Ilustraçao de crianças de mãos dadas ao redor do mundoAproveitando o ensejo, descrevemos a seguir, algumas sugestões para a utilização de brinquedos de acordo com as faixas etárias, extraídas da publicação “A importância do brinquedo como ferramenta de ensino na educação básica”(1):

Existem poucas publicações sobre o tema “jogos eletrônicos na pequena infância” para podermos concluir sobre os danos e/ou benefícios que estes possam exercer sobre as nossas crianças. Dessa forma, recomenda-se muita diligência e parcimônia no seu uso. Acreditamos que para essa fase as brincadeiras que privilegiem o relacionamento entre os amigos e família são mais indicadas por fortalecerem os laços de amor e a boa convivência.

É necessário que os pais dividam o tempo da criança e criem um objetivo prévio em relação ao que querem que a criança desenvolva, para depois realizar as brincadeiras. Os adultos responsáveis pelas crianças não devem agir por impulso ao comprar os brinquedos, lembrando que cada idade tem suas limitações, como orientadores, devem respeitar a capacidade de cada uma e fornecer divertimento saudável a todas.

É na infância que os espíritos são mais flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir. É nessa fase então que podemos reformar o seu caráter e reprimir seus maus pendores. Tal é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual hão de responder.

Fomos criados por Deus para sermos felizes, e só encontraremos a felicidade através da leveza e da alegria, por isso, os brinquedos e brincadeiras devem levar a alegria e ao culto do bem e das boas atitudes, que levam o ser humano a aprender a amar e a ser amado e, portanto, feliz.

(1) https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol__1380818468.pdf

VIVER É A MELHOR OPÇÃO

Fotomontagem de planta germinando com a luz do sol ao fundoSabemos que a taxa de suicídios é 24 vezes maior entre as vítimas da depressão e que essas pessoas precisam de ajuda para enfrentar esse mal que atinge quase 350 milhões de pessoas no mundo inteiro, sendo 17 milhões só no Brasil.

Mas e quando a ajuda chega tarde?

Há muitas contribuições importantes da doutrina espírita para a prevenção contra o suicídio:

Lembremos sempre, amigos, dos exemplos do nosso Pobrezinho de Assis, que quando em situação extrema, macerado pela dor e exausto por uma vida repleta de privações, completou a composição de um dos mais belos poemas de todos os tempos: o Cântico das Criaturas. Tomemos como alimento, para termos forças para enfrentar os próprios dias com bom ânimo e alegria!

Altíssimo, Onipotente, Bom Senhor Teus são o Louvor, a Glória, a Honra e toda a Bênção.

Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas, especialmente o senhor irmão Sol, que clareia o dia e que, com a sua luz, nos ilumina. Ele é belo e radiante, com grande esplendor; de Ti, Altíssimo, é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã Lua e pelas estrelas, que no céu formaste, claras, preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor pelo irmão vento, pelo ar e pelas nuvens, pelo sereno e por todo o tempo em que dás sustento às Tuas criaturas.

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, útil e humilde, preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo, com o qual iluminas a noite. Ele é belo e alegre, vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa, produz frutos diversos, flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam pelo Teu amor e suportam as enfermidades e tribulações.

Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a morte corporal, da qual homem algum pode escapar.

Louvai todos e bendizei o meu Senhor! Dai-Lhe graças e servi-O com grande humildade!

E, finalmente, para os desanimados, desesperançados ou descrentes, vale sempre lembrar a sábia frase do outro Chico - o nosso, o Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim..."

SETEMBRO AMARELO: VIVER VALE A PENA

Campanha CRBBM Setembro Amarelo 2019Nossa CASA soma a sua voz ao coro de todos os que clamam por mais debate, orientação e prevenção para o enfrentamento da pior epidemia com que hoje lidamos: a dos casos de suicídio. No terceiro sábado deste mês teremos um evento dedicado ao assunto, apresentando um documentário especialmente produzido sobre o tema, seguido de debate (vide cartaz ao lado). O texto a seguir foi produzido pela nosso grupo de Evangelização da Família, e traz também importantes reflexões e dicas para quem precisa de ajuda para a valorização da VIDA...

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“Em tudo dai graças, porque essa é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. (Paulo, I Tessalonissenses, 5:18)

Na questão nº 659 de O Livro dos Espíritos, eles nos ensinam que “a prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele; é por-se em com comunicação com ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer”.

Francisco de Assis terminou os seus dias doente, quase cego, sozinho, numa cabana de palha, em estado febril e atormentado pelos ratos. Foi nesse instante, macerado pela dor e exausto por uma vida de privações, que ele completou a composição de um dos mais belos poemas de todos os tempos: o Cântico das Criaturas. Como pode alguém aparentemente tão “mal”, produzir algo tão belo e feliz?! É como se para algumas pessoas as condições externas “descolassem” da felicidade íntima.

No entanto, há pessoas que convivem com uma espécie de desgosto e desânimo persistentes. Elas sofrem de um mal que atinge quase 350 milhões de pessoas no mundo inteiro, sendo 17 milhões só no Brasil. A este mal chamamos “Depressão”.

A Organização Mundial de Saúde define depressão como um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, além de distúrbios do sono ou apetite. Também há a sensação de cansaço e falta de concentração. A depressão pode ser de longa duração ou recorrente. Na sua forma mais grave, pode levar ao suicídio.

Depressão e obsessão rimam e podem estar ligadas, mas nem sempre é assim. Muitas vezes o problema está apenas conosco, mas isso não o torna melhor nem mais simples de ser resolvido.

A taxa de suicídios é 24 vezes maior entre as vítimas da depressão!

O que nos ensina a Doutrina Espírita a respeito? Como enfrentar o problema? Como ajudar?

Joanna de Ângelis ditou uma vasta obra composta de 16 livros, a qual é chamada de “Série Psicológica”. Nela ela esclarece profundamente seus leitores acerca dessa questão, preparando o indivíduo para o enfrentamento dos conflitos da alma com os quais a criatura humana pode se defrontar ao longo da sua jornada evolutiva.

Joanna de Ângelis nos ensina que a “Depressão tem a sua gênese no espírito, que encarna com alta dose de culpa, quando renteando no processo da evolução sob fatores negativos que lhe assinalam a marcha e de que não se resolveu por liberar-se em definitivo. Com a consciência culpada, sofrendo os gravames que lhe dilaceram a alegria íntima, imprime nas células os elementos que as desconectam, propiciando, em largo prazo, o desencadeamento dessa psicose que domina uma centena de milhões de criaturas na atualidade”. (Receitas de Paz)

Há várias causas para a depressão e cada uma delas é tratada nos livros desse venerando Espírito: Choque da realidade versus autoimagem egocêntrica (“Jesus e a Atualidade”); Medo, pessimismo diante das outras pessoas e circunstâncias da vida (“O Homem Integral”); Intoxicação mental com pensamentos vulgares (“Plenitude”); Culpas, ressentimentos, desgostos, ansiedade imediatista (“O Ser Consciente”); Derrotismo e sensação de impotência (“Autodescobrimento – Uma Busca Interior”); Insegurança e perdas diversas (“Amor, Imbatível Amor” – 1º capítulo dedicado ao tema); Agressões, traumatismos desta e outras existências e rejeição perinatal (“Triunfo Pessoal”); e Drogadição (“Conflitos Existenciais”).

Joanna nos esclarece no livro Desperte e Seja Feliz que “quando o cerco dos problemas torna-se aparentemente irremediável, os temperamentos de constituição mais delicada caem em depressão. A depressão é semelhante à noite inopinada em pleno dia, é nuvem ameaçadora que tolda o sol. É tóxico que envenena lentamente as mais belas florações do ser”.

“A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda de fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus...” (“Amor, Imbatível Amor).

Em “Conflitos Existenciais”, Joanna cita que “a preguiça prolongada pode expressar também uma síndrome de depressão, mediante a qual se instalam os distúrbios de comportamento afetivo e social, gerando profundos desconfortos e ansiedade”.

“Quando a pessoa sente-se desamparada, ignorada, sem possibilidade de encontrar entendimento, logo se apresentam os componentes da inquietação e da revolta íntima, quando não resvala para a depressão”. (Encontro com a paz).

Os sinais de alarme da depressão são: sensação de impotência, descrença, desesperança, solidão e isolamento; e as vítimas mais frequentes da depressão são as mulheres, os jovens e pessoas idosas.

Para o tratamento da depressão recomenda-se:

Pais, mães, amigos... na luta contra esse inimigo invisível, todos podem ajudar. Observe com mais atenção e generosidade os que estão à sua volta. Quem está em depressão quase nunca consegue pedir ajuda. É preciso saber olhar... e ouvir!

ENVIADOS DO PAI

Fotomontagem com os retratos de Bezerra de Menezes e Azamôr SerrãoEsse é o mês em que comemoramos o dia dos pais. Mas quem são nosso pai e nossa mãe? Há uma passagem do Evangelho em que Jesus nos explica quem é nosso pai, nossa mãe, nossos irmãos:

Entretanto, tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lado de fora, mandaram chamá-lo. – Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te chamam. – Ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; – pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S. MARCOS, 3:20-21 e 31 a 35; – S. MATEUS, 12:46 a 50.)

A lição que nos cabe retirar dessa fala evangélica de Jesus é de que a nossa família é a humanidade inteira. Todos aqueles que fazem parte dessa sociedade gigantesca são nossos familiares, são nossos pais, nossas mães, nossos irmãos.

Dessa maneira, Jesus tirava esse domínio da família nuclear da nossa mente, relativamente ao progresso. Nós somos fiéis à nossa família nuclear, é válido, mas não podemos nos fixar nessa família nuclear para ignorarmos a macro família da Humanidade.

Neste aspecto, “O Evangelho segundo o Espiritismo“ nos fala exatamente sobre isto: a parentela corporal (nossos irmãos “de sangue”, nossa família biológica) e a parentela espiritual. Ninguém ignorará que existe uma família muito maior do que essa ao nosso redor ou distante de nós, que é a nossa família espiritual.

Deus, nosso Criador, não nos abandona nunca e enviou Jesus, nosso Irmão Maior, para nos guiar em retorno à Casa do Pai. Jesus, por sua vez, se utiliza de espíritos prepostos para nos auxiliar nessa caminhada. Dentro das nossas limitações, nós mesmos, muitas vezes, também atuamos como esses espíritos quando ajudamos nossos irmãos e fazemos diferença nas suas dificuldades.

Iniciamos este texto lembrando que em agosto comemoramos o dia dos pais. Em agosto também celebramos o desencarne do nosso querido irmão Azamor Serrão, fundador da nossa Casa (01/08/1969) e o reencarne do nosso amado vovô Bezerra de Menezes – patrono da nossa Casa (29/08/1831). Irmãos que, com seu profundo amor paternal por nós, nos levam a fazer uma única celebração por meio dessa singela homenagem.

Você já se perguntou algum dia como você veio parar aqui nesta Casa bendita, fundada pelo nosso querido Azamor Serrão, que seguiu as orientações do nosso amado vovô Bezerra? Então...

Todos estamos conectados uns aos outros e ao Criador por meio do fluido cósmico universal. Estamos todos seguindo na mesma direção, em busca da mesma luz. Somos uma só energia, juntos formamos um imenso tecido de luz... um dia somos pais, no outro filhos.

Seguimos gratos, então, por já estarmos em uma posição de nos encontrarmos mais conscientes do nosso papel no Universo e, deste modo, buscando cumprir o objetivo de Deus, que é tornarmo-nos uma só família.

AS BEM-AVENTURANÇAS

Jesus diante da multidão no sermão das bem-aventurançasMahatma Gandhi disse que se se perdessem todos os livros sacros da humanidade, e só se salvasse “O Sermão da Montanha”, nada estaria perdido.

O Sermão da Montanha também é chamado de Sermão das Bem Aventuranças. Foi pronunciado por Jesus em um monte, em Cafarnaum. Nele Jesus faz uma síntese das leis morais que regem a humanidade. Bem aventurança é uma declaração de benção com base em uma virtude ou boa sorte. No entanto Jesus utiliza a forma de um paradoxo: a bem aventurança não é proclamada em virtude de uma boa sorte, mas exatamente em virtude de uma má sorte: pobreza, fome, dor, perseguição.

O Sermão da Montanha é o mais conciso e ordenado sistema de uma filosofia universal. Neste sermão achamos tudo o que a nossa alma necessita saber a respeito de Deus, da criação e da vida cotidiana. Ele comunica à humanidade inteira as oito regras básicas para o comportamento humano.

Vamos conhecer e meditar sobre as oito regras:

  1. Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Os pobres de espírito são os humildes e pessoas simples, as pessoas que são desprendidas dos bens terrenos, por livre e espontânea escolha espiritual. São os desapegados. Na realidade, os pobres pelo espírito são todos; os ricos e pobres que desenvolvem a humildade. O reino dos céus são os planos vibratórios mais elevados.

  2. Bem aventurados os que choram, porque serão consolados. A dor é benção depurativa, pois permite-nos expiar os erros passados. Por isso são bem aventurados.

  3. Bem aventurados aqueles que são brandos e pacíficos, porque herdarão a Terra. Ser brando e pacífico não significa passividade ou apatia, mas desistência de qualquer violência. A violência é recurso dos fracos de espírito. Devemos descobrir em nós mesmos as nossas potências divinas e renunciar, definitivamente, à violência física e mental. Os brandos e pacíficos são silenciosamente poderosos, enquanto que os demais são ruidosamente fracos. Herdar a Terra significa habitar a Terra regenerada.

  4. Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Trata-se de um princípio orientador interior, de caráter objetivo, que traz um sentimento de realizações do Eu Divino que o busca com fome. A justiça de estar vivendo de acordo com a verdadeira e real necessidade interior.

  5. Bem aventurados aqueles que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Ser misericordioso é compadecer-se da dor do semelhante, compreender sua necessidade, saber perdoar. Não se trata de doar objetos (embora em muitos casos seja uma atitude muito bem vinda), mas é preciso ser bom, dar de si. Pode-se fazer o bem sem ser bom, mas é impossível ser bom sem fazer o bem. Os misericordiosos receberão misericórdia, não necessariamente dos homens, mas de Deus.

  6. Bem aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus. Egoísmo é a origem de todos os males. Deus é amor puríssimo e a egolatria é cegueira mental. Os puros de coração são os libertos do ego. Kardec explica, no cap. 8 do ESE, que a pureza de coração “é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade".

  7. Bem aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles. A justiça é a atitude justa e reta do homem para com Deus. Perseguir os outros, por motivos de suas crenças, é atentar contra o mais sagrado direito que tem todo homem, o de crer no que lhe convém e de adorar a Deus como o entenda. O Ego precisa suportar a dor e o sofrimento, sem sucumbir ao amargor e ao ressentimento.

  8. Bem aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. A partir do instante que deixamos de ser turistas neste mundo e tentamos viver à luz da mensagem do Cristo, passamos a andar na contramão deste mundo. A causa de sermos perseguidos é o confronto natural que o reino de amor e valores ensinados pelo Mestre fazem a este mundo, especialmente pela declaração convicta de Jesus como nosso Modelo e Guia. Estamos sob intensa luta espiritual: interior e exterior. Jesus mesmo avisou que somos como ovelhas no meio de lobos e que, por nos tornarmos seus seguidores, as pessoas deste mundo nos odiariam. Não precisamos temer, mas fortalecer uns aos outros e pautar a nossa conduta dentro dos mais excelsos parâmetros para nos relacionarmos bem em sociedade.

CARIDADE

Foto mãos ofertando um coraçaoO frio chegou. A nossa Casa toda se reúne para ajudar a aquecer os irmãos mais necessitados. Vamos nos mobilizar e separar aquela roupa que ainda está em bom estado e que podemos oferecer a quem nada ou muito pouco tem. Isso é caridade. Mas caridade se refere apenas à doação de bens materiais?

Kardec, ao perguntar qual o verdadeiro sentido da palavra “Caridade”, como a entendia Jesus, recebeu a seguinte resposta do Espírito da Verdade: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das ofensas.” Nessa resposta não há referência a bens materiais. Kardec explica que a caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência, e nos proíbe humilhar o infortúnio, ao contrário do que comumente se pratica. Se um rico nos procura, atendemo-lo com excesso de consideração e atenção, mas se é um pobre, parece que não nos devemos incomodar com ele. Quanto mais, entretanto, sua posição é lastimável, mais devemos temer aumentar-lhe a desgraça pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.

Jesus ensinou ainda que devemos amar os nossos inimigos, mas obviamente Ele não esperava que teríamos pelo nosso inimigo o mesmo amor que temos pelos que nos são caros. “Amar os nossos inimigos” é aprendermos a perdoá-los e a pagar-lhes o mal com o bem. Orar por eles é caridade.

Todos nós, sem exceção, podemos praticar a caridade. Se somos desprovidos de bens materiais para doar, podemos praticar o bem, a indulgência e o perdão. Exige um pouco de esforço, mas não é impossível para ninguém.

Para muitas pessoas, a caridade consiste, basicamente, em doar aquilo que não lhes tem mais serventia e utilidade, acreditando que esse gesto seja o suficiente para caracterizá-las como pessoas caridosas.

Entretanto, a caridade é uma disposição íntima, ativa e dinâmica, que se manifesta das mais variadas formas: em pensamentos de bondade, em conselhos úteis, em alimento e recursos na hora certa, em força que reanima...

O autêntico comportamento caridoso é aquele que não espera ou exige reconhecimento, gratidão ou qualquer tipo de recompensa. E é justamente esse desapego dos resultados que caracteriza o indivíduo caridoso, pois ele se disponibiliza ao outro pela simples satisfação que isso lhe proporciona.

O Espírito Cairbar Schutel ensina, no livro “Fundamentos da reforma íntima” (pág. 153), que a caridade pressupõe necessariamente convívio. Afinal, caridade não é somente destinar verbas às obras filantrópicas, mas sim participar da vida em família, dos problemas dos semelhantes, das dificuldades dos necessitados, abrindo o coração para o mundo.

O ser humano vive em comunidade. Portanto, faz parte da caridade a criatura ser integrada ao meio social em que se encontre.

Sem dúvida, a doação de alimentos, de roupas, de medicamentos e de quantias financeiras é valioso recurso para os que sofrem e se encontram em dificuldades. E pelo fato de essas doações serem portadoras de mensagens de socorro, de esperança, de alívio e conforto, muitas pessoas conseguem recuperar a própria dignidade, encontrando, assim, motivações para continuar acreditando e vivendo.

Mas, perante os postulados espíritas, podemos afirmar que as doações de natureza material, muito embora importantíssimas em situações variadas, representam tão somente a caridade em suas primeiras manifestações. Com o Espiritismo, a caridade abarca outros aspectos e opções, ampliando suas possibilidades.

Ser benevolente é ter boa vontade para com os outros. É se deixar guiar pela amabilidade, pela generosidade e solidariedade, pelo interesse para com o bem-estar do outro, indistintamente. O Espírito Joanna de Ângelis define, no livro “Diretrizes para o êxito” (cap. 3 pág 27), a benevolência como “um sentimento de profundo amor pelo seu próximo, de compreensão pelos seus atos.” Ou seja, a capacidade de aceitar e tolerar as atitudes alheias, olhando com bem menos severidade seus erros e equívocos. Mas isso se trata da caridade mais difícil de ser praticada, a caridade moral, porque simplesmente não sabemos lidar com as imperfeições alheias, compreendendo-as.

E o por quê dessa nossa dificuldade perante os defeitos alheios é simplesmente porque não sabemos entender e trabalhar nossas próprias deficiências! Porém, quando nos conscientizamos do esforço que precisamos empreender para superar nossas limitações, nos habilitamos à compreensão da luta alheia. Quando nos percebemos na condição de aprendizes da vida, constatamos que o outro também o é.

Por fim, a ação da caridade sobre o próximo é uma terapia fundamentada no amor que atinge principalmente aquele que a executa.

O PODER DA GRATIDÃO

Foto de menina em prece tendo ao fundo a luz do solPara sabermos o poder que a gratidão exerce sobre nós, devemos primeiro saber o que é gratidão.

No livro Psicologia da Gratidão, Joanna de Ângelis nos explica que “o verbete gratidão vem do latim gratia que significa literalmente graça, ou gratus, que se traduz como agradável. Por extensão, significa reconhecimento agradável por tudo quanto se recebe ou lhe é concedido”. Ou seja, gratidão é um forte sentimento que simboliza o sentir-se grato.

É muito diferente do termo “obrigado”, que deriva do latim obligare. Tem como significados ligar, amarrar e obrigar. Desta forma, o obrigado tem o intuito de criar laços e amarrações. Essa palavra não é uma forma de retribuição, mas sim uma obrigação à manutenção de laços.

Gratidão e obrigado são palavras com sentidos muito diferentes. A primeira tem o objetivo de agradecer, enquanto que a segunda, o de retribuir uma obrigação.

O sentimento de gratidão é tão forte que possibilita rápidas mudanças em nossa vida. A neurociência nos ajuda a entender a importância da gratidão. Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, chegaram à conclusão de que ser grato pelas pequenas coisas da vida pode causar grandes mudanças – inclusive cerebrais.

Quando temos pensamentos de gratidão, ativamos o “sistema de recompensa” do nosso cérebro. Esse sistema é a base neurológica da nossa satisfação e autoestima, e é responsável pela sensação de bem-estar e prazer do nosso corpo. Quando exercitamos a gratidão, estimulamos a ação desse sistema. Quando o cérebro entende que algo bom aconteceu, que algo deu certo, ele libera uma substância chamada dopamina, um neurotransmissor responsável – entre outras coisas – pela sensação de prazer e de recompensa.

Além da dopamina, o cérebro libera um hormônio chamado ocitocina, conhecido como o hormônio do amor – que estimula o afeto, traz tranquilidade, reduz a ansiedade, medo e fobias. Além da sensação de bem-estar, exercitar a gratidão ajuda também a dissolver nossos medos, angústias, raiva, ou seja, fica muito mais fácil controlarmos estados emocionais negativos.

A dopamina e a serotonina liberadas em nosso organismo têm efeitos semelhantes a alguns antidepressivos. E ao contribuir para diminuir sentimentos de medo, raiva e angústias, contribuirão também para o combate à ansiedade.

Foto de mão em gesto de gratidão, tendo acima de si a luz do solO Apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Tessalonicenses, convida: “Em tudo dai graças porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. (Tessalonicenses 5, 18).

Se Deus quer que sejamos gratos é porque quer que sejamos felizes, mesmo quando as coisas não estão do jeito que gostaríamos porque cada fato que acontece em nossas vidas, mesmo que não percebamos no momento em que acontece, é para o nosso bem.

A gratidão é uma forma de atrair boas energias e de trazer abundância para nossa vida. Peça o que você deseja, faça orações e você receberá através da sua fé tudo o que está pedindo. “Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.” - assim está escrito o ensinamento no nosso Mestre e Guia em o Evangelho Segundo O Espiritismo (Cap. XXV).

No livro a Psicologia da Gratidão, Joanna de Ângelis nos ensina que a gratidão deve ser vivenciada em todos os momentos da existência corporal. Filha do amadurecimento psicológico, enriquece de paz e de alegria todo aquele que a cultiva. Ensina também que a gratidão deve transformar-se em hábito natural no comportamento maduro de todos os seres humanos. E, para que seja conseguida, necessita de treinamento, de exercício diário.

Ao praticar a gratidão, tornamo-nos automaticamente mais humildes, mais empáticos, mais compreensivos, mais felizes, mais caridosos. A gratidão anda sempre de mãos dadas com a esperança, com a fé e com caridade; é uma das formas mais eficazes para percebermos, de fato, a presença constante de Deus em nossas vidas.

Experimente a gratidão. Não apenas o conceito gratidão, mas o sentimento, que nos preenche de alegria, nos faz sentir emoção por tudo de bom, de belo e grandioso que o Criador colocou em nossa vida. A gratidão é uma das maneiras mais simples - e diretas - para entrarmos em harmonia com as vibrações do alto.

Em tudo dai graças…

HÁBITOS SAUDÁVEIS: MENTE SÃ, CORPO SÃO

Foto de nascer de solA seguinte frase é atribuída ao Mahatma Gandhi:

“Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores... Tornam-se seu destino.”

Vamos falar dos nossos hábitos?

Hábito é toda ação que se repete com frequência e regularidade. Temos os hábitos de higiene, os hábitos alimentares, nossas formas de relacionamento também podem ser habituais. Nosso comportamento, nossas atitudes, nosso modo de pensar, tudo isso são hábitos.

Como espíritos milenares que somos, encarnados na Terra incontáveis séculos, trazemos no âmago do nosso ser os reflexos das nossas ações e pensamentos que muitas vezes continuamos repetindo sem muita reflexão. Somos quase que “escravos dos nossos hábitos”.

Os animais são guiados pelos instintos. Nós temos o livre arbítrio, temos consciência, podemos e devemos escolher. Precisamos ser melhores, buscar a reforma íntima, enfim, evoluir.

A reforma íntima deve partir de dentro pra fora. Se diz “íntima” porque é algo que deve ser burilado dentro do nosso íntimo. “A natureza não dá saltos”, mas também não podemos adiar o nosso progresso indefinidamente.

Tornar uma forma de pensar ou agir em algo habitual é trabalhoso, mas eficaz para nos beneficiar tanto física como espiritualmente.

No Universo tudo é harmonia, é disciplina. Mas adquirir disciplina também é questão de hábito.

É hora de parar para pensar e buscar refazer atitudes.

Reflitamos que o bom da vida é viver. E para viver intensamente é preciso sentir tudo que se faz, tudo que nos chega.

É preciso olhar em torno, estar presente, agir, tomar atitudes pensadas, atentas.

Desta forma, alteraremos o rumo.

Aprendamos a observar o dia, a olhar as pessoas nos olhos, a perceber o que acontece ao nosso redor.

Moldemos hábitos de gentileza, de delicadeza, de gratidão.

Vivamos mais conscientes. Aprendamos a sentir prazer nas pequenas coisas como andar, correr, comer, molhar-se na chuva ou aquecer-se ao sol.

Aprendamos a olhar para as estrelas, a nos extasiar com a noite enluarada, a vibrar com a música, o perfume, as pessoas.

Abandonemos hábitos nocivos e nos tornemos mais felizes, desde agora.

Joanna de Ângelis, no livro Momentos de Saúde, recomenda: “Recorre à oração em todos os momentos da vida. Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e sem recursos, no êxito e no fracasso, ora confiante na resposta divina.”

Quando incorporamos o hábito de orar no dia a dia, sentimos mudanças salutares no íntimo e ao nosso redor. Interiormente são renovadas as aspirações, modificados os pensamentos, e são abertos, no mundo íntimo, espaços para o bem estar e a alegria. Com efeito, espalhamos irradiações mentais salutares, beneficiando aqueles que estão conosco. Sem contar que atraímos o concurso dos bons Espíritos, que nos ajudam sempre que sintonizamos com eles através da prece.

Para concluir, transcrevemos as palavras de Santo Agostinho (espírito), que está no Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XXVII, item 23, onde ele fala sobre a felicidade que a prece proporciona:

“A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam.”

Vigiar e orar, sempre – nos recomendou o Mestre. Tornemos essas duas ações habituais e seremos mais felizes.

CONVERSAS FAMILIARES

Tira do Armandinho sobre a responsabilidade dos pais em dar o exemplo a seus filhosÀs vezes nos queixamos de que nas famílias pouco se dialoga. Não é que o pai e a mãe, os pais e os filhos, os irmãos não falem entre si. O que se passa é que parece que não há tempo para se sentarem e discutirem, com calma, os temas que interessam a todos.

É necessário, hoje, como sempre, aprender a difícil arte do diálogo. O primeiro e importante passo é abrir um bom espaço na própria agenda para simplesmente se colocar em posição de ouvir. Escutar é a primeira condição para se iniciar um diálogo, pois nos permite a exposição à intimidade, aos interesses, às dores e ao cansaço do outro, ao mesmo tempo em que dispomos o nosso coração para o acolher. Encontrar tempo para ouvir significa renunciar, deixar de lado outras coisas que nos interessam muito, mas que não são tão importantes. É priorizar.

Convém atentarmos para abrir espaço em nossas agendas, desligar a televisão, afastar o aparelho celular e sentar-se calmamente com a esposa ou o marido, chamar os filhos e criar um clima para a escuta. O que se deixa de lado será sempre menos importante do que o amor entre o casal e o amor entre pais e filhos.

Conversar significa que há alguém que me diz algo e que falo com alguém que me escuta. Muitos silêncios em família, cada um no seu quarto conectado ao seu computador ou aparelho de televisão, vão com o tempo distanciando os familiares de tal forma que, apesar de morarem juntos, passam a ser estranhos uns aos outros.

Nos dias atuais, percebemos muitos desencontros e discussões nas famílias por falta de comunicação e ainda porque os meios de comunicação social têm instituído um padrão de isolamento que afeta diretamente nas relações.

Foto de menina tentando mostrar ao pai o trabalho escolar, enquanto ele se distrai visualizando o aparelho celularMuitos pais não conseguem organizar o seu tempo para conversar e brincar com os filhos. O mundo virtual passou a ocupar um tempo grande demais em suas vidas, tanto dos pais quanto dos filhos.

Vale a pena investir em mais diálogo e oração em nossas famílias, dedicar mais tempo para ouvir com paciência, para partilhar os sonhos, as alegrias e as tristezas. Ter tempo para sentir o coração do outro; para rezar juntos, pois assim fazia Jesus com os seus discípulos.

No livro “Jesus no lar”, Néio Lúcio nos traz os relatos das reuniões familiares com Jesus na casa de Simão Pedro. Com ensinamentos simples e tocantes, vemos de modo belo a simplicidade com que o mestre divulgava a mensagem de amor. Da mesma forma, as reuniões com os seus discípulos são relatadas no majestoso livro “Ave Luz”. Jesus veio nos mostrar como agir em nosso cotidiano e não há melhor exemplo que o Dele para seguirmos o nosso caminho com segurança na busca da harmonia em nossos lares.

Muitos pais buscam ajuda para resolver os conflitos com seus filhos, alguns reclamam que os filhos estão ausentes, outros dizem que os filhos são brutos e até agressivos, mas é preciso que os pais façam uma análise de como estão exercendo suas responsabilidades de provedores dentro de seus lares. E, quando se fala em provedor, não se deve pensar somente na parte financeira, mas na parte educacional de ensinar o respeito, a comunicação, a honestidade e o amor mútuo. Orientar os filhos e direcioná-los sempre foi e será responsabilidade dos pais. Os filhos só irão respeitar os pais e ouvi-los, se os pais ensinarem através do seu próprio exemplo esses valores a eles.

Buscar um bom diálogo com os filhos é primordial para os laços familiares. A distância entre as pessoas está cada vez maior, apesar da intensa troca de informações. Este problema se agrava quando se trata da comunicação entre pais e filhos, pois a distância dificulta a construção dos laços afetivos tão necessários para uma vida saudável. A comunicação pode criar pontes que permitem aos pais chegarem até os filhos e vice-versa.

A verdade tem sempre que permear o diálogo, pois onde existem mentiras ou falsas verdades não é possível existir confiança. Um dos pilares de uma boa comunicação é a confiança.

Lembre-se: o diálogo pressupõe falar e ouvir, não só o que é dito com a voz, mas também com os gestos. Seja sincero e conquiste o mesmo do seu filho. Na fase adulta, os discursos são mais próximos, isso não quer dizer que o diálogo seja bom, mas precisa de respeito, confiança e transparência.

Em todas as fases, verifique se você ouve seus filhos e conhece suas ideias, seus sentimentos e opiniões. Os filhos precisam ter liberdade para falar e o sentimento de que serão entendidos, mesmo que os pais não concordem com as ideias apresentadas.

Quando conseguimos pautar nossos relacionamentos em um diálogo tranquilo, muitas dificuldades são superadas e assim podemos agir como famílias que se sentem protagonistas da história e contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Mais do que qualquer senso de obrigação, aproveite os momentos legítimos para conversar e conhecer melhor seus filhos. Use o bom humor, a boa vontade e nunca se esqueça da paciência, tolerância e amor incondicional que ele merece.

Buscar um diálogo com os filhos é primordial para os laços familiares, reforça a união entre os membros, recheia a relação de carinho, respeito e confiança.

“A boa palavra proferida com entusiasmo, faz que o cérebro e o hipotálamo secretem uma substância denominada endorfina, que atua na medula e bloqueia a dor (...) ouvir e falar de forma positiva, sorrir com natural e justa alegria, fazem muito bem a todas as pessoas.” (Manoel P. de Miranda, Nas fronteiras da loucura, 2.ed., p.231-232).

E já bem diz o ditado popular: “É conversando que a gente se entende”.

PENSAMENTO E VONTADE

Foto-montagem: copo meio cheio e meio vazioO nosso modo de ver as coisas influencia diretamente nas nossas vidas, afinal nossos olhos são o espelho da nossa alma!

São vários os estudos médicos que trazem indicativos a respeito da vantagem de ser otimista. Eles apontam uma maior longevidade, melhor qualidade de vida e saúde mais estável.

Seguindo essa corrente de raciocínio caímos, inevitavelmente, na questão do pensamento e da vontade. O pensamento otimista ou pessimista, a vontade de viver feliz ou infeliz.

O fato é que o pensamento e a vontade estão em nossas mãos. O pensamento é flexível, volátil, fácil de mudar e pode ser controlado, por treinamento. É governado pela razão e também pelas emoções, sentimentos e paixões.

O pensamento e a vontade, segundo Ernesto Bozzano, filósofo italiano e respeitável escritor espírita, são forças plásticas e organizadoras da natureza elaboradas pela mente do Espírito, portanto não função do cérebro. Este executa os comandos da mente. Quem pensa é o Espírito; o cérebro é apenas o instrumento.

Pelo pensamento o indivíduo cria formas-pensamento (criações mentais ou ideoplastias), de duração mais ou menos longa, que podem ser projetadas objetivamente e serem captadas pelos Espíritos que já morreram ou que se encontram neste plano de vida.

O ser humano pensa por meio de imagens às quais acoplam ideias, podendo transmiti-las a outro pelo pensamento (telepatia), gestos ou expressões corporais (linguagem do corpo), independentemente do plano de vida em que se encontra.

Os pensamentos são materializados no mundo astral (espiritual) com elementos plásticos do corpo perispirítico. Os nossos sentimentos irão dar as propriedades a esses pensamentos, e a nossa vontade, a direção, o destino deles. Pensamentos de amor terão uma coloração e vibração diferente dos pensamentos de ódio.

O codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, ensinou-nos que todos somos médiuns, independentemente de crença, moral, ou grau de sensibilidade. Todos sentimos a influência dos Espíritos em nossa vida, todos temos um canal que nos permite a conexão com a Divina Providência, que nos inspira pensamentos de Amor e Luz para que sigamos no caminho do aperfeiçoamento.

A todo momento estamos sintonizando, por meio do pensamento, com outras mentes que vibram na mesma sintonia mental, tanto de encarnados como de desencarnados. Importante lembrar que a influência espiritual só se concretiza em virtude da sintonia que se estabelece entre nós e os Espíritos.

E é importante também saber que, independentemente de sugestões ou não, a responsabilidade pelos atos é nossa, cabendo-nos o mérito pelo bem que daí resultar ou o demérito se a ação for negativa.

O que precisamos refletir é de que forma estamos nos conectando? O que temos sintonizado em nosso cotidiano? Quais pensamentos emitimos diariamente? Quais sentimentos carregamos em nós?

Os pensamentos são a base de nossa evolução espiritual, é um atributo inato a todo espírito imortal, portanto, pensar é ação criadora.

Leon Denis afirma em O Problema do ser, do destino e da dor que “O pensamento, dizíamos, é criador. Não atua somente em roda de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura.”

Para tomarmos as rédeas do nosso progresso espiritual é necessário que eduquemos os pensamentos, e desta forma resultando na transformação dos sentimentos.

Esse esforço deve ser constante, pois é por meio dele que poderemos nos transformar moralmente para alcançarmos degraus mais altos em nossa escala evolutiva. É o “Vigiai e orai!” recomendado pelo nosso querido Mestre Jesus. Por meio do seu Evangelho iluminaremos os nossos pensamentos com o roteiro seguro dos seus ensinamentos. Dessa forma, passaremos a elaborar novas construções mentais que irão modificando nossos sentimentos, atitudes e vibrações.

Eis o que, a respeito do assunto, ensinaram os Espíritos Superiores na questão 469 de “O Livro dos Espíritos”:

“Fazendo o bem e pondo a vossa confiança em Deus, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e destruireis o domínio que sobre vós tentam exercer. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que vos insuflam a discórdia e que vos induzem às más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, pois que vos apanham pelo ponto fraco. Por isso Jesus vos faz repetir na Oração Dominical: Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.

Conseguir império sobre si mesmo significa: elevar-se moralmente, elevar o chamado padrão vibratório, o que se consegue com bons pensamentos, bons sentimentos e bons atos, isto é, a prática constante do bem e da caridade.

Muita paz para todos!

FÉRIAS ESPÍRITAS?

Ilustração de dedinhos representando uma família de feriasFérias! Ah... as férias! Férias são sempre muito esperadas e planejadas: viagens, repouso, lazer, total mudança de atividade.

Não há quem não as aguarde, entre a ansiedade e a expectativa de dias de descontração e descanso. Contudo, algumas ponderações se fazem oportunas.

Centro Espírita é tido como Templo, Escola, Oficina e Hospital de almas. Já imaginaram se no período de férias ou feriados não tivéssemos acesso ao hospital quando estivéssemos muito doentes?

Nossa evolução não tira férias. Jesus, nosso modelo e guia, nos disse que Ele e o Pai trabalham sem cessar. A cada minuto em nossas vidas é uma chance de evoluirmos e aprendermos, de amarmos e servirmos, como bem nos ensinou o Cristo.

A nossa amada Casa não fechará as suas portas em dezembro e janeiro. Estará, como sempre está, aberta aos irmãos necessitados. Terá apenas a redução de alguns trabalhos de forma que seja possível fazer as manutenções mais urgentes de suas instalações.

Estamos sempre expostos à influência que os Espíritos exercem sobre o nossos pensamentos e ações no dia-a-dia, a qual é muito maior do que imaginamos, porquanto em muitas ocasiões são eles que nos dirigem.

A influência dos Espíritos sobre nós é constante, e todos estão expostos a ela, quer acreditem ou não. Porém a influência espiritual só se concretiza em virtude da sintonia que se estabelece entre nós e os Espíritos. Conforme os ensinamentos espíritas, a influência espiritual sobre nós pode ser boa ou má, oculta ou ostensiva, fugaz ou duradoura, mas em toda e qualquer situação só se concretiza em virtude da sintonia que se estabelece entre nós e eles.

Em férias ou não, precisamos estar sempre atentos a que onda vibracional queremos nos conectar.

Para os que forem viajar e não puderem vir, recomendamos manter-se sintonizados na vibração da nossa Casa e mentores espirituais. E como podemos fazer isto? Há diversas formas! O Evangelho no Lar é uma delas. A leitura do evangelho em família é luz que se acende, e também sabemos que uma de nossas grandes responsabilidades é a presença e a participação amorosa e prestativa junto à nossa família, entes queridos e amigos. Quem acende essa luz é o primeiro a se iluminar.

A conexão com a nossa Casa também pode se dar fazendo-se uma prece e por pensamento se conectar no horário em que ocorrem as reuniões.

Outra maneira de manter essa boa sintonia é também se programar para fazer uma visita a um lar de idosos ou orfanato. Distribuir alimento aos mais necessitados. Cada movimento e pensamento em direção ao bem do outro é uma forma de conexão com a espiritualidade de luz.

Escolher um bom livro para ler nos momentos de descanso e também para ler para as crianças.

Contemplar a natureza e buscar um pouco de serenidade é fundamental para alimentarmos o nosso espírito.

Enfim, os Espíritos esclarecidos no asseguram que somos "seres inteligentes da criação" (LE Q. 76); consequentemente, nós, espíritas, cientes dessa responsabilidade, precisamos analisar com muito cuidado a nossa postura diante das necessidades do convívio social, inserido dentro da lei de sociedade, leis naturais, divinas, extremamente úteis para nossa evolução ético-fraterna a fim de aprendermos e sedimentarmos em nós o amor ao próximo preconizado pelo Cristo.

A Doutrina Espírita nos indica uma receita simples e infalível para a nossa boa conexão com o Alto: a prática do bem e a fé em Deus.

Pense com carinho nas suas férias e não permita que a sua oportunidade de elevação venha a escapar. Nós somos espíritas todos os dias!!!

A LEGÍTIMA DEFESA

Fotomontagem - a pomba da paz ao lado da espadaA dor e a injúria afligem a alma humana com tão desagradável e desconfortante vivacidade que despertam nos Espíritos, ainda carentes de Luz, sentimentos e respostas inferiores como o medo, a cólera e o desequilíbrio.

Frente a situações violentas aciona a criatura a resposta rudimentar e estabelecida da condição animal desdobrada e manifestada através das reações instintivas do ser. No momento em que se é agredido, no momento em que se é vítima da violência, pode o instinto de sobrevivência emergir das profundezas telúricas de nossa conjuntura espiritual e transbordar-se em uma contraresposta ao estímulo ameaçador opressor da criatura, ou seja, o indivíduo ameaçado sente-se impelido a exterminar a fonte de seu medo ou da causa de seu mal.

Nesse sentido, quando um irmão de caminhada procede em sua conduta de maneira a se tornar objeto do sofrer, pode o movimento da personalidade animal querer aniquilar o próximo como fundamento da resposta instintiva brutal. Para os Espíritos reencarnados na Pátria do Cruzeiro, essa situação torna-se mais crítica, haja vista os alarmantes e decepcionantes números de homicídios no Brasil: segundo a Organização das Nações Unidas, no ano de 2017, um total de 59.103 vítimas assassinadas, uma a cada 9 minutos, em média, sendo equivalente ao índice de 150 países reunidos.

Os tristes dados refletem a grave crise moral e a desestabilidade psíquica instaurada no País e que convida a cada Seareiro a trabalhar muito, com todo empenho e com todas as forças, hasteando a bandeira do Amor, para transformarmos o Brasil em coração do mundo e pátria do evangelho, lugar manso, pacífico e lar dos bem aventurados.

Todavia, por sermos filhos de Deus, herdeiros de todo o Universo e por apresentarmos o Reino de Deus dentro de nós, cabe a todo encarnado, como parte fundamental do processo evolutivo, suprimir os instintos inferiores e animalizados e substituí-los por valores imorredouros do Espírito.

Sobre essa perspectiva temos importante informação de Pietro Ubaldi no prefácio de Deus e o Universo: “Desta forma, se a humanidade não for suficientemente inteligente para compreender, será a própria guerra que, destruindo um pouco de tudo, lhe ensinará que ela não constitui o meio adequado para resolver os problemas. Esta será a maior descoberta do século. O tipo biológico condutor de exércitos, o ideal nietzscheano do homem da força, cada vez mais desacreditado hoje, já surge como um tipo falido e uma nova guerra o sepultará definitivamente no reino passado do involuído feroz. O novo homem de comando, assim como a classe dirigente, deverá ser cada vez menos guerreiro e cada vez mais inteligente, até à plena espiritualidade.”

Então, diante da delirante, caótica e violenta conturbação social que se vive nos dias atuais, surge a todos a dúvida de como proceder frente a tamanhos desafios da dicotomia entre Espírito e Matéria, Antissistema e Sistema. Dar a outra face e entregar-se como vítima ao holocausto, ou deve-se dar cabo a atividade instintiva de autopreservação?

A existência terrena é uma preciosidade, oportunidade ímpar em meio a bilhões de Espíritos necessitando reencarnar, portanto, e por ser tão única e especial, todo reencarnado precisa amar e respeitar a própria vida, sendo muito justo o Princípio da Legítima Defesa, como está bem descrito no livro dos Espíritos nas seguintes questões:

746. O assassínio é um crime aos olhos de Deus?

— Sim, um grande crime, pois aquele que tira a vida de um semelhante interrompe uma vida de expiação ou de missão, e nisso está o mal.

747. Há sempre no assassínio o mesmo grau de culpabilidade?

—Já o dissemos: Deus é justo e julga mais a intenção do que o fato.

748. Deus escusa o assassínio em caso de legítima defesa?

— Só a necessidade o pode acusar; mas, se pudermos preservar a nossa vida sem atentar contra a do agressor, é o que devemos fazer.

A resposta da pergunta 748 contém a solução para a construção de um roteiro seguro na experiência espiritual e da relação com o outro, pois é Direito Divino da criatura a Legítima Defesa, porém, não se deve aniquilar ou exterminar o agressor, como fala a voz da animalidade interior. Deve-se revestir a criatura de vibração amorosa pedir a Deus que ampare suas ações, se assim for necessário, a fim de que mal pior não aconteça.

Exemplo imorredouro sobre essas circunstâncias estão clarificadas no Evangelho de João e Mateus e foram experimentadas por Simão Pedro:

Então Jesus lhes perguntou de novo: “A quem procurais?” E eles disseram: “A Jesus de Nazaré.” Jesus lhes exclamou: “Eu já vos disse que Eu Sou Jesus. Por isso, se é a mim que buscais, deixai estes homens seguirem seus caminhos.” Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que Ele dissera: “Não perdi nenhum de todos os que me deste.” Nesse momento, Simão Pedro, que portava uma espada, puxou-a da bainha e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. E o nome daquele servo era Malco. Então Jesus ordenou a Pedro: “Embainha a tua espada! Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu?” Jesus diante das autoridades (João 18, 7-11)

Eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou a espada e ferindo o servo do sumo sacerdote, decepou-lhe uma das orelhas. Mas Jesus lhe ordenou: “Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada pela espada morrerão! Ou imaginas tu que eu, neste momento, não poderia orar ao meu Pai e Ele colocaria à minha disposição mais de doze legiões de anjos? Entretanto, como então se cumpririam as Escrituras, que afirmam que tudo deve acontecer desta maneira?” (Mateus 26, 51-54).

Cristo já havia avisado no sermão do monte que os mansos e pacíficos herdarão a terra e é no Getsemani que Ele oferta a inesquecível lição. Em momento de profunda tensão e angústia, com os guardas de Caifás vindo arrematar Jesus de sua liberdade, Simão Pedro sente as forças instintivas fervilharem em seu ser e por amar profundamente o Cristo acreditava que naquela circunstância de truculência, naquele exato instante, a única força capaz de proteger Jesus era a sua própria. Apavorado, colérico, Cefas desembainhou a espada e usando da luta corporal e armada decepou a orelha de Malco lutando bravamente, repleto de amor pelo Mestre e pelos seus companheiros, porém não tendo misericórdia para com seu adversário. É então nesse momento que Jesus o interpela avisando que aqueles que se utilizarem da espada, perecerão pela espada, aqueles que se tornam algozes serão no futuro vítimas dos seus próprios equívocos.

Amados, não vos empenheis em bradar o grito das almas torturadas e empunhar a espada, empenheis em construir o Reino de Deus com vossas mãos unidas e com corações dispostos. Toda alma violenta é enferma, e toda enfermidade requer o remédio necessário. Seja o amor de Jesus o Celeste remédio para os vossos males, pois a energia amorosa contém o potencial máximo de transformação do fluido cósmico universal e que, através dessa energia, nós possamos desarmar os instintos violentos das almas tão carentes de Luz.

BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO:
80 ANOS

Bandeira do Brasil estilizadaO livro “Brasil, Coração do mundo, Pátria do Evangelho” é uma obra mediúnica, psicografada por Chico Xavier e assinada pelo espírito Humberto de Campos. A primeira edição foi publicada no ano de 1938 pela Federação Espírita Brasileira.

Este livro é "a revelação da missão coletiva de um país", como define o Espírito Emmanuel, que o prefacia. Nele o autor analisa fatos da História, objetivando demonstrar a missão evangelizadora do Brasil e o acompanhamento feito por Jesus do seu processo evolutivo. A partir de impressionantes dados colhidos no plano espiritual, tece comentários sobre a escravidão, os movimentos nativistas, a Independência, a Guerra do Paraguai, o Espiritismo e o Movimento Espírita no Brasil. Explica a missão da pátria brasileira como coração espiritual da Terra, evidenciada pela espontânea e enorme acolhida que a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, teve em nosso país, concitando o povo à prática do Evangelho de Jesus, a fim de irradiar à Humanidade a paz e a fraternidade.

Mas como explicar ou mesmo acreditar que o nosso Brasil é a pátria do evangelho se nos deparamos com a deprimente situação em que nos encontramos? Estamos vivendo uma das maiores, senão a maior crise da história do nosso país! Não somente política e econômica, mas sobretudo moral, porque os problemas políticos e econômicos que atravessamos remontam de há muito e têm sua origem no egoísmo e orgulho, as duas maiores chagas da Humanidade segundo a Doutrina Espírita.

Não se trata do orgulho e do egoísmo dos outros, sejam eles governantes, empresários... mas de toda uma sociedade, de nós, pois não podemos afirmar que em suas posições não cometeríamos os mesmos erros. E os nossos pequenos erros do dia-a-dia? Mais uma vez, como recomenda a tese do ano da nossa Casa, devemos voltar o olhar para dentro e buscar conhecer-nos e pensar no que podemos fazer para melhorar o mundo que está a nossa volta. Já dizia Mahatma Gandhi que “devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”.

Bandeira do Brasil estilizadaSerá que Humberto de Campos errou ao afirmar que o Brasil será o Coração do Mundo, a Pátria do Evangelho em seu livro psicografado pelo querido Chico Xavier? Afinal nos parece estarmos tão distantes dessas condições!

Na verdade o Brasil já é o coração do mundo e a pátria do evangelho. Mas não como nós imaginamos ou queríamos que fosse, mas como Jesus quer. É ele o governador do nosso Planeta e não há como imaginar que estamos à deriva e entregues à própria sorte.

O livro relata que “A árvore do Espiritismo foi transplantada da França para o Brasil”, dada a maior aceitação de nosso povo às ideias espiritualistas, para que aqui a Doutrina Espírita florescesse e se disseminasse ao mundo inteiro.

Nós, espíritas, estamos sendo chamados nesta enorme crise ético-moral que atravessamos, que nada mais é do que o resultado das nossas próprias atitudes individuais, a darmos o testemunho da nossa fé, dos nossos valores cristãos, da solidariedade e fraternidade, compreensão e tolerância, seja esta cultural, racial, religiosa, política etc, pois, conforme se aprende na Doutrina Espírita, “Fora da Caridade não há salvação" e em O Livro dos Espíritos, pergunta 886, os espíritos nos esclarecem que “caridade é a benevolência com todos, indulgência com as imperfeições dos outros e o perdão das ofensas”.

Neste momento de turbulências psíquicas em que vive a nação brasileira, lembremo-nos sempre de que o compromisso do Brasil é com o Cristo; que custe o que custar não devemos perder o nosso foco que é o de regar a semente plantada por Jesus. Haja o que houver a nossa missão é seguir Jesus, porque ele nos confiou essa missão. E qual seria essa missão? Amar, servir, ensinar, esclarecer sobre as verdades espirituais, porque dia virá que seremos chamados a prestar contas daquelas sementes que foram lançadas em nossas mãos e que, naturalmente, iremos responder pelo que venha a acontecer com essas sementes.

O Brasil já traz na sua forma geográfica um grande coração, que esse coração possa ser o coração do Cristo em uníssono com o nosso coração em prol da renovação moral e espiritual da humanidade.

Na obra de Pietro Ubaldi têm-se a confirmação da revelação de nosso destino coletivo, recebida por Chico Xavier, com exatamente o mesmo ensino, em diversas passagens. Destacamos algumas:

Foto de Pietro Ubaldi"Brasil, terra prometida da nova revelação, terra escolhida para a primeira compreensão, terra abençoada por Deus para a primeira expansão de luz no mundo! Mãos à obra! Levantai-vos É chegado o momento. A palavra de Sua Voz encerra uma força misteriosa, intrínseca, invisível, mas poderosa; imponderável, mas irresistível, e por ela sozinha avança, sabendo por si mesma escolher os meios humanos, solicitando-os a todos, convidando à colaboração todos os homens de boa vontade. Ela avança e atinge os corações; persuade e convence, possuindo e ofertando a cada momento, de si mesma, uma prova evidente, o fato inegável de sua automática divulgação.

Mãos à obra! Espera-me, espera-nos um tremendo trabalho, mas também uma imensa vitória. Somente sob a direção de um Chefe sobre-humano o mundo poderia empreender uma obra tão gigantesca. Temos um Chefe no céu. Ele não traz senão a paz, o amor, o respeito a todas as crenças. Nada tem Ele a destruir do que seja terreno; a ninguém Ele agride; não toca a forma, que não é o essencial: encara a substância. Nada tem Ele a modificar do que seja terreno neste mundo; tudo quer vivificar com uma chama de fé, quer tudo aquecer com uma nova paixão de amor puro — o amor de Cristo esquecido". ("Fragmentos de Pensamento e de Paixão", Cap. Apresentação)

Em "Descida dos Ideias" (1965), no entanto, em capítulo intitulado "A Função Histórica do Brasil no Mundo", o grande médium italiano deixa-nos importante alerta, absolutamente atual:

Eis a atual posição do Brasil na História. A vida lhe oferece uma função a executar, a qual faz parte de seu plano de expansão e de evolução do planeta. É um oferecimento, é a investidura de uma grande missão. Cabe agora ao povo brasileiro corresponder ao oferecimento, compreendendo-o e aceitando-o. Os momentos históricos jamais se repetem idênticos e esses oferecimentos não são feitos duas vezes. Perdida uma oportunidade, ela não volta mais. Cabe, além disso, ao povo brasileiro compreender que a natureza desta missão é manter-se na linha do pacifismo, isto é, que a função biológica que a vida confia ao Brasil, é função de paz e amor. Segue-se daí que, se esta é a vontade da História, e se o Brasil quiser caminhar nessa direção, aceitando a missão, ser-lhe-ão concedidos todos os auxílios; mas, se ao contrário, o Brasil se colocar, como primordial posição, no terreno da força bélica ou como potência ávida de supremacia, então a vida lhe retirará todos os auxílios e assim tudo será perdido, no sentido de que a função e a missão lhe são tiradas, e a oportunidade de exercer um papel mundial se esfumará. Quem vai de encontro a vontade da História, é cortado de suas fontes vitais, e não recebe mais ajuda".

A EVANGELIZAÇÃO INFANTIL NA NOSSA CASA

Ilustração - Jesus e as CriançasNuma visão simplista e tradicional, evangelizar é transmitir informações sobre o Evangelho, de um modo geral. Mas do ponto de vista do Espiritismo, uma leitura possível é aquela que defende que evangelizar não deve ser apenas transmitir, mas oferecer meios para que a mente alargue a compreensão das coisas e entenda a vida. Ajudar as nossas crianças a tornarem-se jovens dignos, transformando-se em cidadãos do amor, com expressiva bagagem de luz para toda a vida.

Na “Nossa Casa” percebemos o evangelizando como um espírito reencarnado, um Espírito imortal, dotado de inúmeras potencialidades latentes precisando ser exploradas para o seu desenvolvimento. É um ser que possui qualidades, que podem ser aperfeiçoadas e imperfeições que precisam ser compreendidas e transformadas.

As atividades na evangelização infantil são primordialmente trabalhadas de forma ativa e interativa, sempre em um clima de muita alegria, a alegria de ser cristão espírita. Nunca se promove a competição para a superação do outro, mas a cooperação para a superação de si mesmo, do orgulho e do egoísmo que ainda nos caracteriza.

Na “Nossa Casa” buscamos na arte, em sua variada gama de expressões, um veículo por excelência, explorando diferentes conteúdos.

Também envolvemos os nossos evangelizandos nas atividades que visam ajudar os menos favorecidos, por meio da doação de brinquedos, alimentos, roupas e dessa forma exercendo a empatia e a solidariedade.

O objetivo não é sectariamente formar uma nova geração de espíritas, mas contribuir, até onde seja possível, para a formação de homens e mulheres de bem, de um ser inteligente que use seus conhecimentos para o bem da coletividade.

Busca-se convidar à reflexão sobre a sua individualidade e suas múltiplas relações, usando a lógica e nunca aceitando verdades prontas, fechadas e acabadas.

A figura de Jesus é o tempo todo humanizada, mostrando a dimensão amadurecida de cada ser que nos guia e orienta. A ênfase recai sobre a natureza de cada um, de modo que o evangelizando sinta ser possível praticar a caridade e não a veja como prática exclusiva de seres superiores e angelicais.

Os evangelizadores têm consciência que, sem a sua própria e permanente evangelização, não conseguirão sensibilizar nem convencer seus evangelizandos, pois suas palavras não terão o calor necessário para esse convencimento.

A importância da evangelização da criança é de máxima relevância, por ser a infância o elemento social do futuro e que constituirá a nova Humanidade. Informa-nos Joanna de Ângelis que os pais, também na condição de orientadores, devem ter a preocupação de oferecer aos seus filhos, além dos meios para a manutenção da vida; de encaminhá-los na profissão que escolham, também, a preocupação maior de atendê-los com a melhor diretriz para uma vida digna e um porvir espiritual seguro.

Evangelização espírita é “Sol nas almas”, são os Bem-aventurados do Senhor, empenhados em Seu nome, pela transformação urgente da Terra, em um “mundo de regeneração” e paz.

“Os pais Espíritas jamais deverão descuidar-se de aproximar os filhos dos serviços da evangelização, em cujas abençoadas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e do jovem do porvir.(1)” (Bezerra de Menezes)

(1) Bezerra de Menezes (Mensagem recebida pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro, em sessão pública no dia 2/8/1982, na Casa Espírita Cristã, em Vila Velha, Espírito Santo. Fonte: Apostila Opinião dos Espíritos sobre a Evangelização Espírita Infantojuvenil, FEB)

NOS JARDINS DE BEZERRA DE MENEZES
E AZAMÔR SERRÃO

Fotomontagem com os rostos de Bezerra de Menezes e Azamor SerraoA Casa de Recuperação e Benefícios Bezerra de Menezes se destaca na paisagem como um oásis que, para as nossas vidas, sinaliza o ponto de refúgio no deserto árido das tarefas a serem cumpridas, como consequência das dívidas contraídas em equívocos outrora vividos, demandando esforço de reajuste necessário e inadiável.

Neste abençoado canteiro, onde Bezerra de Menezes reuniu espíritos de variadas matizes no campo dos erros e imperfeições, o tempo fez seu périplo, notadamente curtíssimo, se compararmos à obra de Deus nosso Pai, sustentada na oficina infinita da Criação. Portanto, nesses quase sessenta anos de história, temos muitas narrativas guardadas como exemplo, servindo de altiplano da observação, atraindo os olhares curiosos aos variados aprendizados de amor e luz.

O olhar se deleitará ao ver o campo florido pela insistência de uma semeadura que em seu tempo traz, na escolha das boas sementes, a esperança e a certeza de que a presença das flores providenciará, sempre, os suculentos frutos.

Assim, a Casa de Recuperação se credencia a ser o pouso de luz que, ao longo do caminho, sustenta o peregrino esfaimado pelas dores, ofertando-lhe a polpa venturosa que saciará a fome e a sede, resgatando-lhe as forças necessárias ante o desafio de seguir na rota do despertamento amoroso para o refazimento do espírito.

As florações são obras da fé e caridade oportunizadas pela ação decidida do nosso querido patrono Bezerra de Menezes, confiando os cuidados a Azamor Serrão que, como um prestimoso jardineiro, ornou no chão de tantas vidas a plantação de luz e esperança, num roteiro a ser palmilhado pé ante pé, embora seja imprescindível a compreensão de que as flores representam a véspera do fruto. Quanto mais floridas estiverem as árvores, maior será a colheita.

Não podemos esquecer, no entanto, que a melhor colheita é aquela que ampara, pois ainda que a contemplação de um pomar seja cenário empolgante para o agricultor, a sua finalidade é aplacar a fome. E a fome que se encontra espalhada pelo mundo é imensa e dolorosa.

Há fome de Paz.

Há fome de Luz.

Há fome de Fé.

Há fome de Pão.

Há fome de Esperança.

Há fome de Alegria.

Há fome, sobretudo, de Amor.

E nessa dor que a fome revela, muitos irmãos buscam algum alimento, mas o que acabam encontrando são os pratos vazios que o egoísmo, a indiferença e o orgulho produzem, sequestrando da vida o seu sentido maior, que é a alegria de viver.

É imperiosa a colheita dos verdadeiros frutos que aliviam a fome, pois sendo esta a vontade do Criador, todos nós somos os Seus seareiros e, por conseguinte, estamos a serviço Dele.

Diante disso, devemos ter a certeza de que:

A semeadura do amor sustará a dor da indiferença, acalentando os corações;

A semeadura da fé removerá a dor da violência, vicejando a vida;

A semeadura da esperança dispersará a dor do pessimismo, tal qual o vento dissipa as nuvens da tempestade;

A semeadura do perdão cessará a dor da mágoa, abrindo as portas à reconciliação;

A semeadura da compaixão estancará a dor da solidão, promovendo a alegria do encontro.

E Jesus, de braços abertos, nos convidará à encantadora experiência de amar, semeando o amor incondicional, amando tanto e de tal forma que não resistiremos ao fato de querer abrigar a dor do nosso irmão, pois enquanto existir um coração entristecido pelo sofrimento, lá estaremos, cada um de nós, a lhe dar afeto, carinho e acolhimento, para que possamos prosseguir, juntos, no caminho da evolução.

E que o Amor se faça, definitivamente, morada em nossos corações.

Muita Paz.

A MEDIUNIDADE E O JOVEM

Ilustraçao do século XIX sobre o EspiritismoAllan Kardec, em "O Livro dos Médiuns" (cap. XIV, item 159), nos explica que "Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada, e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva."

Independentemente de classe social, nacionalidade, gênero ou religião, a mediunidade está presente em todos nós. Em algumas pessoas ela é aflorada, em outras ela está inerte.

Mas e a idade, conta? Jovens podem desenvolver a mediunidade? Qual a idade em que se pode, sem inconveniente, praticar a mediunidade? Os espíritos esclarecem essa questão em "O Livro dos Médiuns" (Cap XVIII item 221.8):“Não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral.”

O próprio codificador contou com o auxílio de jovens médiuns que foram Julie Baudin (15 anos), Caroline Baudin (18 anos), Ruth Japhet e Aline Carlotti (20 anos). Naquele trabalho as médiuns estavam, certamente, perfeitamente preparadas e amparadas pela espiritualidade.

No livro “Diretrizes de Segurança”, Divaldo comenta que o jovem pode participar de trabalhos mediúnicos, desde que esteja disposto a assumir responsabilidades.

Há muitos médiuns com idade madura mas que, no entanto, não conseguem manter a perseverança nem encarar a atividade mediúnica com responsabilidade. O problema, na verdade, não se trata de idade cronológica, e sim de maturidade espiritual.

É importante ressaltar que não basta apenas ter conhecimento teórico da Doutrina, é fundamental por à prova esses conhecimentos por meio da boa prática do Espiritismo.

A idade não deve ser um fator limitador absoluto para a participação de jovens em trabalhos mediúnicos, no entanto, é muito importante que os jovens estejam sendo devidamente preparados psicológica e doutrinariamente, pois essa atividade exige dos participantes um razoável conhecimento da Doutrina Espírita, bem como de equilíbrio emocional, para não se deixarem influenciar negativamente. Estes requisitos são exigidos de qualquer pessoa, independentemente da idade.

Ilustraçao sobre mediunidade em jovensO jovem que apresente sintoma de mediunidade ou que queira desenvolvê-la deve receber estímulo e atenção, e não indiferença.

No livro "Somos todos médiuns", Espírito Odilon Fernandes, psicografia de Carlos Bacelli, é dito que "É muito comum que a mediunidade se manifeste na adolescência. Normalmente, quando se manifesta nos jovens de idade que varia entre 12 e 17 anos, na maioria das vezes semelhante sintoma de mediunidade é transitório; ou seja, o jovem, no desabrochar de suas forças psíquicas, torna-se mais sensível à influência dos espíritos que pululam ao redor dos homens na Terra...

Porque experimente sinais de mediunidade, não significa que o jovem necessariamente tenha que frequentar uma reunião mediúnica ou tenha que desenvolvê-la. Quase sempre isso acontece para que a família, distante da verdadeira fé em Deus, se encaminhe ao esclarecimento espiritual que não possui. Quando os espíritos interessados nesta providência alcançam o seu objetivo, eles se afastam, dando por concluída a tarefa de acender alguma luz entre os que lhes são caros."

Por meio da frequente participação das reuniões realizadas nas Casas Espíritas, das leituras, dos passes e orações, da realização do Culto do Evangelho no Lar, da disposição mental, dos diálogos construtivos e do serviço no bem, os médiuns, jovens ou não, irão se equilibrando mediunicamente e alcançando a paz necessária para as suas ocupações normais. Posteriormente, em se definindo em suas intenções, poderão abraçar a tarefa específica no campo da mediunidade.

Nunca é demais lembrar que as tarefas mediúnicas são atividades de amor, onde quem dá é quem mais recebe.

PRESERVAÇÃO DA NATUREZA E ECOLOGIA

Fotomontagem. Mão suportando um globo terrestre.No mês de junho, sempre no dia 5, é celebrado o dia Mundial do Meio Ambiente. Esta data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972. Por Meio Ambiente entende-se tudo o que nos rodeia, ou seja, o ar, as plantas, os animais, as indústrias, os aeroportos, os aviões etc. Em um sentido mais amplo, o Meio Ambiente tem relação com o Universo, pois qualquer depredação ambiental terá repercussão no cosmo.

Vivemos em um mundo maravilhoso que se chama Planeta Terra. Plasmado e governado pelo nosso Mestre Jesus, é a nossa casa planetária, onde milhares de seres vivem e têm a oportunidade de desenvolver suas potencialidades. No entanto é urgente que saibamos usar os bens que esta casa bendita nos proporciona. Estamos, a humanidade como um todo, matando o nosso planeta, dia após dia.

O homem ainda não aprendeu a utilizar os recursos naturais apenas para o seu sustento. A ganância e o egoísmo estão levando à destruição do patrimônio que nos foi oferecido. Florestas imensas estão sendo dizimadas, fontes e rios poluídos, mares contaminados. Espécies inteiras já foram extintas e outras estão a caminho da extinção. O desequilíbrio ecológico é premente.

Essa questão é tratada em O Livro dos Espíritos, questão 705, na qual Allan Kardec pergunta: “Por que nem sempre a terra produz bastante para fornecer ao homem o necessário?”

“É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, ele acusa a Natureza do que só é resultado da sua imperícia ou da sua imprevidência. A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ela emprega no supérfluo o que poderia ser aplicado no necessário. Olha o árabe no deserto. Acha sempre de que viver, porque não cria para si necessidades factícias. Desde que haja desperdiçado a metade dos produtos em satisfazer a fantasias, que motivos tem o homem para se espantar de nada encontrar no dia seguinte e para se queixar de estar desprovido de tudo, quando chegam os dias de penúria? Em verdade vos digo, imprevidente não é a Natureza, é o homem, que não sabe regrar o seu viver.”

Fotomontagem. Mãos ofertando uma pequena planta.O espírito Miramez nos explica no livro Filosofia Espírita (Volume XIV, capítulo 42) que “Necessário é o que sustenta o homem sem o desperdício; é quando não entra na aquisição das coisas o egoísmo; é quando os sentimentos são disciplinados pelo amor. Cumpre notar-se que a natureza nada deixa faltar para a alimentação das criaturas. Ela é mãe, com o indispensável amor para todos os seus filhos e Deus enriqueceu o solo com as qualidades indispensáveis para a multiplicação daquilo que ela produz, em favor dos viventes que ela acolhe em seu seio de amor. E o Pai ama tanto a Seus filhos que, acima do necessário, a terra é doadora em abundância, sempre ultrapassando aquilo que bastaria aos homens e animais. Assim é que os habitantes do mar não reclamam mais alimentos, como os dos ares, e mesmo os da terra, a não ser os homens, que violam as leis, e desviam os seus celeiros. Deus dotou os homens da inteligência, e eles devem usá-la para ajudar a terra na multiplicação dos alimentos. Hoje, notamos o quanto as máquinas ajudam as criaturas no aumento da produção e eles ainda usam inseticidas químicos que tisnam o magnetismo animal, torcendo certas leis que equilibram a circulação vital no organismo. Não é preciso violentar a natureza; ela sabe o seu trabalho e o faz com presteza e exatidão. Ela sabe que os corpos são seus filhos e que precisam ser alimentados, para desempenhar o papel para o qual foram incumbidos, em ajudar a alma na sua jornada, em se despertando os dons espirituais que clareiam os caminhos para Deus, libertando as suas forças e conquistando a si mesma. O limite do necessário vai até onde começa o desperdício. O que faz o homem passar necessidade das coisas, não é a falta de tais ou quais alimentos, nem de vestes; é a usura, é a ganância do ouro.”

Já é passada a hora de a humanidade tomar consciência das suas escolhas diárias a fim de ajudar na preservação do meio ambiente. Afinal, trata-se do cuidado do planeta que nos abriga, do nosso lar, da nossa Terra! A destruição dos recursos da natureza, mesmo a título de progresso, é uma triste tendência dos homens da atualidade. Não há dúvidas que tal agressão à vida natural se fará seguida por amargas consequências.

Devemos abençoar a Natureza por tudo que ela nos oferece. Preservar a pureza das águas dos rios e a fertilidade do solo, que nos traz o alimento. Auxiliar no reflorestamento, plantando árvores. Promover o uso inteligente de água e energia, reciclar o lixo, priorizar o transporte coletivo para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera.

É nossa obrigação espiritual cuidar da nossa casa planetária e dos seres que aqui habitam. Devemos não só conversar e explicar às nossas crianças e jovens como proceder nos cuidados da natureza, mas principalmente sermos para eles o exemplo desse cuidado.

Fotomontagem. Alimentos formando um coração.Seguem pequenos exemplos de atitudes, que valem mais do que palavras:

  1. Doar roupas, objetos e utensílios que não usamos mais, evitando o desperdício;
  2. Mostrar a responsabilidade com o nosso planeta selecionando o lixo para reciclagem;
  3. Fechar a torneira enquanto estamos escovando os dentes ou nos ensaboando;
  4. Separar com um balde a água utilizada no banho e reutilizá-la para descarga do vaso sanitário;
  5. Desligar as luzes e aparelhos elétricos quando não estivermos mais precisando;
  6. Não arrancar flores de jardins;
  7. Evitar consumir as carnes dos animais.

O homem, sendo um ser racional, deve agir racionalmente. Sua maneira de agir irracionalmente interfere na natureza e desequilibra o meio ambiente. O Planeta Terra sempre oferecerá o suficiente desde que saibamos utilizar os seus recursos com equilíbrio. Uma reflexão sobre as Leis Morais irá nos capacitar a melhor utilizar os recursos que a divindade nos empresta para auxiliar na nossa evolução.

Sejamos nós a mudança que queremos ver no mundo!

ESPIRITISMO E MÍDIA

ilustração de computador manipulando criançasO texto anterior, preparado amorosamente para os pais e responsáveis da nossa querida evangelização, tratou do tema da influência dos jogos eletrônicos para as crianças e jovens. Os jogos eletrônicos não deixam de ser uma “mídia”, assim como a TV, o rádio, o cinema e até mesmo os livros. Uma vez que pode-se definir mídia como sendo “todo suporte de difusão da informação que constitui um meio intermediário de expressão capaz de transmitir mensagens”. Assim, as observações contidas naquele texto podem, guardadas as devidas proporções do alcance de cada tipo de mídia, abranger todas as mídias em geral.

Não há como negar a abrangência do alcance da TV aberta, talvez a mais emblemática forma de pluralização do conhecimento.

A história da evolução humana tem na comunicação uma grande alavanca propulsora, e sua evolução sempre teve como objetivo a transmissão de conhecimento e aproximação dos seres, proporcionando a troca intensa e permanente de mensagens entre indivíduos.

O progresso vem pautando o aprimoramento dos meios de comunicação (que aqui definimos como “mídia”). Se antes havia as pinturas rupestres (antigas representações artísticas, as mais antigas datadas de 40.000 a.C., gravadas em abrigos ou cavernas, em paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre), hoje temos as poderosas redes sociais e todo o aparato da tecnologia digital presente e acessível a todo instante em nossas vidas.

Realmente, devemos estar atentos aos efeitos nocivos que tal abrangência pode acarretar, principalmente as crianças e jovens, em que o efeito é praticamente hipnótico.

Não se pode negar que, quando bem aplicados, a TV e outros meios de comunicação transformam-se em poderosos agentes multiplicadores de mensagens instrutivas e positivas. Mas, há também a constatação da proliferação do mal, que vemos todos os dias, que é o resultado da atmosfera constituída pelas formas-pensamento de milhões de pessoas que ainda se detêm nos mais primitivos modos de relacionamento humano. É preciso selecionar constantemente aquilo que desejamos consumir como mensagem, fazendo escolhas por conteúdos edificantes.

A violência não é uma invenção da mídia, mas sua exposição, cada vez mais frequente e em forma de espetáculo, tem deixado a humanidade em um estado de letargia, tamanha a tolerância que criamos dentro de nós e que nos tira a capacidade de indignação. A mídia contribui para a realidade que estamos enfrentando. Pesquisas recentes apontam que a visibilidade excessiva do crime é uma das formas de potencializar a violência. As pessoas ficam paralisadas e aterrorizadas, logo vem a depressão.

A energia dos nossos pensamentos cria realidades. Se pensamos coisas boas, atraímos coisas boas. O inverso também é verdadeiro. Se pensarmos coisas ruins, criamos uma atmosfera negativa, propícia para que coisas negativas aconteçam.

Em relatos de livros espíritas diversos como os da série de André Luiz, psicografados por Chico Xavier, mostra-se que as legiões malignas de espíritos contrários às leis de ordem e de progresso do planeta buscam de forma incessante o desequilíbrio e a agitação em favor de seus planos perversos de dominação e poder. E é dessa forma, influenciando as pessoas responsáveis pela produção do conteúdo a ser disponibilizado por meio das diversas mídias que essas influências chegam aos pequenos, com suas consciências ainda em formação.

O processo de manipulação da mídia e aculturação promove o controle do comportamento humano, molda os pensamentos, apresenta ideais de felicidade, sucesso, beleza e prazer. As crianças e os jovens são os mais suscetíveis a essa manipulação. Alguns programas são feitos para a alienação completa da sociedade.

As perguntas nº 459 a nº 472 de “O Livro dos espíritos” nos esclarecem a respeito da influência oculta dos espíritos sobre nossos pensamentos e nossas ações. Dos riscos da exposição à maledicência e como ela pode nos afetar espiritualmente. Essa influência pode fazer com que acumulemos débitos e influenciemos o psiquismo em nossa volta, alimentando espíritos obsessores e nos tornando cada vez mais suscetíveis às suas ideias e manipulações, ficando cada vez mais absortos em pensamentos sombrios e até mesmo perdendo a razão em nossa cegueira.

O forte apelo emocional imposto pela mídia influencia decisivamente na formação e na estruturação da personalidade e da identidade do jovem e das crianças. “Nossas emoções, pensamentos e atos são elementos dinâmicos de indução.”, nos diz Emannuel no livro Pensamento e Vida (Cap. 9 / Pág. 23).

Mas como podemos nos defender desses ataques da mídia?

O espiritismo, enquanto doutrina esclarecedora, nos convida a todo momento estudar e rever conceitos, por meio da reflexão sensata e racional. Ciência, filosofia e religião, com certeza nos fornece conhecimentos e valores para uma melhor escolha do que realmente queremos para nós e nossos filhos, ao invés de simplesmente aceitarmos algo sem pensarmos no que é e nos efeitos que possam nos causar.

No capítulo “Influência da mídia no processo de identificação do adolescente” do livro de Joanna de Ângelis, “Adolescência e Vida”, ela nos alerta que “genitores irresponsáveis transferem os deveres da educação a funcionários remunerados, ignorando as necessidades reais dos filhos, e apresentando-se mais como fornecedores de equipamentos e recursos para a existência, do que pessoas afetuosas e interessadas na sua felicidade.” O período infanto-juvenil, é decisivo na vida das pessoas. Por isso pais e professores estão querendo mais rigor para a programação televisiva e estão apontando filmes, novelas e programas que mais rejeitam pelo conteúdo pornográfico e apelativo, porque sabem que os ágeis meios de comunicação exercem intensa influência nos jovens. A televisão entra nos lares indiscriminadamente e exibe valores éticos e consumistas, nem sempre adequados à formação das identidades de seus filhos e/ou alunos. Por outro lado, os pais reconhecem que não são onipresentes. Não parece válido o argumento que diz que o aparelho possui um botão para desligar.

Queridos pais e responsáveis pelas crianças e jovens da nossa era, atentem para a grande responsabilidade e missão que têm em suas mãos! Esses seres dependem da sua orientação, como verdadeiros anjos protetores a lhes guiarem no bem. Assim como devemos orientar qual o alimento que irão consumir para o sustento dos seus corpos materiais, em igual ou até mesmo maior proporção, devemos orientá-los para o consumo correto do alimento dos seus espíritos.

Não é demais repetir os 4 parágrafos do texto anterior, cujo tema guarda estreita ligação com este, os quais descrevemos a seguir e assim finalizamos para que firmemos em nossos pensamentos e atitudes a forma que sugerimos para construir cada vez melhor o nosso destino e das nossas crianças:

“Não podemos descuidar da nossa casa mental e seguir vida afora arrastados pela ação maléfica dos Espíritos atrasados. É necessário vigiar os pensamentos e tudo o que consumimos e os influenciam, como livros, músicas, filmes, jogos eletrônicos... enfim, tudo o que pode influenciar a nossa frequência vibratória.

É, no entanto, possível neutralizar essa influência e, para isso, a Doutrina Espírita nos indica uma receita simples, porém infalível: a prática do bem e a fé em Deus.

Eis que, a respeito do assunto, ensinam os Espíritos Superiores na questão 469 de “O Livro dos Espíritos”:

“Fazendo o bem e pondo a vossa confiança em Deus, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e destruireis o domínio que sobre vós tentam exercer. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que vos insuflam a discórdia e que vos induzem às más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, pois que vos apanham pelo ponto fraco. Por isso Jesus vos faz repetir na Oração Dominical: Não nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal”.

Vigiar e orar, sempre!

A missão do Espiritismo é transformar o homem, para que o mundo se transforme. Devemos educar principalmente pelo exemplo; se desejamos um mundo melhor utilizemos a crítica, o bom senso e a escolha correta dando a nossa cota para a elevação dos pensamentos e sentimentos coletivos, auxiliando na formação de uma "psicosfera" saudável e promotora da evolução humana.

JOGOS ELETRÔNICOS E SINTONIA ESPIRITUAL

Ilustração - garoto hipnotizado com jogos eletrônicosUma grande preocupação dos pais do século XXI é o acesso por seus filhos às tecnologias cada vez mais avançadas e o risco delas decorrentes, mais especificamente quanto aos “jogos eletrônicos”.

A tecnologia em geral não é um mal, nem o são os “jogos eletrônicos”, mais especificamente. Os jogos computadorizados podem influenciar tanto positivamente como negativamente seus usuários. A questão é sempre “a escolha”.

Pode-se citar diversos benefícios pelo uso de jogos eletrônicos pelos jovens. Eles estimulam o pensamento lógico ao desafiar os seus usuários a pensar em como resolver problemas, propor estratégias, organizar elementos e antecipar resultados. Desenvolvem também a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança, ajudam a desenvolver a linguagem, o pensamento e a concentração. Podem, inclusive, auxiliar a criança em suas habilidades sociais, tais como: respeito, solidariedade, cooperação, obediência, responsabilidade e iniciativa.

Mas... a frequência inadequada do uso dos jogos pode causar problemas de saúde, tanto físicos quanto emocionais, configurando-se o seu uso excessivo ou descontrolado como um vício como outro qualquer, ocasionando até mesmo uma compulsão por jogos e se transformando em doença, em que o prazer em jogar se torna tensão. Isso faz com que a criança apresente sintomas como insônia, baixo rendimento escolar, isolamento do convívio social e do contato humano e falta de paciência para resolver exercícios que necessitem de uma elaboração mental mais complexa. Outro efeito negativo é o cansaço físico e mental, interferindo na produtividade intelectual, dificuldades de memorização, atenção e aprendizado.

Com relação à frequência que a criança fica “ligada” nos jogos eletrônicos, é importante atentar para o tempo diário despendido no contato com aparelhos eletrônicos em geral (jogos, tv, computador, etc). É recomendado que a criança fique, no máximo, uma hora por dia jogando ou vendo TV. Isso se dá porque os jogos fornecem estímulos cerebrais que causam uma reação neuroquímica que proporciona a sensação de prazer, por isso viciam, e não é possível obter-se essa mesma sensação lendo um livro ou brincando com algum brinquedo educativo, por exemplo. Então, quanto mais tempo a criança se dedica aos aparelhos eletrônicos, menos estímulo ela terá para se concentrar nos estudos, na leitura e na socialização em geral, devido às diferentes reações neuroquímicas geradas por essas atividades.

Há estudos que associam o maior índice de uso de drogas em jovens adultos que quando crianças e adolescentes foram viciados em jogos eletrônicos, pelo tipo de sensação de prazer estimulado por esses brinquedos.

Com relação à influência espiritual no uso de jogos eletrônicos, ela se dá por meio da conexão com a sua natureza e com as mensagens subliminares que ficam escondidas do foco principal de atenção do usuário, mas que são captadas pelo subconsciente. Essas mensagens podem levar o usuário a memorizar ou expressar valores, sentimentos, necessidades etc, podendo suscitar o medo em jogos violentos, a vontade de beber um refrigerante ou até mesmo álcool, consumir um certo produto, etc.

A influência que os Espíritos exercem sobre o nossos pensamentos e ações no dia-a-dia é muito maior do que imaginamos, porquanto em muitas ocasiões são eles que nos dirigem. A criança, ao brincar com um jogo eletrônico que a conecte com a violência, a guerra, a agressividade, pelo seu pensamento e baixa frequência vibracional, atrairá os Espíritos que estejam na mesma faixa vibratória, por sintonia.

A influência dos Espíritos sobre nós é constante, e todos estão expostos a ela, quer acreditem ou não. Porém a influência espiritual só se concretiza em virtude da sintonia que se estabelece entre nós e os Espíritos. Conforme os ensinamentos espíritas, a influência espiritual sobre nós pode ser boa ou má, oculta ou ostensiva, fugaz ou duradoura, mas em toda e qualquer situação só se concretiza em virtude da sintonia que se estabelece entre nós e eles.

Os espíritos infelizes, de mente ultrajada, vivem mais com os encarnados do que se supõe. Allan Kardec explica na questão 462 de “O Livro dos Espíritos” que fazer a distinção se os pensamentos são nossos ou dos Espíritos nem sempre é possível e assim o justifica: “Se fosse útil pudéssemos claramente distinguir nossos próprios pensamentos daqueles que nos são sugeridos, Deus nos teria dado o meio, assim como nos dá o de distinguir entre o dia e a noite. Quando algo fica impreciso, é que assim convém ao nosso benefício”.

Diz-nos Rodolfo Calligaris em seu livro “Páginas de Espiritismo Cristão” que “pensar é vibrar, é entrar em relação com o Universo espiritual que nos envolve, e, conforme a espécie das emissões mentais de cada ser, elementos similares se lhe imanizarão, acentuando-lhe as disposições e cooperando com ele em seus esforços ascensionais ou em suas quedas e deslizes”.

Não podemos descuidar da nossa casa mental e seguir vida afora arrastados pela ação maléfica dos Espíritos atrasados. É necessário vigiar os pensamentos e tudo o que consumimos e os influenciam, como livros, músicas, filmes, jogos eletrônicos... enfim, tudo o que pode influenciar a nossa frequência vibratória.

É, no entanto, possível neutralizar essa influência e, para isso, a Doutrina Espírita nos indica uma receita simples, porém infalível: a prática do bem e a fé em Deus.

Eis que, a respeito do assunto, ensinam os Espíritos Superiores na questão 469 de “O Livro dos Espíritos”:

“Fazendo o bem e pondo a vossa confiança em Deus, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e destruireis o domínio que sobre vós tentam exercer. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que vos insuflam a discórdia e que vos induzem às más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, pois que vos apanham pelo ponto fraco. Por isso Jesus vos faz repetir na Oração Dominical: Não nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal”.

Vigiar e orar, sempre!

A EVANGELIZAÇÃO AINDA NO VENTRE DAS MÃES

Mãe segurando sapatinhos de nenêO objetivo deste texto é discorrer sobre as relações existentes entre a mãe e o feto durante a gestação. Ligados biologicamente a partir do ato da concepção, a mãe e o feto também estão ligados espiritualmente de forma irremediável. Nesta fase, entre a concepção e o nascimento, é a fase em que o espírito reencarnante, em contato mais íntimo com os futuros pais, vai preparando-se para a nova existência. É uma fase importante, onde o Espírito mantém-se em processo de ligação fluídica direta com os pais.

A criança é um ser espiritual, criado por Deus, ora vivendo no plano do Espírito ora respirando num corpo material. É, antes de mais nada, uma alma que recomeça uma nova existência na carne. No corpo e fora dele dá continuidade ao seu aperfeiçoamento e à sua caminhada na conquista da felicidade.

A ligação entre mãe e filho é tão forte que o feto sabe, mesmo antes de nascer, se é desejado ou não pela mãe. Por este motivo é muito importante aliviar o estresse durante a gestação e evitar conflitos. O útero materno é o lar do bebê e ele precisa de uma casa tranquila.

“Ó espíritas! Compreendei hoje o grande papel da Humanidade; compreender que quando produzis um corpo, a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir; sabei vossos deveres e colocai todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. XIV.9)

Grávida com a barriga embrulhada para presenteA questão nº 344 do Livro dos Espíritos faz referência à ligação do Espírito ao novo corpo que tem início na concepção, porém se completa apenas no nascimento. Já a questão nº 351 comenta que, no intervalo que vai da concepção ao nascimento o espírito está apenas ligado ao corpo carnal e não encarnado propriamente. Dessa forma, a partir da concepção, à medida que se aproxima a hora do nascimento, suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado, de que não tem mais consciência, logo que entra na vida.

O espírito reencarnante se recolhe nas malhas das energias perispirituais maternas, sofrendo a sua influência. Conforme seja essa influência, tem-se os reflexos benignos ou negativos. Da mesma forma que o filho recebe da futura mãe os pensamentos e seus conteúdos emocionais, a mãe capta as vibrações emitidas pelo feto, alterando profundamente o seu estado emocional. Qualquer que seja a característica do espírito reencarnante haverá sempre com a mãe correlações de causas, onde ambos lucrarão sempre, no sentido evolutivo. O futuro pai pode também sofrer alterações em seu campo mental em função da presença de um novo Espírito em seu lar. São vibrações de um Espírito ligado a ele que agora retorna para prosseguir a sua marcha evolutiva.

Durante a gestação é importante envolvermos o feto com carinho, conversando com ele e demonstrando amor. Ele precisa ser amado e respeitado para crescer com o psiquismo saudável. O estado mental dos pais exerce grande influência no processo reencarnatório.

A evangelização do espírito ainda no ventre deve ter como foco estimular o espírito reencarnante a manter o propósito de renascer, sustentar o vínculo entre esse espírito e seus pais e fazê-lo se sentir amado, respeitado e protegido. É de extrema importância que se utilize o evangelho para despertar sua consciência, adormecida pelo processo reencarnatório. A mãe precisa trabalhar bem os seus sentimentos e pensamentos para que o bebê também sinta.

Cabe aos pais criarem condições favoráveis para que este Espírito renasça para a vida física numa psicosfera saudável, de amor e harmonia, onde os bons Espíritos estejam presentes. O ambiente familiar no qual o Espírito que reencarna exercerá influência que pode ser tornar decisiva para o êxito ou não da missão.

Do ponto de vista espírita, a educação não começa no berço nem termina no túmulo, mas antecede o nascimento e sucede à morte do corpo físico.

grávida passeando em parqueOs pensamentos dos pais, especialmente da mãe, se misturam com os pensamentos do reencarnante, havendo uma profunda troca de emoções e sensações. Mães ansiosas, deprimidas, queixosas, que adotam posturas moralmente incorretas e não buscam se melhorarem como pessoa, alimentando atitudes e decisões negativas, podem transmitir essas vibrações para o Espírito do feto, agravando o seu sofrimento e a sua angústia. Por outro lado, mães tranquilas, calmas, otimistas, que moralmente fazem o que é certo, valorizam a verdade e escolhem atitudes mais nobres e honestas, contribuem sensivelmente para o estado de equilíbrio do feto, transmitindo-lhe coragem, fé e esperança.

A atitude mental, psicológica e espiritual da mãe influencia diretamente o espírito reencarnante.

O diálogo que a mãe deve manter com o filho durante a gestação infunde-lhe coragem e bom ânimo.

A oração e a meditação proporcionam ao espírito reencarnante manter a sua ligação com o plano espiritual e permite a sua atuação benéfica sobre ambos.

O hábito de cultivar pensamentos saudáveis e positivos cria uma atmosfera espiritualmente saudável para o desenvolvimento psicológico e espiritual do bebê.

O passe espírita viabiliza a transfusão de energias que revigoram a sua natureza fluídica. A fé em Deus nutrida pela mãe consolida a atmosfera de esperança e paz.

Os passeios contemplativos junto à natureza permitem à dupla comungar com forças regeneradoras. Enfim, tudo isto reforça os vínculos afetivos entre o bebê e seus pais e ao mesmo tempo contribui para o estabelecimento da harmonia psíquica e espiritual do ser que está prestes a reencarnar.

Saibamos cuidar das nossas crianças, moldando-lhes o caráter e a personalidade, sob as diretrizes dos ensinamentos do Cristo à luz da Doutrina Espírita e estaremos contribuindo para a formação de adultos mais equilibrados e conscientes das suas responsabilidades diante da construção do planeta de regeneração.

Nenhuma reencarnação é espontânea e aleatória, pois para tudo há uma razão. “O princípio da reencarnação é uma consequência necessária da lei do progresso”. (A Gênese, Cap. XI – A Gênese Espiritual, Itm 33)

ESPIRITISMO E HOMOSSEXUALIDADE

Fotomontagem de mulher estendendo o braço para entregar um coração de papel a uma criançaUltimamente, muito se tem falado a respeito da homossexualidade. Mas, o que o espiritismo considera sobre o tema da homossexualidade e como os pais devem se posicionar frente à tendência homossexual de seus filhos?

Quando encarnamos, é como se entrássemos num palco para interpretar um papel. O plano reencarnatório é o “script” da peça a ser encenada. Trata-se de uma peça educativa, onde nos vemos defrontados com as situações mais adequadas ao nosso aprendizado e o exercício de nosso livre-arbítrio. Quando desencarnamos, as cortinas se fecham, e verifica-se o nível de aprendizagem obtido. Os papéis se alternam, a cada existência. Só Deus é, nós outros estamos. Não somos um corpo que tem um espírito, somos um espírito que tem um corpo. O que se discute é o preconceito em torno do tema. O espiritismo não trata quem quer que seja com preconceito.

Os espíritos superiores esclarecem (itens 200 a 202 de O Livro dos Espíritos) que o espírito não possui sexo. “(...) os sexos só existem no organismo. São necessários à reprodução dos seres materiais. Mas os espíritos, sendo criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, razão por que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual.” (Revista Espírita, junho de 1862). Para que a evolução e o desenvolvimento do espírito ocorram em sua plenitude, é necessário que este tenha várias experiências, reencarnando ora no sexo masculino, ora no feminino.

As experiências vividas durante longo tempo em um corpo masculino ou feminino possibilitam explicar a tendência homossexual de um espírito reencarnante, pois estas ficam registradas no psiquismo. Mas não é somente este fato que explica e não se deve limitar as explicações a esse entendimento. Esta é uma possibilidade dentre centenas. A tendência homossexual é resultante da própria atividade do espírito imortal. A homossexualidade pode ser uma prova, uma expiação, uma missão ou uma escolha do próprio espírito reencarnado. Pode-se inferir, por exemplo, que em casos em que o espírito é extremamente machista ou homofóbico ele peça para reencarnar propositadamente com tendências homossexuais, pois é uma prova pela qual pediu para passar. Para a doutrina espírita a homossexualidade é apenas um estágio evolutivo, assim como a heterossexualidade. Ser homossexual não fere as Leis Divinas.

Quando perguntado a Divaldo Franco se o espiritismo era contra a homossexualidade, Divaldo respondeu que “O espiritismo, de forma alguma, é contra a estrutura homossexual do indivíduo, não estando de acordo, porém com a pederastia, ou seja, a entrega homossexual aos hábitos e práticas perturbadoras, o que é muito diferente.” (...) “O que a doutrina diz é que, o homossexual deve procurar respeitar a si mesmo; não se permitir descer a situações promíscuas; deve respeitar seu parceiro (a); deve respeitar o grupo social, não pretendendo impor a sua orientação sexual como sendo a que todos devem seguir. Porque todos temos, invariavelmente, um certo tipo de comportamento e o consideramos normal. Desejamos consciente e inconscientemente que o mundo mude para estar do nosso lado, quando os outros também tem seus comportamentos e suas orientações sexuais.” Então, podemos dizer que, o homossexual não deve impor a sua condição sexual ao heterossexual e vice-versa.

O espiritismo acredita no amor, em toda a sua pureza. Jesus, nosso Mestre e Modelo, nos orientou que amássemos uns aos outros não importando se somos homem, mulher, branco, negro, rico, pobre... orientou até mesmo que amássemos os nossos inimigos!

Por esta lógica, entendemos que toda forma de amor, desde que verdadeira, pura e pautada no respeito mútuo é a forma de amor que Jesus nos ensinou. Daí perguntamos: por que um casal homossexual, onde os dois companheiros se respeitam e se amam de verdade haveria de ser contra a lei do amor?

Então, quando nos depararmos com um filho com tendências homossexuais, devemos olhá-lo como um espírito em evolução. E, por isso mesmo, respeitá-lo e acolhê-lo. Assim como a nós mesmos. Amemos o próximo como ele é e como Jesus nos ama, apesar dos nossos infindáveis defeitos. Respeitar é um ato de amor.


PARA SABER MAIS SOBRE O TEMA, À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA, VEJA ABAIXO ALGUNS TRECHOS SELECIONADOS, DE OBRAS DE KARDEC, CHICO XAVIER E DIVALDO FRANCO:

Três questões de "O Livro dos Espíritos", inseridas no Livro Segundo, Capítulo IV – Pluralidade das existências, cujo tema desenvolvido é "Sexos nos Espíritos":

200. Os Espíritos têm sexos? "Não como o entendeis, porque os sexos dependem do organismo. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos."

201. O Espírito que animou o corpo de um homem pode animar, em nova existência, o de uma mulher e vice-versa? "Sim; são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres."

202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem ou no de uma mulher? "Isso pouco importa. Vai depender das provas por que haja de passar."

Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes oferece provações, deveres especiais e novas oportunidades de adquirirem experiência. Aquele que fosse sempre homem só saberia o que sabem os homens.

Explicação de Kardec, no artigo na Revista Espírita 1866 - "As mulheres têm alma?" (KARDEC, Revista Espírita 1866, p. 3-5)

"O Espírito encarnado sofrendo a influência do organismo, seu caráter se modifica segundo as circunstâncias e se dobra às necessidades e aos cuidados que lhe impõe esse mesmo organismo. [...] pode ocorrer que o Espírito percorra uma série de existências num mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, ele possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher do qual a marca permaneceu nele. [...]. Se essa influência repercute da vida corpórea à vida espiritual, ocorre o mesmo quando o Espírito passa da vida espiritual à vida corpórea. Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito; se for avançado, fará um homem avançado; se for atrasado, fará um homem atrasado. Mudando de sexo, poderá, pois, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as tendências e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes que se notam no caráter de certos homens e de certas mulheres."

Citação de Emmanuel, em "Vida e Sexo" (XAVIER, Vida e Sexo, p. 109):

"A homossexualidade, também hoje chamada de transexualidade, em alguns círculos de ciência, [...] não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível à luz da reencarnação."

Emmanuel, em "Vida e Sexo" – (XAVIER, Vida e Sexo, p. 110)

"A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinquência."

Emmanuel, da obra "Vida e Sexo" (XAVIER, Vida e Sexo, p. 110-111)

"A vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta. Em face disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina para a masculina ou vice-versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese ao corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias. Obviamente compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no renascimento, entre os homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não apenas atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, como também no que concerne a obrigações regenerativas."

Emmanuel, em "Vida e Sexo" (XAVIER, Vida e Sexo, p. 112)

"O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos fins. E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e, consequentemente, na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores da Vida Maior que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem. Escolhem com isso viver temporariamente ocultos na armadura carnal, com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que abraçam."

Emmanuel, em "Vida e Sexo" – (XAVIER, Vida e Sexo, p. 128)

"O instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos de evolução. Toda criatura consciente traz consigo, devidamente estratificada, a herança incomensurável das experiências sexuais vividas nos reinos inferiores da Natureza. De existência a existência, de lição em lição e de passo em passo, por séculos de séculos, na esfera animal, a individualidade, erguida à razão, surpreende em si mesma todo um mundo de impulsos genésicos por educar e ajustar às leis superiores que governam a vida."

André Luiz, na obra "Evolução em Dois mundos" (XAVIER, Evolução em Dois Mundos, p. 141-142 e p.146)

"A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veículo físico, mas sim na entidade espiritual, em sua estrutura complexa. [...]. O sexo é, portanto, mental em seus impulsos e manifestações, transcendendo quaisquer impositivo da forma em que se exprime, [...]."

"[...] o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual e consequentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida, e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo."

André Luiz em "Evolução em Dois Mundos" (XAVIER, Evolução em Dois Mundos, p. 193-194)

"Quanto à perda dos característicos sexuais, estamos informados de que ocorrerá, espontaneamente, quando as almas humanas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, após milênios de burilamento, para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade, refletindo em si, nos degraus avançados da perfeição, a glória divina do Criador."

O Assistente Silas, na obra "Ação e Reação", também de André Luiz (XAVIER, Ação e Reação, p. 209)

"[...] em muitas ocasiões, quando o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, [...] é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto íntimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus, ocorrendo idêntica situação à mulher criminosa [...]"

"[...] ocorrendo idêntica situação à mulher criminosa que, depois de arrastar o homem à devassidão e à delinquência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando, quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o Senhor. [...]"

Irmão Félix, na obra "Sexo e Destino", de André Luiz (XAVIER e VIEIRA, Sexo e Destino, p. 272-273)

"[...] Empenhou-se a repetir que na Crosta Planetária os temas sexuais são levados em conta, na base dos sinais físicos que diferenciam o homem da mulher e vice-versa; no entanto, ponderou que isso não define a realidade integral, porquanto, regendo esses marcos, permanece um Espírito imortal, com idade às vezes multimilenária, encerrando consigo a soma de experiência, o que obriga a própria Ciência terrena a proclamar, presentemente, que masculinidade e feminilidade totais são inexistentes na personalidade humana, do ponto de vista psicológico. Homens e mulheres, em Espírito, apresentam certa percentagem mais ou menos elevada de característicos viris e feminis em cada indivíduo, o que não assegura possibilidades de comportamento íntimo normal para todos, segundo a conceituação de normalidade que a maioria dos homens estabeleceu para o meio social."

Irmão Félix em "Sexo e Destino" (XAVIER, Sexo e Destino, p. 273)

"Tendo Neves formulado consulta sobre os homossexuais, Félix demonstrou que inúmeros Espíritos reencarnam em condições inversivas, seja no domínio de lides expiatórias ou em obediência a tarefas específicas, que exigem duras disciplinas por parte daqueles que as solicitam ou que as aceitam. Referiu ainda que homens e mulheres podem nascer homossexuais ou intersexos, como são suscetíveis de retomar o veículo físico na condição de mutilados ou inibidos em certos campos de manifestação, aditando que a alma reencarna, nessa ou naquela circunstância, para melhorar e aperfeiçoar-se e nunca sob a destinação do mal, o que nos constrange a reconhecer que os delitos, sejam quais sejam, em quaisquer posições, correm por nossa conta. À vista disso, destacou que nos foros da Justiça Divina, em todos os distritos da Espiritualidade Superior, as personalidades humanas tachadas por anormais são consideradas tão carecentes de proteção quanto às outras que desfrutam a existência garantida pelas regalias da normalidade, segundo a opinião dos homens, observando-se que as faltas cometidas pelas pessoas de psiquismo julgado anormal são examinadas no mesmo critério aplicado às culpas de pessoas tidas por normais, notando-se, ainda, que, em muitos casos, os desatinos das pessoas supostas normais são consideravelmente agravados, por menos justificáveis perante acomodações e primazias que usufruem, no clima estável da maioria."

Citação de Divaldo Pereira Franco, na obra "Sexo & Consciência" (FRANCO, Sexo & Consciência, p. 191-192)

"Um dos aspectos do comportamento sexual, que as pesquisas tentam decifrar é a orientação sexual, o interesse que o indivíduo possui em estabelecer relacionamentos afetivo-sexuais com o gênero oposto ou com o mesmo gênero.

[...] o Espírito realiza experiências em quatro modalidades de conduta sexual:

  1. Assexualidade – [...]. [sem interesse sexual].
  2. Heterossexualidade – [...]. [interesse por pessoa do sexo oposto].
  3. Homossexualidade – Neste contexto, o indivíduo elege um parceiro do mesmo sexo. [...].
  4. Bissexualidade – [...]. [relaciona-se com pessoas de ambos os sexos]."

<Divaldo Franco, em "Sexo & Consciência" (FRANCO, Sexo & Consciência, p. 193)

"Frequentemente o Espírito programa uma longa jornada apenas em um sexo. E quando se transfere para o outro, isto é, quando inicia uma série de reencarnações na polaridade oposta, muitas vezes, ainda se encontra com as marcas psicológicas do sexo anterior. [...] O abuso das experiências em uma das polaridades impõe a necessidade do retorno em outra, a fim de aprender a respeitar a função sexual. Portanto, a homossexualidade tem suas causas profundas na intimidade do ser espiritual."

Divaldo Franco, em "Sexo & Consciência" (FRANCO, Sexo & Consciência, p. 196-197)

"A homossexualidade pode ser desencadeada ou influenciada por um processo obsessivo. [...] O adversário desencarnado, que foi profundamente lesado pela sua vítima de agora, induz este indivíduo a um relacionamento homossexual que é angustiante para ele. O objetivo é cobrar a dívida desencadeando agressões ao equilíbrio sexual do devedor. Como este Espírito está imantado ao campo da aura do seu hospedeiro psíquico, ele passa a experimentar as sensações, emoções e desejos daquele a quem manipula, inclusive nos momentos de relacionamento sexual que a vítima estabeleça com um parceiro."

Fala de Bezerra de Menezes na obra "Loucura e Obsessão" pelo Espírito Manoel P. de Miranda psicografada por Divaldo Franco (FRANCO, Loucura e Obsessão, p. 69-70)

"[...] Quando o corpo se encontra definido numa ou noutra forma e o arcabouço psicológico não corresponde à realidade física, temos o transexualismo, que, empurrado pelos impulsos incontrolados do eu espiritual perturbado em si mesmo ou pelos fatores externos, pode marchar para o homossexualismo, caindo em desvios patológicos, expressivos e dolorosos... É, no entanto, na forma transexual, quando o Espírito supera a aparência e aspira pelos supremos ideais, que surgem as grandes realizações da Humanidade, como também sucede na heterossexualidade destituída de tormentos e anseios lúbricos, que lhe causam graves distonias. Em qualquer forma, portanto, pode o Espírito dignificar-se, elevando-se, desde que se não deixe acometer pela loucura do prazer desregrado, que sempre lhe proporcionará a necessidade de reparação em estado mais afligente..."

CONHECA A OBRA DE PIETRO UBALDI

Pietro UbaldiFilósofo espiritualista e reencarnacionista, nasceu na Itália em 1886 e faleceu no Brasil em 1972, a sua segunda pátria, onde viveu por 20 anos. Sob a inspiração do que chamou a "Sua Voz", escreveu 24 livros de natureza espiritual, sendo “A Grande Síntese” o primeiro, composto em 1932. Adotando o Evangelho como orientação básica, a sua obra se destina a auxiliar o desenvolvimento humano rumo às elevadas finalidades que a evolução nos concita.

Mas quem de fato foi Pietro Ubaldi?

Que seria da humanidade sem a revelação dos homens de gênio, que aparecem de tempos em tempos? (Allan Kardec em “A Gênese”)

Apesar da educação eminentemente católica que recebeu em vida, encantou-se com o tema da evolução e, aos 26 anos, tornou-se reencarnacionista depois de conhecer e estudar a codificação espírita de Allan Kardec.

Tão bem os brasileiros receberam a sua profícua composição literária, diferentemente dos europeus, que, em 1951, ele foi convidado a visitar o nosso país e aqui proferir uma série de palestras. A ressonância às suas ideias no seio de nosso povo, receptivo por natureza a todas as concepções de enlevo espiritual, o encantou de tal modo que, no ano seguinte, para cá ele se mudou definitivamente com sua família. Deduzia assim que a velha Europa não podia compreender e acolher, com o devido valor, as suas elevadas proposições, as quais somente aqui encontrariam um terreno fértil o bastante para albergá-las, fazendo-as florescer com inigualável vigor.

A Grande Síntese foi louvada por homens eminentes em todo o mundo, incluindo Einstein, Monteiro Lobato, Torres Pastorino, Chico Xavier e Emmanuel que a ela se referiu como sendo o Evangelho da ciência. Dedicando a sua vida a escrever, ele terminou por compor uma extensa obra de 24 volumes, coroada pelo livro Cristo, escrito nos derradeiros meses de sua vida, encerrada aos 86 anos, em 29 de fevereiro de 1972.

Segundo nos conta, em 1931, estando ele fazendo sua caminhada matinal na estrada de Colle Umberto, apareceu-lhe a figura de Cristo e a de Francisco de Assis que, durante vinte minutos, o acompanharam, confirmando a sua elevada posição de missionário em nosso mundo, impressionando-o significativamente pelo resto de sua vida. Ele jamais o afirmou, mas aqueles que com ele conviveram guardavam a nítida impressão de estar diante de um dos grandes apóstolos do passado. Sua paixão por Cristo e por Francisco de Assis denotava a sua grande familiaridade com esses Espíritos, atestada na mensagem que este último lhe dirigiu, através da mediunidade de Chico Xavier, em 1951, por ocasião de sua visita ao famoso médium, em Pedro Leopoldo.

Como nos informa o seu principal biógrafo, José Amaral, ao lermos com atenção esta belíssima missiva temos a impressão de que o grande santo fala a alguém que lhe é, não somente íntimo, mas um antigo companheiro de apostolado, cumprindo importante missão na Terra: “Pedro, [...] Lembra-te? Ele era sozinho! Sozinho anunciou e sozinho sofreu. Quando o silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e escuta! A voz Dele ressoará de novo na acústica de tua alma e as grandes palavras, que os séculos não apagaram, voltarão mais nítidas ao círculo de tua esperança, para que as tuas feridas se convertam em rosas e para que o teu cansaço se transubstancie em triunfo. É necessário que o lume da cruz se reacenda, que o clarão da verdade fulgure novamente, que os rumos da libertação decisiva sejam traçados. Ilumina a estrada, buscando a lâmpada do Mestre que jamais nos faltou. Avança... Avancemos... Cristo em nós, conosco, por nós e em nosso favor é o cristianismo que precisamos reviver à frente das tempestades, de cujas trevas nascerá o esplendor do terceiro milênio. Certamente, o apostolado é tudo. A tarefa transcende o quadro de nossa compreensão. Não exijamos esclarecimentos. Procuremos servir. Todavia, Cristo reina e amanhã contemplaremos o celeste despertar”.

Capa de A Grande SínteseEssas considerações levaram os estudiosos a admitir que Ubaldi foi, de fato, a reencarnação do Frei Leão, o amigo íntimo de Francisco de Assis que o acompanhou até a morte e lhe cuidou dos estigmas da crucificação, conforme nos atestam as vozes que promanam de diversas obras mediúnicas. E, como nos afirmam essas revelações, Frei Leão, por sua vez, foi a reencarnação do apóstolo Pedro, enquanto que Francisco de Assis era o mesmo João Evangelista que voltava às tristes paragens terrenas. Dois grandes missionários de Cristo que não nos abandonaram e regressaram ao nosso convívio a fim de dar continuidade às suas nobres missões de conduzir a nossa humanidade, sob os auspícios do meigo Rabi. Tudo nos leva a crer que Frei Leão, retornando agora como Pietro Ubaldi, foi assistido pela voz do Santo de Assis que, das esferas superiores, lhe ditava o pensamento do divino Pastor, continuando a Sua tarefa de nos devolver ao aprisco celestial, onde se encontra.

Chico Xavier, com sua aguçada percepção espiritual, reconheceu a elevada estirpe espiritual do grande benfeitor e a seu respeito nos disse: “Pietro Ubaldi é um espírito maravilhoso, que provém de altas esferas espirituais. Deixou uma obra de imensa luz e, até hoje, trabalha na espiritualidade para o progresso de todos nós”.

Que tal estudarmos mais Pietro Ubaldi? Em nossa Casa, estudamos Pietro Ubaldi nos segundos sábados de cada mês, logo depois da Evangelização, a partir das 10:30. Venha se juntar a nós!

Fonte do Texto: http://www.ubaldibh.org/

REVIVENDO O CRISTIANISMO

No período de Natal e quando o ano se inicia, grande parte das pessoas fica ansiosa em busca de preencher uma lacuna em seu interior. Por ser a comemoração do nascimento de Jesus, necessita-se enxergar além do mundo material e aprofundar-se na compreensão do lado espiritual, com valorização na vivência dos sentimentos mais nobres. É o momento de acender a vela dentro de cada um, porque através de uma humilde chama existirá a possibilidade do calor do Amor para purificar e melhorar o mundo. O grande escritor Olavo Bilac citava que “ser cristão é ser luz ao mundo amargo e aflito, pelo dom de servir à humanidade inteira.”

Assim sendo, torna-se primordial trilhar o bem baseado nos ensinamentos do Cristo. Sejamos os verdadeiros cristãos.

A seguir texto produzido em atividade do grupo da família da evangelização:

                Rosto do CristoBom dia, dia bom
                Lindo dia, luz e paz
                Quanto peso carregamos
                Sem deixar para trás

                Enfim, Jesus nosso Senhor
                Alivia nosso peso
                Jesus, nosso Salvador
                Deixa o peso irmão
                Leveza no coração

                Quantas torres construímos?
                Torre infinitas de solidão...
                Quantas torres nos impedem
                De sorrir o coração?

                É hora de pensar...
                E das torres nos livrar
                Infinita paz e amor
                Jesus – nosso Salvador

                E nos sonhos, amiguinhos
                E no amor há sempre luz
                Ouvir amigos e mentores
                Sempre seguir Jesus

                Neste ano neste mês
                Jesus bem mais presente
                Pais, mães, filhos sorridentes
                Sempre juntos no amor
                Sempre a seguir – Jesus
                                nosso Salvador.


REFLETINDO SOBRE O MEDO

Foto-montagem da Chico Xavier apanhando uma rosa e mais uma frase sobre a importância da persistênciaO medo é um sentimento que nos causa muita angústia e inquietação quando estamos diante de um perigo real, um perigo imaginário ou uma ameaça. É um sintoma que decorre da insegurança em face das diversas situações da vida.

O medo gera desorganização emocional e psíquica, gerando doenças por somatização destes fatores. Ele desfigura e entorpece a realidade. Agiganta e avoluma insignificâncias, produzindo fantasmas onde apenas suspeitas se apresentam.

Mais importante do que pensar e repensar as causas do medo é a atitude saudável, ante uma conduta existencial tranquila, pelo fruir cada momento em plenitude, sem se preocupar com as memórias do passado nem com o futuro. A existência humana deve transcorrer dentro de um esquema atemporal, sem passado, sem futuro, num interminável presente.

O medo impele as pessoas a conectarem-se com outras mentes desencarnadas que lhes inspiram e sugerem a fuga, algumas vezes perigosas através das drogas, da bebida, do comportamento exagerado. É extremamente importante vigiarmos os nossos pensamentos pois “semelhante atrai semelhante” e devemos prestar atenção ao que nós queremos atrair.

Joanna de Ângelis nos esclarece que o antídoto para o medo são as informações trazidas pelo espiritismo: a certeza da reencarnação, a certeza de que estamos realizando experiências, praticando para aprender melhor e de que a vida terrena não é mais do que um longo dia perante a eternidade da real vida do espírito.

O combate ao medo se faz por meio da fé em conjunto com a terapia oferecida pelo trabalho fraternal, o culto do Evangelho no Lar, o pensamento otimista e o recolhimento na prece, junto com o uso da água magnetizada e do passe. Com a certeza da imortalidade, de que somos filhos de Deus e Ele nunca nos desampara.

O culto do Evangelho no Lar educa nossos espíritos nas verdades divinas e ensina-nos a agir e tomar atitudes moralmente éticas e cristãs. É o Evangelho de Jesus que nos traz lições de otimismo vivo, o fator psicológico capaz de renovar nossos padrões de comportamento, impedindo que o medo, a depressão e a angústia se instalem. Com o Evangelho no Lar criamos um campo magnético de proteção ao nosso lar e aos demais que nos rodeiam, pois o teor vibratório permitirá a sintonia com espíritos que estejam na mesma faixa energética.

O universo é um mar imenso de ondas energéticas. O esforço pelo pensamento positivo permitirá a cada um de nós mantermos nossas mentes em condições de equilíbrio vibratório e emocional para que não nos conectemos com as faixas vibratórias menos elevadas e possamos atrair sempre os fluidos benéficos que nos manterão sempre em equilíbrio.

A frequência ao Centro Espírita esclarece nossa mente e a mente daqueles espíritos que nos acompanham. Nos educamos e educamos também os outros que por afinidade conectam-se a nós.

A água fluidificada e o passe são os bálsamos espirituais que auxiliam a cura e fortalecem o nosso espírito.

Assim, quando o medo tentar nos dominar, devemos pensar que reencarnamos para triunfar. Triunfar sobre nós mesmos! E para isso precisamos vigiar e orar.

O Evangelho foi, é e sempre será o remédio mais eficaz para qualquer situação, tornando-se a única proteção contra os desequilíbrios.

Em resumo, queridos irmãos, é o Evangelho estudado e praticado que nos dará a força e a coragem para prosseguir sem medo, pois lá está escrito: “Espíritas!, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo.” - O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5.

FINADOS: COMO TRATAR DO ASSUNTO "DESENCARNE"
COM AS CRIANÇAS?

Quadro de duas meninas interagindo,sendo uma encarnada e outra desencarnadaA sobrevivêcia do espírito humano à morte do corpo físico e a crença na vida e julgamento após a morte já eram encontradas na filosofia grega, em especial em Pitágoras, Platão e Plotino. De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a ressurreição. Já os espíritas creem na reencarnação: o espírito retorna à vida material por meio de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal, mas isso seria considerar que nós retrogradamos, e os Espíritos nos ensinam que isso de fato não ocorre.

Esse tema, o desencarne, é recorrentemente discutido pelas crianças, principalmente quando têm entre 5 e 8 anos de vida. Nessa idade, elas fazem uma importante e grande descoberta: tudo tem um começo e um fim, inclusive a vida humana. Começam a perceber que o fim da vida pode acontecer com elas e com seus pais.

Praticamente todos os seres humanos têm medo da morte. Mesmo aqueles que acreditam na vida após a morte, como nós, espíritas, que acreditamos na pluralidade das existências.

Joanna de Ângelis afirma que “... o medo da morte, que é herança ancestral, assim como resultado das crenças religiosas e superstições que elaboraram um Deus vingador e punitivo, ou do materialismo que reduz a vida após a disjunção celular ao nada; o fenômeno natural da desencarnação se apresenta como tragédia, ou constitui um término infeliz para a existência humana, que sofre a dolorosa punição de ser extinguida.” Desta forma, passamos a compreender um pouco mais sobre este medo, visto que somos espíritos milenares, que já vivenciamos vários personagens no palco terreno e nem sempre fomos espíritas ou reencarnacionistas.

Encarar o medo da morte é praticar o que Jesus, nosso Mestre e exemplo, nos ensinou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” É enfrentar a verdade sobre nós mesmos, sobre a continuidade da vida e nos fortalecermos na fé, não a fé cega e, sim, uma fé raciocinada, baseada na experiência direta. É bom lembrarmos que “morremos” todos os dias quando nos deitamos para dormir após um dia de trabalho ou estudo.

Nós, espíritas, em face da gama de informações às quais temos alcance, certamente chegaremos “do outro lado” com maior segurança, sem grandes problemas para identificar a nova situação, embora esse benefício não nos garanta o ingresso em comunidades venturosas. Isso dependerá do que fizemos e não do que sabemos.

Devemos nos preparar para esse momento derradeiro e inevitável, uma vez que sabemos ser a única certeza em nossa estada aqui no planeta Terra e que, um dia, retornaremos ao plano espiritual para um novo estágio de aprendizado. Nossa condição estará diretamente subordinada às obras que fizermos, ao bem que praticarmos. Quanto mais vivenciarmos os ensinamentos do Cristo em nosso dia-a-dia, melhor será nossa situação ao chegarmos lá.

Se este assunto é difícil de entender até pelos adultos, para os pequenos é ainda mais confuso. Por isso, as crianças precisam de todo o apoio e sinceridade nos momentos em que devem encarar a perda de uma pessoa próxima.

Não existe idade certa para se tratar o tema. Devemos ir educando aos poucos, por meio de exemplos práticos do ciclo da natureza. Uma boa ideia é plantar uma sementinha e ir mostrando como ela nasce, cresce, adoece e morre. Cantigas, livros infantis e filmes que tratam do assunto podem ser grandes aliados.

Não devemos esconder nada das crianças, muito menos inventar histórias para poupar os pequenos. As crianças até cerca de 10 anos de idade não abstraem. O seu psiquismo, ainda em construção, não consegue captar conceitos subjetivos. Pensam de forma concreta e constroem os conceitos a partir do concreto.

Para ajudá-las, precisamos, primeiro, elaborar nossos próprios conceitos acerca do assunto. O importante é “ser honesto”. Nem sempre teremos todas as respostas. E quando isso acontecer... que tal dizer “não sei” e propor buscar as explicações juntos? Mas devemos ficar atentos em ser sucintos e esclarecer especificamente as perguntas colocadas pelas crianças, sem nos aprofundarmos demasiadamente no tema. Quanto menor for a criança, maior deve ser esse cuidado.

A melhor forma de ajudar uma criança em qualquer situação, principalmente durante o luto, é ser empático. Demonstrar que também sofremos e sentimos saudades. Deixe-a falar sobre seus sentimentos e, acima de tudo, dê apoio e acolhimento. Garanta que ela nunca estará sozinha e sempre haverá alguém para cuidar dela. É importante que a criança sinta que tem o apoio e a atenção dos que por ela se responsabilizam e com quem ela interage.

A essência desse tema imprescindível é ensinar que a morte é um fenômeno natural da vida, Lei Divina, não no sentido da destruição, mas da renovação. Os elementos que consituem o corpo físico retornam ao imenso laboratório da natureza, mas a centelha divina que nos habita prossegue viva, atuante, amando, pensando, sentindo saudades e outras emoções!

Pela fé raciocinada que a Doutrina Espírita nos faculta, entenderemos que a morte não existe.

Nosso saudoso Chico Xavier chamava a morte de “berçário novo”, o momento que “nascemos” na dimensão espiritual, processo inverso e semelhante ao nascimento na dimensão material.

Enfim, qualquer pessoa que estude, com um mínimo de seriedade, a Doutrina Espírita no seu tríplice aspecto – Ciência, Filosofia e Religião – encontrará todas as respostas para não somente acreditar, mas SABER que a morte não existe, que a vida continua!

Encerramos esse texto transcrevendo uma bela oração atribuída a Santo Agostinho (guia do nosso Patrono Bezerra de Menezes em sua última encarnação):

“A morte não é nada./ Apenas passei ao outro mundo./ Eu sou eu,Tu és tu./ O que fomos um para o outro ainda somos,/ dá-me o nome que sempre me deste./ Fala-me como sempre me falaste./ Não mudes o tom a um triste ou solene./ Continua rindo com aquilo que nos fazia rir junto./ Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo./ Que meu nome se pronuncie em casa,/ como sempre se pronunciou./ Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra./ A vida continua significando o que significou./ Continua sendo o que era,/ o cordão da união não se quebrou./ Por que eu estaria fora dos teus pensamentos,/ apenas porque estou fora da tua vista?/ Não estou longe, somente estou do outro lado do/ caminho. Já verás, tudo está bem.../ Redescobrirás meu coração, e nele redescobrirás a/ ternura mais pura. Seca tuas lágrimas e, se me/ amas, não chores mais.”

A INFLUÊNCIA DOS OUTROS

Ilustração - cabeça de homem entre figuras de um anjinho e um diabinhoMuito pais se preocupam com a influência dos “outros” na vida dos seus filhos. Sim, uma boa parcela de nós é produto do meio em que vivemos, mas quem são esses “outros”? E como os pais e responsáveis podem fortalecer os seus filhos para que não caiam em armadilhas influenciados por esses “outros”?

Importante saber que o mundo é muito mais do que aquilo que a gente vê. Os amigos, colegas, parentes, vizinhos... enfim, as pessoas com quem compartilhamos experiências podem sim influenciar a nossa tomada de decisão, mas ainda temos uma influência que não vemos, que é a dos espíritos desencarnados com os quais sintonizamos.

Na pergunta nº 459 de “O Livros dos Espíritos”, Kardec perguntou se “os espíritos influem sobre os nossos pensamentos e ações”. A resposta foi categórica: “A esse respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes são eles que vos dirigem.”

A Revista Espírita de 1858 apresenta-nos um exemplo desse fato com o caso do Sr. F., moço instruído, de educação esmerada e caráter suave e benevolente, vítima de um processo de fascinação que só chegou ao fim com a ajuda dos bons Espíritos.

Inspirado pelo Espírito de seu pai, o moço foi até Kardec e procurou seguir o conselho dos Espíritos, que lhe recomendaram entregar-se a um trabalho rude que não lhe deixasse tempo para ouvir as sugestões más.

Ao fim do tratamento, o Espírito que atuava sobre F., que se identificou com o nome de François Dillois, acabou confessando-se vencido e exprimiu o desejo de progredir.

A influência espiritual só se concretiza em virtude da sintonia que se estabelece entre nós e os Espíritos. Conforme os ensinamentos espíritas, a influência espiritual sobre nós pode ser boa ou má, oculta ou ostensiva, fugaz ou duradoura, mas em toda e qualquer situação só se concretiza em virtude da sintonia que se estabelece entre nós e eles.

Uma forma, embora precária, de distinguir os nossos pensamentos dos que nos são sugeridos é compreender que, normalmente, pertence a nós o primeiro pensamento que nos ocorre. O importante, porém, é saber que, independentemente de sugestões ou não, a responsabilidade pelos atos é nossa, cabendo-nos o mérito pelo bem que daí resultar ou o demérito se a ação for negativa.

Diz-nos Rodolfo Calligaris em seu livro “Páginas de Espiritismo Cristão” que “pensar é vibrar, é entrar em relação com o Universo espiritual que nos envolve, e, conforme a espécie das emissões mentais de cada ser, elementos similares se lhe imanizarão, acentuando-lhe as disposições e cooperando com ele em seus esforços ascensionais ou em suas quedas e deslizes”.

É, no entanto, possível neutralizar essa influência e, para isso, a Doutrina Espírita nos indica uma receita simples, porém infalível: a prática do bem e a fé em Deus.

Os Espíritos Superiores nos ensinaram na questão 469 de “O Livro dos Espíritos” que “Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, pois que vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na Oração Dominical: ‘Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.

Conseguir império sobre si mesmo significa: elevar-se moralmente, elevar o chamado padrão vibratório, o que se consegue com bons pensamentos, bons sentimentos e bons atos, isto é, a prática constante do bem e da caridade.

O espírito Hammed nos ensina que: “sintonia é o estado em que se encontram duas pessoas que se acham numa mesma igualdade de emoção, ponto de vista, crença ou pensamento”. Toda interferência espiritual acontece respeitando a afinidade entre os agentes envolvidos no processo.

Por exemplo, quando pensamos no bem atraímos quem é do bem, quando pensamos no mal atraímos quem é do mal. Por isso, nos ensina o espírito Manoel Philomeno de Miranda: “Pelo pensamento, cada um de nós elege a companhia espiritual que melhor nos apraz”.

Concordando com o que também ensina Hammed: “Ninguém simplesmente pega energias nocivas ou atrai espíritos infelizes de modo casual ou fortuito. A vida não é injusta. Temos o que merecemos. Não somos vítimas impotentes vivendo um destino impiedoso”.

Nada é por acaso, e todo efeito tem causa. Se estamos sendo foco de algum tipo de obsessão ou perturbação espiritual é por que de alguma forma nós a provocamos.

O aspecto mais importante a sabermos sobre a influência espiritual é que não somos escravos dela e que podemos nos desvencilhar, bastando para isso, apenas nossa própria vontade e determinação.

Com relação aos encarnados, tanto quanto aos desencarnados, quem vai determinar se vai ou não se deixar influenciar é a própria pessoa.

Temos de lembrar que o ser humano é um animal gregário, ou seja, nós vivemos em grupo, precisamos uns dos outros para obter alimento, ter segurança e construir conhecimento. Então, pensar que é possível não receber influência do outro é imaginar o improvável. A questão é saber como construir uma estrutura de personalidade capaz de filtrar os estímulos externos para bloquear os ruins, receber os bons e saber diferenciá-los.

O ideal é começar esse treinamento muito cedo, já na infância, pela construção de pensamento lógico e de inteligência emocional, coisas que podem ser ensinadas e aprendidas. E essa é uma das missões dos pais e responsáveis pelas crianças. Aos pais cabem ajudar os seus filhos a assumirem a autonomia por seus sentimentos sem transferir para os demais a responsabilidade pela consequência de suas ações e por sua eventual infelicidade.

Pensar bem e no bem deixa de ser uma norma moral ou religiosa, para ser uma atitude profilática ou terapêutica, dependendo do caso, no que se refere a viver em paz do ponto de vista emocional e espiritual.

Devemos assumir a responsabilidade pelo que estamos fazendo da nossa existência, confiantes de que Deus nos provê em tudo, e conscientes de que os espíritos não são anjos nem demônios, são apenas seres como nós, apenas fora da carne, porém, dentro da vida, dando prosseguimento ao próprio processo de evolução.

A ESTÓRIA DE UM PÃO

"Quando Barsabás, o tirano, demandou o reino da morte, buscou, debalde, reintegrar-se no grande palácio que lhe servira de residência.

A viúva, alegando infinita mágoa, desfizera-se da moradia, vendendo-Ihe os adornos.

Viu ele, então, baixelas e candelabros, telas e jarrões, tapetes e perfumes, joias e relíquias sob o martelo do leiloeiro, enquanto os filhos querelavam no tribunal, disputando a melhor parte da herança.

Ninguém lhe lembrava o nome, desde que não fosse para reclamar o ouro e a prata que doara a mordomos distintos.

E, porque na memória de semelhantes amigos, ele não passava, agora, de sombra, tentou o interesse afetivo de companheiros outros da infância...

Todavia, entre eles, encontrou, simplesmente, a recordação dos próprios atos de malquerença e de usura.

Barsabás entregou-se às lágrimas de tal modo, que a sombra lhe embargou, por fim, a visão, arrojando-o nas trevas.

Vagueou por muito tempo no nevoeiro, entre vozes acusadoras, até que um dia aprendeu a pedir na oração e, como se a rogativa lhe servisse de bússola - embora caminhasse às escuras -, eis que, de súbito, se lhe extingue a cegueira e ele vê, diante de seus passos, um santuário sublime, faiscante de luzes.

Milhões de estrelas e pétalas fulgurantes povoavam-no em todas as direções.

Barsabás, sem perceber, alcançara a Casa das Preces de Louvor, nas faixas inferiores do firmamento.

Não obstante deslumbrado, chorou, impulsivo, ante o Ministro Espiritual que velava no pórtico.

Após ouvi-lo, generoso, o funcionário angélico falou sereno:

- Barsabás, cada fragmento luminoso que contemplas é uma prece de gratidão que subiu da Terra...

- Ai de mim - soluçou o desventurado - eu jamais fiz o bem...

- Em verdade - prosseguiu o informante -, trazes contigo, em grandes sinais, o pranto e o sangue dos doentes e das viúvas, dos velhinhos e dos órfãos indefesos que despojastes nos teus dias de invigilância e de crueldade. Entretanto, tens aqui, em teu crédito, uma oração de louvor...

E apontou-lhe acanhada estrela, que brilhava à feição de pequenino disco solar.

- Há trinta e dois anos - disse, ainda, o instrutor -, deste um pão a uma criança e essa criança te agradeceu em prece ao Senhor da Vida.

Chorando de alegria e consultando velhas lembranças, Barsabás perguntou:

- Jonakim, o enjeitado?

- Sim, ele mesmo - confirmou o missionário divino. - Segue a claridade do pão que deste um dia por amor e livrar-te-ás, em definitivo, do sofrimento nas trevas.

E Barsabás acompanhou o tênue raio do tênue fulgor que se desprendia daquela gota estelar, mas, em vez de elevar-se `às alturas, encontrou-se numa carpintaria humilde da própria Terra.

Um homem calejado aí refletia, manobrando a enxó em pesado lenho...

Era Jonakim, aos quarenta anos de idade.

Como se estivessem os dois identificados no doce fio de luz, Barsabás abraçou-se a ele qual viajante abatido de volta ao calor do lar... (...)

Decorrido um ano, Jonakim, o carpinteiro, ostentava, sorridente, nos braços, mais um filhinho, cujos louros cabelos emolduravam belos olhos

Com a benção de um pão dado a um menino triste, por espírito de amor puro, conquistara Barsabás, nas Leis Eternas, o prêmio de renascer para redimir-se.

(Pelo Espírito Irmão X, XAVIER, Francisco Cândido. O Espírito da Verdade. Espíritos Diversos. FEB.)

***

Acreditamos ser de extrema importância adentrarmos no universo imaginário infantil, a fim de estimularmos a comunicação através das Linguagens da Arte, sejam elas histórias contadas e/ou encenadas, artes visuais (expressão através de desenhos, pinturas, colagens...), músicas, vídeos e outros. Nossa intenção é fomentar a reflexão, o pensamento e o agir do evangelizando à luz do espiritismo.

A "Estória de um Pão" foi contada no dia 18 de fevereiro deste ano para as crianças do Grupo Lilás da Evangelização da nossa Casa, cujas idades variam entre 7 e 8

A escolha da estória deu-se com a intenção de abordar o tema “O Espírito - Existência e Sobrevivência.”

Foi uma manhã muito alegre e prazerosa e, logo após a Contação da História, foi feita uma pequena roda de conversa sobre as questões principais do tema, surgindo, assim, abordagens referentes às nossas práticas enquanto espíritos encarnados, à importância da prece e do ato da caridade em nossas vidas. Ao final, nada como um saboroso pão a ser compartilhado por todos do Grupo.

Muita Luz a todos.

PRECONCEITO RACIAL:
O AMOR NÃO TEM COR

Fotos de duas crianças sorrindo lado a lado, uma branca e outra negraHá poucos dias, no principal jornal da cidade do Rio de Janeiro, foi publicada uma matéria a respeito de uma postagem no Facebook, na qual um adolescente xinga uma celebridade apenas pelo fato dela ter a pele da cor negra. Estamos em pleno século XXI e ainda convivemos com esse tipo de preconceito. Com o alcance das redes sociais a milhares de pessoas em apenas um clique, imagine o mal que uma mensagem dessas pode causar para a autoestima delas!

Mas, o que a Doutrina Espírita diz a respeito?

A Doutrina Espírita contribui muito favoravelmente para a extinção dos preconceitos raciais, revelando que somos todos espíritos em evolução, submetidos à experiência reencarnatória. E que podemos ressurgir na Terra como negros, brancos ou amarelos, em qualquer continente ou região, de acordo com os nossos compromissos e necessidades.

Não há por que cultivar discriminações, sejam elas de cor, raça, credo, gênero ou quaisquer outras. Não só porque temos todos a mesma origem - que se perde na noite dos tempos -, mas, sobretudo, porque a Lei Divina determinará que reencarnemos entre aqueles que outrora discriminamos. Há inúmeros relatos em obras mediúnicas, dando-nos notícias de fazendeiros que judiavam dos negros e que retornaram como escravos africanos, antissemitas que voltaram como judeus para sentir na própria pele o que é esse preconceito e muitos outros. Ou seja, as discriminações não fazem sentido algum e quem discrimina aprenderá, de acordo com a Lei de Causa e Efeito, sentindo na própria pele o efeito da sua discriminação, uma vez que “o plantio é livre mas a colheita é obrigatória”.

Durante Sua vida na Terra, Jesus mostrou grande amor e compreensão por todas as pessoas. Ensinou pobres, ricos, rejeitados e pecadores. Ele não fazia nenhuma distinção entre as pessoas. Ensinou-nos a amar a todos e a ajudar-nos mutuamente.

Deus não nos distingue pelos corpos. Todos os seres humanos são iguais na balança Divina e só as virtudes nos distinguem aos olhos de Deus.

Todos os espíritos são de uma mesma essência e todos os corpos são modelados com igual massa.

Quando nossos filhos são os agredidos, precisamos ajudá-los a serem tolerantes com a falta dos agressores. Ensiná-los que todos sofremos injustiças das mais diversas ordens, mas que precisamos aprender a suportar com coragem as humilhações dos outros e pensar que eles são os doentes e ignorantes, que não sabem, na verdade, o que fazem ou dizem. Com amor e compreensão, devemos ajudar nossos filhos a manterem sua autoestima elevada e a não revidar “na mesma moeda”. Suportar com coragem as humilhações é ser humilde e reconhecer que só Deus é grande e poderoso.

Quando nossos filhos são os agressores, é nosso dever ensiná-los a pedir perdão pelo mal que cometeram ao outro, que merece tanto respeito quanto ele. Ensiná-lo, também com amor e paciência, que todos somos iguais e estamos sujeitos a agressões. Que nenhuma agressão é salutar, por mais que possamos achar que temos motivos para isso.

Chico Xavier disse uma vez: “Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!”

Racismo e tolerância são aprendidos. Está aí mais uma missão que os pais devem abraçar para que o mundo se torne cada vez melhor e possamos extinguir esse mal ainda neste século.

Felizmente, também, foi publicado na grande imprensa que a celebridade ofendida perdoou o seu ofensor. O perdão é muito saudável. Embora a dor e a raiva causados por uma ofensa nos machuquem muito, superar e perdoar é libertador e nos libera para seguir em frente sem mágoas ou ressentimentos. Perdoar nos tira um peso e não nos deixa à mercê da ira e da necessidade de vingança, por isso nos faz sentir mais leves e livres. Vamos ensinar as nossas crianças a perdoar e assim estaremos construindo um mundo melhor.

Para os que consideram a necessidade do uso da lei, nos casos mais graves, deixamos para reflexão um ensino precioso da obra "Os Quatro Evangelhos", de Roustaing, que se aplica perfeitamente aos casos de racismo e aos de preconceito, em geral: "Deixai que as leis sejam executadas, quando houverdes inutilmente empregado os meios que a caridade vos faculta para encaminhar os que se tenham afastado dela e do amor" (Tomo I, item 85).

O LADO MAU DO LOBO MAU

Ilustração de um lobo mauÉ comum vermos, ainda nos dias de hoje, crianças com medo do Lobo Mau. Na correria do dia a dia, ele é um grande “aliado” dos pais na lida com as crianças, pois, com o medo do Lobo Mau, elas se acalmam e se tornam obedientes em alguns momentos específicos.

O que os pais e os responsáveis não conhecem é a má consequência emocional que o “lobo salvador” (do ponto de vista deles) tem na psique infantil.

Quando falamos para uma criança que o Lobo Mau está embaixo da cama, dentro do armário ou em algum cômodo da casa, estamos plantando uma semente de medo no emocional da criança e esse sentimento, uma vez alimentado, será usado por ela em futuras tomadas de decisão.

O medo nos aprisiona e corrói a nossa confiança na bondade de Deus. É a causa principal de grande parte das doenças psíquicas, como a depressão, por exemplo, fazendo as pessoas se esconderem, se isolarem e viverem numa incerteza constante. Então, por que alimentar um sentimento que não traz nada de positivo para as crianças?

É na infância que a inteligência emocional é desenvolvida. Queremos que nossos filhos cresçam com saúde e se tornem cidadãos de bem. Para isso, devemos dar a devida importância ao emocional, pois é ele que, alimentado na infância, rege as tomadas de decisão de um adulto.

No grupo Coral da nossa Evangelização Infantil - que recebe crianças de 2 a 5 anos -, trabalhamos com contos e histórias infantis de moral elevada e atividades de pintura e colagem, que têm o objetivo de fixar o conteúdo das histórias, as quais sempre têm relação com a Doutrina Espírita, o cuidado para com o corpo, a amizade e o amor ao próximo.

Durante as atividades, fazemos o acolhimento das crianças, ensinando com amor nas palavras e nos gestos. Mais importante do que a mensagem a ser transmitida, é a forma como a transmitimos, sempre de maneira amorosa e acolhedora, incentivando o trabalho em conjunto, momento em que a criança aprende a lidar com as outras, apesar das diferenças individuais de cada uma delas. Ao término das atividades propostas, fazemos elogios a cada criança, individualmente, fortalecendo, assim, a sua autoestima.

Uma mensagem positiva falada de forma ríspida é acolhida como uma mensagem negativa.

É importante prestar atenção em quais sementinhas vocês - queridos pais e responsáveis - estão cultivando em suas crianças. Sementes de medo ou de amor? Sementes de inferioridade ou de elevação da autoestima?

É fundamental elogiar, abraçar e dedicar tempo com qualidade para nossas crianças, refletindo sobre o impacto emocional que as palavras e ações exercem sobre elas.

Vamos ajudar a formar uma nova geração de adultos emocionalmente inteligentes, contribuindo, assim, para um mundo melhor.

E para vocês - queridos pais e leitores - terminamos o texto com uma mensagem do patrono de nossa Casa, Bezerra de Menezes, na obra Recados do Meu Coração, de José Carlos de Luca:

“O amor acalma e dissolve as tensões. O amor alegra e tonifica o coração. O amor vitaliza e fortalece as células de defesa do organismo. O amor traz a esperança e recupera as células esgotadas. Somente o amor dá sentido à vida e faz com que aquele que ama tenha fortes razões para continuar vivendo através da alegria em servir ao próximo. Recordemos as sábias palavras de Paulo, em sua carta aos Coríntios: ‘O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.’ Que excelente terapia temos às mãos, filhos, através das palavras paulinas, adequadas para todos os problemas diários”.

CONHEÇA O NOSSO GRUPO LARANJA

Foto de menina brincando com uma laranja sobre seu rostoNossa Evangelização Infantil - que vai do nascimento (ou, até mesmo antes, no caso das gestantes) até a pré-adolescência - acontece aos sábados pela manhã e é dividida em sete (7) grupos que têm os nomes de cores: Verde, Coral, Amarela, Lilás, Azul, Laranja e Acerola.

As idades limítrofes de cada um deles não são rigorosas, pois também usamos como atributo a maturidade e a capacidade de acompanhar e compreender tudo o que é colocado. A transferência de grupo de cada criança é discutida ao final do semestre pelos evangelizadores do grupo e informada nas reuniões mensais, que acontecem, geralmente, nos terceiros sábados de cada mês.

Nessas reuniões, são discutidas situações e necessidades dos evangelizadores, com o objetivo de promover os ajustes necessários que o trabalho impõe e, também, ajudar aqueles que de alguma forma precisam de orientação ou apoio, em razão de questões específicas. Eventualmente, são apresentados os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelos grupos, a fim de que todos tomem conhecimento do que está sendo realizado na Evangelização Infantil como um todo.

O trabalho com as crianças e jovens tem como base, certamente, a Doutrina Espírita. São utilizados ferramentas e instrumentos que estimulem a participação dos evangelizandos, de tal forma que estes se sintam à vontade para trazer temas que gostariam de discutir em grupo e, até mesmo, dificuldades que possam encontrar na escola ou nos ambientes que frequentam. O evangelizador acolhe carinhosamente os assuntos trazidos, de forma a ouvir sugestões de todos, sempre à luz da doutrina amorosa e esclarecedora.

Todos os grupos são trabalhados com o lúdico de alguma forma. E por que? Porque esta forma de trabalhar desenvolve a criatividade, aguça a curiosidade e torna fácil a compreensão das coisas. O lúdico faz com que, quando estes evangelizandos já estiverem na idade adulta, possam lembrar de algum ensinamento de forma mais rápida.

O grupo Laranja acolhe crianças de 11 a 13 anos, aproximadamente. Nessa idade, observa-se, na maioria das vezes, diferenças no comportamento e interesses dos evangelizandos. É o momento em que, no geral, as meninas se mostram um pouco mais maduras do que os meninos.

É necessário muito dinamismo nos trabalhos para prender a atenção e forçar os jovens a pensar e para isso criamos “Ideias Âncora”. E o que é isso? “Ideia Âncora” é toda imagem que força a mente a fixar a atenção e gravar essa imagem, não permitindo que se perca logo no minuto seguinte.

Se queremos falar sobre um tema, não devemos usar o livro como base principal, pois muitos ainda não adquiriram o hábito de ler e têm como melhor forma de aprendizado a imagem. Por exemplo, se queremos ensinar o que é caridade, mostramos um filme ou uma imagem de Jesus praticando o bem ou os levamos a aprender a fazer em visitas fraternas, visitando locais que exijam deles o exercício.

Estamos organizando esse tipo de trabalho para que eles possam vivenciar essa experiência. Visitas fraternas a asilos, orfanatos ou outros locais assim forçam o pensamento a, no mínimo, ter algum tipo de sentimento, o que pode despertá-los para algo de bom. Não temos a pretensão de transformá-los em “Franciscos de Assis”, mas, simplesmente, provocar o sentimento.

No grupo Laranja, dividimos o tempo das reuniões entre algumas leituras e atividades lúdicas, como filmes, dinâmicas, teatralização, e tudo que possa tornar aquele momento mais agradável.

Existem duas dinâmicas muito interessantes que tratam de assuntos ligados à Doutrina Espírita. A primeira é a representação do Evangelho no Lar, com os evangelizandos representando uma família – pai, mãe e dois filhos - reunida para essa atividade e com um deles fazendo o papel do Espírito Orientador. Acreditamos que essa dinâmica possa despertá-los para a importância da leitura do Evangelho com a família.

A segunda dinâmica – que procura trabalhar os assédios que recebemos todos os dias - é a de dois espíritos - um bom e outro mau – um “anjinho e um “diabinho”, que ficam na mente de cada um de nós. Um dos jovens fica de olhos vendados e tenta se guiar pelos outros espíritos, sem saber qual é o bom e o mau. O objetivo do espírito bom é fazer com que o jovem consiga pegar algo que está em algum lugar na sala. Já o mau, procura, de todas as maneiras, afastá-lo do lugar onde está esse objeto. Normalmente, utilizamos um bombom.

Ultimamente temos discutido muito o potencial que cada um de nós tem para vencer desafios, valorizando as boas atitudes, como a prática do bem. Mostramos casos de pessoas com deficiências físicas e mentais que conseguem ser independentes e jovens que desde cedo já fazem trabalhos no bem para o próximo. Enfim, procuramos mostrar que quando estamos decididos nada nos impede de fazer coisas que transformem alguém ou algum lugar.

Outra questão importante dentro do grupo é valorizar o respeito pelas diferenças por questões étnicas, sociais, sexuais ou qualquer outro fator que diferencie um ser humano na sociedade em que vive. A questão mais vivida no nosso grupo é a de irmãos com necessidades especiais. Procuramos desenvolver a convivência com este tipo de cuidado.

Os ensinamentos doutrinários estão sempre presentes em qualquer atividade, já que eles têm o objetivo de mostrar o que Jesus veio ensinar.

Como dissemos no início, nosso objetivo não é ensinar a Doutrina Espírita e sim plantar a semente do bem na mente e no coração de cada um daqueles jovens que passam por nossas mãos. E, além disso - e não menos importante -, nós evangelizadores somos os primeiros a aprender com eles.

PRIVACIDADE ADOLESCENTE
E OS RISCOS DA INTERNET

Foto-montagem de jovem sobre imagem de baleia azulUm sinistro jogo viral tem causado alarme no mundo todo. É o jogo da Baleia Azul, disputado pelas redes sociais, que propõe desafios macabros aos adolescentes, como bater fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se, ficar doente e, na etapa final, cometer suicídio.

Outros jogos e ameaças entram em nossas casas e alcançam os nossos filhos a qualquer hora do dia, pela tela do computador ou dos smartphones sem que percebamos. O mundo virtual vai, progressivamente, confundindo os seus limites com o mundo real na vida diária de nossas crianças e adolescentes. A internet, o telefone celular e muitos novos equipamentos de tecnologia da informação vão transformando os comportamentos e as formas de se relacionar com a família, com os amigos e com as novas possibilidades de viajar pelo mundo sem sair de casa.

As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar as redes sociais dos filhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de brincadeira.

Não devemos nos alarmar. No entanto, também não devemos “deixar a vida nos levar”. Os jovens precisam da internet para estudar, há muitos bons conteúdos na internet. Tudo é simplesmente uma questão de escolha. “Liberdade vigiada” é um bom caminho. Conversar com os filhos sobre os riscos e malefícios dos jogos virtuais e os cuidados que devemos ter ao nos comunicarmos pela internet são os primeiros cuidados que devemos ter. Isso exige uma aproximação entre pais e filhos que será também benéfica para suas relações.

Essas recomendações são fundamentais, mas também é bom os pais ficarem atentos aos demais sinais comportamentais dos seus filhos. Crianças e adolescentes ainda estão em fase de formação e é missão dos pais e responsáveis ajudá-los nesse processo. Uma das principais causas dos jovens sucumbirem ao vício da internet, aos jogos virtuais danosos e ao risco da sua autodestruição é justamente a depressão. Os jovens com sintomas de depressão são os mais passíveis de serem aliciados para esse tipo de prática.

Ficar atentos aos sinais comportamentais dos filhos pode ajudar a identificar se a criança ou jovem apresenta características de depressão. A depressão retira a alegria de viver. Conhecedores que somos de sermos espíritos eternos, é muito importante que, como pais, estejamos atentos às características depressivas de nossos filhos que comumente são: o desencanto com os amigos, o desânimo no cumprimento do dever, sentir-se inútil, baixa tolerância às frustações, irritabilidade sem causas conhecidas, entre outras. Dessa forma, os jovens buscam viver na internet a vida que não conseguem no plano real. O agravamento de problemas mentais, assim como o aumento das frustrações, angústias e decepções pode facilitar a dependência no mundo virtual. Passam a viver uma realidade paralela e, consequentemente, afastam-se cada vez mais do contato social e familiar.

Se for identificada a depressão é preciso que em primeiro lugar queiramos nos curar. É preciso nos aproximarmos de nossos filhos e mostrarmos que estamos com eles, sempre. Que se sintam amados e protegidos e que eles mesmos, com a nossa ajuda, consigam perceber a sua necessidade de cura. Para tanto têm que reconhecer e admitir que estão doentes e que precisam de ajuda. A depressão é um sintoma que nos diz que não estamos nos amando como deveríamos. O caminho para sairmos dela é preencher este vazio com a recuperação da autoestima e do amor em todos os sentidos.

Primeiro, procurando nos conhecer e nos analisar, com o intuito de nos descobrirmos, sem nos julgarmos, sem nos punirmos ou nos culparmos. E depois, nos aceitarmos como somos, com todas as nossas limitações, mas sabendo que temos toda potencialidade divina dentro de nós, esperando para desabrochar como sementes de luz. Isto nada mais é do que desenvolver a fé em si e no criador, sentimento este que transforma e que nos liga diretamente a Deus.

Procurar praticar atividades físicas regulares, como a caminhada, um esporte, um lazer. Lidar com animais, atividades criativas como a pintura, tocar um instrumento, ler... Estas são atitudes que muito ajudarão às famílias a reencontrarem o equilíbrio e a harmonia interior. Manter sempre o bom humor. A mente parada começa a criar pensamentos negativos, que se assemelham a lixos amontoados dentro de casa. A terapia contra a depressão se baseia no amar e no servir, se envolvendo em trabalhos úteis e no serviço do bem. Dificilmente conheceremos um deprimido, entre aqueles que trabalham a serviço do bem. Com estas atividades, estaremos desviando nossa mente dos pensamentos deletérios.

A oração é um recurso indispensável no processo de recuperação. Através dela estabelecemos sintonia com a Espiritualidade Maior, facilitando o caminho para que nos inspirem e revigorem nossas energias. Não nascemos para sofrer. A vontade de Deus é a nossa alegria e a nossa felicidade. Se sofrermos é por nossa causa. Os nossos problemas e nossas dificuldades devem ser interpretados como instrumentos para nossa evolução. O melhor aprendizado é aquele que tiramos de nossa própria vida.

Não devemos abandonar a medicina da Terra. Dentro dos seus limites e da sua capacidade, ela pode nos ajudar através de medicamentos que diminuem os sintomas da depressão. Mas remédio nenhum pode tocar nosso Espírito. Necessário se faz que busquemos o auxílio psicológico. Será somente através de nossa reforma íntima que poderemos alcançar a cura da depressão.

Mas, o melhor tratamento para a depressão é o conjunto de ensinos trazidos por Jesus. A mensagem evangélica que Jesus nos trouxe e que foi legada à humanidade pelos escritos que constituem o novo Evangelho é o mais poderoso e eficaz remédio para a cura da depressão. Através do perdão, do trabalho produtivo em benefício do próximo, da solidariedade e do amor poderemos alcançar a cura, não apenas da depressão, mas de todos os nossos males.

Finalmente, insistimos mais uma vez: pais, pratiquem o Evangelho no Lar! O Evangelho no Lar é uma prática ensinada pelo próprio Mestre Jesus, com a qual formamos as defesas magnéticas da nossa casa, impregnando o ambiente espiritual das energias positivas que desestimulam toda ação maléfica. É uma verdadeira segurança espiritual que passa a funcionar em benefício de toda a família.

A IMPORTÂNCIA DOS ELOS DE AFETO
NA RELAÇÃO COM OS FILHOS

Ilustração - mãos femininas entregando um coração às mãos de uma criançaSer mãe, pai, avó, avô, ou seja, ser responsável por educar alguém é uma missão desafiadora, que gera insegurança e ansiedade por não se saber se estamos indo pelo caminho correto. Essa dúvida aumenta ainda mais quando se tem a noção da diferença entre o aspecto material e o espiritual. A cobrança parece maior, pois o primordial nesse processo é enxergar além da aparência do suposto “casulo”, com a ideia da importância desse vínculo. Ao mesmo tempo que é prazeroso e fascinante, torna-se, também, uma construção diária para todos os envolvidos.

Os laços de afeto com uma criança assemelham-se à espera gradativa do desabrochar de uma linda flor. Depois de colocada a semente, faz-se necessário observar o solo: precisa de luz, de água, tudo na medida certa. O mesmo acontece com a pessoa que recebeu a missão de fazer parte do processo do plantio de valores, de ensinar com objetivo de alcançar o bem, seguindo os exemplos de Jesus Cristo, para que a colheita seja boa e facilite novos desabrochares e frutos para contribuir para um mundo melhor.

Na questão 582 do Livro dos Espíritos é abordada a função dos pais: “Pode-se considerar a paternidade como uma missão?“ R. É, incontestavelmente, uma missão. É, ao mesmo tempo, um dever muito grande e que determina, mais do que o homem imagina, sua responsabilidade para o futuro. Deus colocou a criança sob a tutela dos pais para que eles a conduzam no caminho do bem e lhes facilitou a tarefa ao conceder a ela uma constituição frágil e delicada, que a torna acessível a todas as impressões.

Mas há quem se ocupe mais em endireitar as árvores de seu jardim e em fazê--las render bons frutos, do que em endireitar o caráter de seu filho. Se este sucumbe por erro dos pais, eles receberão a pena disso, e os sofrimentos que a vida futura trouxer à criança recairão sobre eles, pois não fizeram o que dependia deles para o adiantamento do filho no caminho do bem.

A Espiritualidade Superior tudo planeja e nos ajuda o quanto pode para a engrenagem na vida terrena funcionar, através de mútuas trocas, paciência e vontade de acertar, juntamente com a Lei do Amor, pois só ele constrói e é capaz de entender o incompreensível. Se refletirmos, veremos que todas as peças se encaixam: o momento da gravidez, da adoção, de se tornar responsável por um ser em crescimento, tudo está programado, por isso a fé e a confiança são essenciais para exercer tal função.

Nos primeiros sete anos, a tarefa parece ser mais fácil porque as crianças são mais dependentes, exigem a presença dos responsáveis e deixam transparecer uma inocência que seduz a qualquer um. Após esse período, aos poucos, surgem traços desconhecidos, que assustam os que estão engajados no processo de evolução desses indivíduos no plano terrestre. Porém, serão o diálogo, o exemplo e o elogio que servirão como facilitadores nessa fase.

Ninguém gosta de ser criticado o tempo todo, pois isso mexe com a autoestima do ser humano. No Livro “Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis”, de Augusto Cury, é abordada a arte do elogio: ele desfaz inimigos, debela ódios, evita suicídios, enfim, reata relações. A crítica excessiva contrai a espontaneidade, e o elogio realça a autoconfiança... Elogiar é encorajar a caminhada, é propiciar força nas intempéries, coragem nos tropeços e créditos na superação.

É salutar ver a sutileza do exemplo. Alguns dias, através de observações para escrever este artigo, foram analisadas três crianças.

A primeira, de três anos, gritava com sua mãe, que lhe dizia que gritar é feio e que não se deve responder aos mais velhos. A mãe recebeu, então, como resposta o seguinte argumento: “Você grita com a vovó, que é sua mãe e é mais velha.”

O segundo exemplo vem de uma criança de sete anos que mostra não compreender as recomendações da professora para evitar ficar jogando no celular durante muito tempo direto. Após ouvir atentamente o que lhe foi explicado, ela diz que seus pais vivem grudados no celular e que então ela também pode.

O último exemplo, é uma pré-adolescente, que, sem perceber, tem os hábitos da mãe. Quando esta desce do carro e a deixa com o pai, ela vai para frente, tira os sapatos, coloca os pés para cima e liga o rádio na estação de que gosta. Vejam como as atitudes são observadas nos mínimos detalhes.

No livro “As Crianças Aprendem o que Vivenciam”, de Dorothy Law e Nolte Rache Harris, é possível acompanhar mais explicações sobre o poder do exemplo na educação dos filhos:

Seus filhos estão prestando atenção em vocês. Talvez não ao que vocês lhes dizem para fazer, mas certamente ao que de fato veem vocês fazerem. Vocês são o primeiro e mais importante exemplo a seguir... As crianças são como esponjas. Absorvem tudo o que fazemos, tudo o que dizemos. Aprendem conosco o tempo todo, mesmo quando não nos damos conta de que estamos ensinando.

Esses laços, são, enfim, como pontes para evolução de todos os envolvidos nessa linda missão. O “Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo IV, relata que esses laços não são destruídos pela reencarnação; pelo contrário, ficam mais fortalecidos. Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para alguns e de meio de adiantamento para outros.

Consequentemente, com essa explicação, conclui-se que os elos de afeto com os filhos são basilares para construção de um mundo melhor através do que é plantado, porque sendo bons semeadores, colheremos boas ações, bons sentimentos e julgaremos menos o próximo pelo simples fato de nos sentirmos responsáveis pelo todo.

A IMPORTÂNCIA DE LER
PARA AS CRIANÇAS

Foto de mãos adultas e infantis sobre um livroNa atualidade é muito comum observar as crianças expostas a vários estímulos provenientes de recursos tecnológicos tais como televisão, smatphones, tablets. Com frequência, vemos até mesmo bebês assistindo aos filmes por meio de tablets, distraindo-se nos restaurantes enquanto seus pais fazem suas refeições. Pode ser cômodo para seus pais e responsáveis, mas o resultado pode ser catastrófico.

Goethe, famoso escritor alemão, afirmou que “ler é a arte de desatar nós cegos”. Nós, espíritas, sabemos que cada espírito reencarnante é um ser em evolução e, na qualidade de pais e responsáveis, temos a missão de ajudá-los nessa empreitada. “Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitando material digno a fim de consolidar-se.” (André Luiz, Sinal Verde, 45. ed., p. 38).

O que nossas crianças consomem, desde sua tenra idade, cabe a nós orientarmos. Não somente no que diz respeito ao alimento do corpo, mas também ao do espírito.

São muitas as vantagens de se ler para as crianças, e vamos citar aqui apenas algumas:

Mergulhar em histórias, sejam de ficção ou não, é parte do desenvolvimento infantil e permite que as crianças lidem melhor com suas realidades internas emocionais, de acordo com os sentimentos passados pelas histórias.

Em um estudo conduzido pela Fundação Nacional de Leitura Infantil dos Estados Unidos comprovou-se que crianças em contato com os livros desde bebês se tornam adultos mais confiantes e preparados não apenas para os estudos, mas para a vida como um todo.

É muito importante que os pais ou responsáveis escolham e leiam antes o material a ser apresentado, preparem um espaço para esse momento, criem uma atmosfera em sua própria casa. Busquem fazer com que esse momento seja prazeroso para todos. Também neste caso é importante “dar o exemplo”. Não adianta criar o hábito de ler no filho se os próprios pais ou responsáveis não fazem o mesmo.

Chico Xavier, o venerável médium, durante sua trajetória mediúnica deixou para a humanidade o mais precioso legado, que são os livros espíritas e, como parte integrante, os clássicos infantis, entre os quais destacamos:

A obra infantil psicografada por Chico Xavier é como joia rara para todos os que se preocupam com o processo educativo da criança, conscientes das verdades trazidas pela codificação espírita, quanto à importância desse período para a reeducação do espírito

“Uma vida se faz de histórias, as que vivemos, as que contamos e as que nos contam” (Corso e Corso - 2006, p. 23). Que possamos ampliar as experiências das nossas crianças, unindo-nos cada dia mais a elas, contribuindo dia após dia para o seu desenvolvimento não só intelectual, mas primordialmente, espiritual.

Na biblioteca da nossa Casa há um espaço preparado com muito amor com diversas publicações destinadas ao público infantil. Faça uma visita! Aproveite o embalo e conheça também, aqui mesmo em nosso site, nossas Sugestões de Leitura.

VEGETARIANISMO E ESPIRITISMO

Foto de menina vestida de mestre-cucaUma questão polêmica, ainda nos dias de hoje e pouco discutida no meio espírita, é sobre o vegetarianismo. O espírita é obrigado a ser vegetariano? Não, o espiritismo prega o livre-arbítrio e portanto não obriga nada a ninguém.

O vegetarianismo é dividido em 4 grupos, sendo que nenhum desses consomem carne:

  1. Ovo-lacto vegetariano: não consome nenhum tipo de carne, consome ovos e leite;
  2. Lacto-vegetariano: não consome nenhum tipo de carne e ovos, consome leite;
  3. Vegetariano restrito ou puro: não consome carne, leite, ovos, mel e derivados;
  4. Vegano (do inglês vegan): não consome carne, ovos, leite, mel e derivados; não utilizam vestuários com material de origem animal e nem produtos testados em animais.

Kardec sempre nos instruiu ao estudo científico, filosófico e doutrinário, e ainda citou que fé inabalável é aquela que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Seres inteligentes que somos, e com toda a disponibilidade que temos de informação nos dias de hoje, podemos procurar meditar e tirar nossas próprias conclusões acerca da necessidade de nutrirmos os nossos corpos por meio do sacrifício da vida dos animais, nossos irmãos em evolução.

Em se tratando de questões alimentares, sabemos que a ciência da nutrição é bastante recente na história humana. Só em 1902 surgiu o Curso de nível Universitário na formação de dietistas – os precursores da nutrição - e é somente em 1946 que a Organização Mundial da Saúde (OMS), com sede em Genebra, iniciou a divulgação e execução de programas específicos ligados à produção e estudos sobre alimentos, marcando o aperfeiçoamento profissional da nutrição.

Só muito recentemente esta ciência demonstrou que encontramos no reino vegetal todos os nutrientes necessários para a promoção e manutenção de nossa saúde, sendo desnecessário o uso de produtos de origem animal em nossa dieta cotidiana.

Ser vegetariano não implica em ser bom, e não ser, não implica em ser ruim. Entretanto, sem dúvidas, quando se deixa de comer nossos irmãos, a sintonia com energias elevadas se dá mais facilmente. Lembrando uma citação de Babajiananda, um sábio irmão: "Não é deixando de comer carnes que o ser se espiritualiza, é se espiritualizando que ele deixa de comer carnes.”

Adicionalmente, há nos dias de hoje, a preocupação com o meio ambiente. Diversos estudos sobre questões ambientais têm apresentado evidências robustas de que o consumo de carne animal acaba por gerar problemas de ordem ambiental, além de complicações físicas para o consumidor.

Em pesquisa realizada pela nutricionista Aline Martins de Carvalho, da FSP (Faculdade de Saúde Pública da USP), descobriu-se que “o consumo excessivo de carne foi verificado em grande parte da população pesquisada, com aumento significativo ao longo dos anos, relacionado com pior qualidade da dieta em homens e considerável impacto ambiental”. Concluiu ainda, que “as carnes vermelhas e processadas têm sido relacionadas com aumento do risco de câncer de cólon e reto, doenças cardiovasculares, diabetes e ganho de peso” (p. 01, 2012). Tal dissertação resultou no artigo científico “Excessive meat consumption in Brazil: diet quality and environmental impacts”, publicado na revista científica inglesa Public Health Nutrition.

Realizando pequeno exercício filosófico, devemos alinhar nossos saberes com a questão de amarmos Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Como amar a Deus se confinamos, privamos e matamos suas criaturas pelo prazer efêmero de nosso paladar, ocasionando tantos transtornos à nossa volta?

No livro Missionários da Luz, capítulo 4, o Espírito André Luiz, descreve o ambiente de um matadouro aos leitores, dizendo estar junto de Alexandre, um benevolente instrutor, que o faz compreender a questão do vampirismo espiritual, naquele caso resultante das ações criminosas dos homens junto aos animais. Comenta o instrutor de André que no futuro da humanidade o estábulo será tão sagrado quanto um lar terrestre.

Entretanto, comenta que na atualidade, infelizmente “Os seres inferiores e necessitados do Planeta não nos encaram como superiores generosos e inteligentes, mas como verdugos cruéis”.

Nem poderia ser de outra forma, dada a maneira como tratamos estes seres.

Alexandre continua seus ensinamentos, afirmando que nossos irmãos animais “aceitam o cutelo no matadouro, quase sempre com lágrimas de aflição, incapazes de discernir com o raciocínio embrionário onde começa a nossa perversidade e onde termina a nossa compreensão”.

E, colocando-nos de frente com a questão paradoxal que nos envolve a existência, comenta:

“Se não protegemos nem educamos aqueles que o Pai nos confiou, como germens frágeis de racionalidade nos pesados vasos do instinto; se abusarmos largamente de sua incapacidade de defesa e conservação, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?”

O Espírito Irmão X, em seu texto intitulado “Preparação para a Morte”, buscando cooperar com os irmãos que logo mais atravessarão os portões do além túmulo, inicia dizendo sobre a necessidade primordial de nos abstermos do consumo de produtos de origem animal a fim de facilitarmos nosso ingresso no Plano Espiritual.

Recomendou-nos ele:

“Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros.”

O Espiritismo, em seu aspecto moral de justiça, amor e caridade, sempre condenou os excessos. Uma vez comprovada a não necessidade da morte do animal para nosso sustento, devemos trilhar outros caminhos, mais sensatos, corretos, éticos.

Por fim, compreendemos que a evolução do planeta passa, invariavelmente, pela questão alimentar.

Este salto, importante e fundamental, ocorrerá a partir da mudança de cada um, reconhecendo nos animais o próprio Criador em sua expressão de amor e benevolência.

Já temos muita informação sobre o assunto, sendo cada um capaz de discernir o certo do errado, o bom do ruim.

Não é só questão de modificar a dieta, é necessário reformar a alma.

LIMITES

Pés de crianças sobre uma faixa com a indicação de não ultrapasseHá tempos esse tema vem sendo debatido nas escolas, nas reuniões de pais, na sociedade em geral. Um fato assustador ocorreu no Brasil em 2016, quando um adolescente de 13 anos, trancado em seu quarto, jogando no computador pela internet, se enforcou ceifando sua própria vida. Este fato chocante demonstra que os limites estão sendo ultrapassados e com consequências terríveis.

Mas, o que são limites? De acordo com o Novo Dicionário Aurélio, “limite” é o ponto que não se deve ou não se pode ultrapassar. E “valores” são normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduo, classe ou sociedade.

A infância é o período mais propício para o desenvolvimento do processo educativo. Levando-se em consideração que a criança é um ser eterno, ou seja, um viajor da eternidade, faz-se necessário despertar valores latentes. Os pais e responsáveis têm a elevada missão de cumprir essa tarefa. Mais do que missão, é um dever pelo qual será cobrada a devida a prestação de contas futura.

André Luiz, no livro “Mecanismos da Mediunidade” informa que, "O lar é o mais vigoroso centro de indução que conhecemos na Terra". “(...) O Espírito reencarnado, no período infantil, recolhe dos pais os mapas de inclinação e conduta que lhe nortearão a existência, em processo análogo ao da escola primária, pelo qual a criança é impelida a contemplar ou mentalizar certos quadros, para refleti-los no desenvolvimento natural da instrução". Complementa Emmanuel: “O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos”.

A palavra chave no relacionamento entre pais e filhos é "exemplo" – Não é só falar, é fazer.

Do livro - Educação limites e afetividade - da educadora Edileide de Souza Castro, anotamos 10 atitudes que facilitam a construção de limites, mantendo a afetividade:

  1. Trate o comportamento do seu filho sem irritação ou raiva.Jamais diga: "Eu tenho ódio dessa sua atitude".
  2. Admita os comportamentos inadequados e trate-os distante de outras pessoas. Jamais diga: "Meu filho não faria isso!"
  3. Diferencie a criança ou adolescente do erro. Não condene. Jamais diga: "Você é um marginal".
  4. Associe o toque físico afetivo às palavras de correção. Finalize a conversa com um abraço.
  5. Use o “não” de maneira sábia e equilibrada. Não diga "não" agora e "sim" daqui a pouco.
  6. Evite manipular ou deixar-se manipular. Se você não fizer isso, não vai ganhar... Só faço isso, se você me der...
  7. Trabalhe suas emoções para não fazer compensações ou concessões por sentimento de culpa. A mamãe ou o papai vai precisar sair, mas vai trazer um presentinho pra você.
  8. Evite o jogo do “empurra-empurra”. Jamais diga: "Deixe seu pai chegar que você vai ver". Resolva!
  9. Seja coerente na rotina. Seja o exemplo.
  10. Seja perseverante e consistente.

Pais espíritas sabem que precisam ser para os filhos exemplos sadios e geradores de força moral para que, por meio de diálogos (e não monólogos), de conversa amiga (e não de ditadura familiar) sejam estabelecidos os limites indispensáveis para que princípios sólidos lhes sejam fornecidos de base para a formação do caráter em desenvolvimento. Precisam, muito, desenvolver a paciência, que uma vez conquistada nunca a perderão. Ela é a indispensável aliada do amor na sublime batalha da educação.

Munidos desta convicção, os pais espíritas se empenharão em formar seus filhos pelo método do amor e do respeito, considerando-os, tais como a si mesmos, espíritos em evolução, em alguns casos, até mais evoluídos... E, em conjunto da instrução formal, lhes darão a educação moral e a espiritual, completada pelo estudo do evangelho no lar e pela Escola de Evangelização.

Filhos assim concebidos e criados, vivendo num meio saudável e fraterno, jamais precisarão de tapas ou de gritos, pois desde cedo aprenderão a respeitar a vida em todas as suas manifestações, inteirando-se aos poucos das realidades da encarnação.

PARENTESCO ESPIRITUAL E CORPORAL

Foto de silhutetas de uma família sob a luz do solO ser humano, de acordo com a filosofia, deve estar pronto para refletir e indagar sobre diversos assuntos. Geralmente, está em busca de respostas para compreender o mundo e a si mesmo. Isso é belo, porque deixa explícito que é um eterno aprendiz. Esse processo de construção simboliza uma evolução através do aperfeiçoamento. É interessante observar conversas, desabafos entre amigos e até postagens em redes sociais com dizeres sobre as dificuldades, decepções com parentes, logo surgem citações como: “Existem amigos que valem mais do que um irmão.”; “Eu não escolhi minha família, mas meus amigos sim” . Há uma inquietude e carência natural nos dias atuais. Todos necessitam de afeto. Quem não gosta de um ombro amigo e até mesmo um colo para ser acalentado nos momentos mais complicados?

A família é a primeira escola para as pessoas treinarem a arte da convivência e permitir o amadurecimento individual através de afinidades e também desafetos.

Então, por que gostar mais de alguém que não faz parte do contexto da consanguinidade ou gostar mais de um parente do que outro?

Nada é por acaso de acordo com a doutrina espírita. Ela faz chegar à conclusão que os elos espirituais ultrapassam o elo corporal. O corpo é o envoltório, ele é frágil e passageiro perante o espírito, pois este sobrevive a cada encarnação. Gradativamente, aparece a diferença entre a família corporal e a família espiritual.

Os laços espirituais estão baseados nos reencontros de vidas pretéritas, por isso há tanto prazer de estar ao lado de alguém que não faz parte do vínculo de parentesco biológico.

A afetividade, atualmente, está sendo mais valorizada em relação à genética apenas. Quantos pais biológicos rejeitam seus filhos ou não assumem a responsabilidade expressa no Estatuto da Criança e do Adolescente e na nossa Constituição Federal? Tendo como alicerce o Direito de Família existem vários tipos de família, no entanto uma delas está num momento histórico, que é a família socioafetiva. Discussões e processos judiciais estimulam os magistrados e a própria sociedade a visualizar essa questão.

Nesse ano de 2016, houve uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, em cujo julgamento, por oito votos a dois, os ministros seguiram o voto do relator, Sr. Luiz Fux. O ministro entendeu que é possível o reconhecimento de outro tipo de paternidade que não deriva do modelo tradicional do casamento. Para a presidente do STF, Sra. Carmen Lúcia, "amor não se impõe, mas cuidado, sim.” Segundo a ministra, o direito ao cuidado é assegurado nos casos de paternidade e maternidade.

"Alguém que cuidou com afeto, cuidou muito mais e foi muito mais pai, às vezes, do que este outro. No entanto, o que nós estamos decidindo aqui não é por um ou por outro, mas pelos deveres decorrentes da paternidade responsável", argumentou a ministra.

O Direito é dinâmico, acompanha a sociedade. Para ele é importante analisar caso por caso, pelo simples fato de nenhuma família ser igual a outra.

No livro de Hélio Ferraz de Oliveira, que aborda sobre o tema da Adoção, é citado, logo no início, a seguinte escrita: “ A filiação é obrigatória até mesmo aos filhos biológicos, pois, após cortado o cordão umbilical, os elos que unem filhos e pais é somente o afetivo.”

As cortinas da vida abrem para um cenário mais sensível, afetuoso com base no mais nobre sentimento, o Amor.

A adoção é um grande exemplo do vínculo espiritual, onde esse sentimento é latente.

Como explicar corações disparados com apenas um olhar ou troca de poucas palavras entre o adotante e o adotado, apesar de tanta burocracia para ser concretizado um gesto tão nobre? Ambos se adotam e no interior está guardada a alegria de reencontrar uma das peças importantes do quebra-cabeça de sua trajetória de vida. Eles se adotam, ultrapassam a questão de terem ou não o mesmo sangue.

Pode-se dizer que todos são adotados, porque Deus é verdadeiro e único Pai da humanidade. Interessante entender que os genitores estão exercendo tal função em determinado período limitado. A cada encarnação os papéis se invertem, porém em todas elas o Pai Celestial permanece com a função do grande protetor de seus filhos.

Ter uma nova oportunidade concedida pelo Pai Celestial é a tentativa de desabrochar melhores sentimentos e praticar o Bem na esfera terrena para amenizar fatos de outras encarnações, para crescer apesar das diferenças. De acordo com O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XIV, Allan Kardec esclarece que os laços de sangue não estabelecem, necessariamente, os laços entre os Espíritos. Ressalta que não foi o pai quem criou o Espírito do filho, ele fez senão fornecer-lhe um envoltório corporal. Ressalta ainda que: "Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias.” No mesmo capítulo, é abordada a citação de Jesus: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos.” Com essas palavras, revela que a verdadeira família é aquela ligada por laços do espírito.

Todos são membros da família universal pelas leis divinas independente de raça, classe social, religião ou gênero. Conscientizar-se da ligação espiritual é o primeiro passo para compreender a necessidade de amar, de acreditar na união e na existência da soma e multiplicação do Bem com fim de contribuir para o mundo de regeneração.

Para reforçar esse pensamento seria bom que a maioria dos leitores tivesse tempo para conhecer A Lei do Amor, com base no Evangelho Segundo o Espiritismo, porque orienta a felicidade dos seus seguidores, depois serão incapazes de conhecer a angústia da alma, a miséria do corpo. Quem segue essa norma é capaz de entender o verdadeiro significado de Ser Cristão. Enfim, o amor é essência divina, e, possui a chama do fogo sagrado.

ENTREVISTA INICIAL

Foto de bebê com cara de intelectualEstamos estreando, neste mês de novembro de 2016, o espaço dedicado à Evangelização no site da nossa Casa. E, portanto, nada melhor do que começar apresentando o trabalho realizado aos sábados. Para isso, conversamos com Mário Danner, coordenador da Evangelização Infantil – que acontece aos sábados pela manhã – e com o superintendente-geral, Evaldo Feliciano, responsável pela Evangelização como um todo – Evangelização Infantil e Mocidade, que acontece aos sábados à tarde e é coordenada pelo nosso irmão Rodrigo Costa.

Nesta entrevista, nossos irmãos comentam sobre o lindo e importante trabalho realizado pela CRBBM na evangelização de espíritos. Como o texto ficou grande, vamos dividí-lo em duas postagens.

Mas como dito acima, trata-se do pontapé inicial da Evangelização neste espaço. Pretendemos abordar aqui diversos temas de interesse dos pais e responsáveis, assim como também dos jovens da nossa sociedade.

Venham nos visitar mais vezes! Muitas novidades e muita conversa teremos por aqui! Proponham sugestões, façam as perguntas que gostariam de ver esclarecidas à luz da Doutrina Espírita e, finalmente, venham nos visitar aos sábados. Esperamos por vocês!

1) Como era e como é, hoje, a Evangelização da CRBBM?

Mário: Estou na Casa há mais de 15 anos e a Evangelização foi o meu primeiro trabalho. No início, era um grupo muito pequeno. Nos reuníamos em roda - todos os evangelizadores, pais, responsáveis e as crianças - no segundo andar, onde todos se harmonizavam juntos. A harmonização já era feita com música, com alguns violões de familiares e, também, músicas de CDs. Usávamos muito esse recurso. Foi um início de muito aprendizado para mim. Até hoje é. Mas não abríamos mão de duas coisas: as diretrizes da Casa – que já eram a nossa base desde então - e a orientação da FEB para a Evangelização Infantil. Estruturamos a nossa Evangelização a partir dessas orientações. Além disso, não abrimos mão do foco que são as crianças e os pais e responsáveis. Nossa meta é a evangelização de pais, responsáveis, tios, avós e das crianças também. Porque uma não acontece sem a outra. Na verdade, acreditamos que quem realmente evangeliza é a família. Nós apenas orientamos, organizamos e damos o impulso necessário para que a evangelização aconteça seis dias da semana na casa das famílias e, pelo menos, um dia na nossa Casa, durante uma hora e meia. A nossa Evangelização cresceu muito, graças a Deus e graças aos mentores da Casa, porque, à medida que o trabalhador fica pronto e aparece, o trabalho também aparece. E, de lá para cá, desses mais de 15 anos até hoje, vimos a nossa evangelização crescer muito em quantidade, qualidade e complexidade. Nosso compromisso e desafios aumentaram muito. E também nossas responsabilidades! A nossa preocupação é nos preparar cada vez melhor para atender essas crianças e também nos evangelizar. Não existe evangelização sem evangelizador evangelizado, isso é muito importante. O início de tudo é a evangelização do evangelizador e, para isso, é muito importante o estudo e a participação nas reuniões da nossa Casa. E continuamos o nosso trabalho, cada vez mais nos preocupando com a organização e com a estrutura. Hoje, atendemos crianças desde os 6 meses de idade - no grupinho “Verde” - até os 14 anos – no grupo Acerola -, já preparando a transição para a Mocidade. A nossa preocupação continua, nosso foco permanece e agradecemos muito à Espiritualidade por essa oportunidade maravilhosa da evangelização dos espíritos encarnados e desencarnados que recebemos todo sábado pela manhã em nossa Casa.

Evaldo: Eu só tenho 15 anos na Casa. Nesse período, a Evangelização cresceu muito em quantidade e em qualidade também. Ela é feita de uma maneira muito gostosa. Todos nós estamos crescendo muito com o trabalho ao longo desse tempo. Lembro-me de que, há um tempo atrás, havia somente três grupos , com aproximadamente 20 crianças no total, e, hoje, temos sete grupos, com a soma de aproximadamente 100 crianças. Ou seja, em 15 anos a nossa Evangelização praticamente quintuplicou.

2) Qual é o papel do evangelizador nesse trabalho?

Mário: O papel do evangelizador na nossa Casa é muito importante. O evangelizador é um elo essencial dessa corrente de luz, que começa no Alto, sob a orientação dos nossos Mentores - que nos induzem intuitivamente, orientam, acompanham e amparam durante todo o tempo do trabalho dentro e fora da Casa. Como o evangelizador trabalha com a sensibilização de espíritos de crianças, não importa a idade, ele precisa se sensibilizar, estar mais preparado, se autoevangelizar e autoconhecer cada dia mais. E, para isso, não há outro caminho senão o estudo e as ações no bem. A frequência à Casa é fundamental, com certeza, mas se sensibilizar com tudo o que está à sua volta e com os problemas que vivemos é muito importante também. Esse evangelizador precisa estar atento a todos os acontecimentos, pesquisar muito, trazer novas metodologias, estar sempre buscando a ludicidade, brincadeiras, músicas, vídeos, dramatizações, textos, notícias de jornal, tudo o que possa despertar nas crianças a consciência cristã que guardamos dentro de nós. O evangelizador tem o papel de ser um elo dessa corrente e poder estruturar esse trabalho - eminentemente coletivo - dentro da Casa Espírita. Essa é uma característica da Evangelização e do evangelizador da nossa Casa: todo o trabalho é coletivo, tudo é discutido, decidido e encaminhado a partir das decisões de um colegiado, de um grupo, praticamente de todos que trabalham na nossa Evangelização. É um trabalho contínuo, de muita alegria e, ao mesmo tempo, de muita responsabilidade, autocrescimento e evolução. Os maiores beneficiados com a Evangelização Infantil talvez sejam os próprios evangelizadores, pois recebem muito da Espiritualidade. A troca realizada com as crianças e com as famílias nos faz crescer muito.

Há também um outro aspecto muito importante do papel do evangelizador da Casa que gostaria de citar: o de acolher. Desde o portão de entrada, passando pelo corredor, pelo salão, em todos os lugares e em todo o tempo, o evangelizador está acolhendo esses espíritos, crianças e famílias, muitas delas chegando angustiadas, com dificuldades na educação dos seus filhos, buscando orientação. O acolhimento, o saber ouvir, é de fundamental importância dentro do nosso trabalho como evangelizadores.

Evaldo: O objetivo principal do evangelizador, a meu ver, é o de despertar no evangelizando o interesse pela doutrina que Jesus nos ensinou. Com os pais e responsáveis, é a mesma coisa, com a diferença que eles têm também a responsabilidade de fazer com que as crianças venham à Casa. Eles também estão sendo evangelizados, mas têm uma responsabilidade a mais: trazer as crianças e ajudar na evolução desses espíritos.

Mario e Evaldo, dois dos responsáveis pela nossa Evangelização da Família3) E como se dá o papel das famílias nesse processo?

Mário: Nós costumamos dizer que os verdadeiros evangelizadores das crianças são os pais ou responsáveis pela educação delas. A melhor evangelização que podemos ter é dentro da própria família. E o papel do pai, da mãe, do tio, da tia, da avó, do avô é ser modelo de comportamento, de caridade, de tudo aquilo que pregamos no Centro Espírita. A família como um todo é o melhor exemplo e a criança vai aprender por meio desse exemplo e não apenas com as palavras, histórias, músicas, vídeos, com todos os recursos pedagógicos que pudermos usar. Os pais e responsáveis têm o melhor recurso pedagógico que existe, que é o exemplo. O seu papel é central. Podemos dizer que a base da evangelização, os melhores resultados do trabalho acontecem a partir da evangelização dos pais e responsáveis e do modelo que eles são para os seus filhos. A presença da família, todos os sábados, trazendo os seus filhos à nossa Casa, participando, se envolvendo e sempre buscando aplicar todos os preceitos que aprendemos nas palestras dentro da vida cotidiana do lar é fundamental. Porque essa é a melhor maneira de aprender; os pequenos aprendem através do exemplo.

Evaldo: Como já falei anteriormente, o papel primordial da família, a meu ver, é o de trazer as crianças para a Casa e, principalmente, por meio de bons exemplos, mostrar como devemos nos comportar, porque a melhor maneira de ensinar é dando bons exemplos.

4)Como vocês veem a Evangelização da nossa Casa nos próximos cinco anos?

Mário: Eu vejo que já existe a semente de um trabalho. Já há uma estrutura, um pensamento da própria Casa no sentido de valorizar o trabalho da Evangelização, seja a Infantil ou a Mocidade. Não imagino outra coisa a não ser a continuação do trabalho, sempre agregando novos trabalhadores, novas experiências, novas ideias. A chegada de novas crianças é sempre uma expectativa grande. Nós as recebemos com muito carinho e é muito importante o trabalho HOJE, pensarmos no melhor que pudermos fazer HOJE. Desejo sempre o melhor, que cheguem mais crianças, mais evangelizadores e que estejamos cada vez mais e melhor preparados para cumprir o nosso papel de formiguinhas. Somos verdadeiras formiguinhas nesse trabalho que vem do Alto. O trabalho vem com a inspiração da Espiritualidade e, graças a Deus, estamos tendo a oportunidade de realizá-lo com todo amor e da melhor maneira possível.

Evaldo: Tenho certeza de que a evangelização nos próximos cinco anos terá evangelizadores ainda mais bem preparados do que hoje. Trabalho com crianças de sete e oito anos, e atualmente, elas chegam muito mais preparadas. Temos observado que a base está sendo cada vez melhor; já não se assustam mais com espíritos ou mesmo com o tema da morte. Acredito que seja devido ao momento do nosso planeta, que está passando por uma grande transformação.

5) Quais são as orientações dos Mentores da Casa em relação à Evangelização?

Mário: Talvez a principal orientação que os nossos Mentores nos têm transmitido nos últimos tempos seja a de unificar a Evangelização, a de formar um só corpo de evangelizadores, seja na Evangelização Infantil ou na Mocidade. Acolher com amor e carinho todos os jovens, crianças e familiares que chegarem à nossa Casa. Receber todos de braços abertos, estimulando a autoevangelização dos evangelizadores e a educação espírita, dentro de uma Pedagogia Espírita muito bem traçada e planejada por nós e sempre com a orientação do Alto, para que possamos ver a cada dia a caminhada dessas crianças e jovens que, futuramente, como planejam também nossos Mentores, serão os futuros médiuns e trabalhadores da Casa. É isso que esperamos e trabalhamos para que essas ideias sejam corretamente aplicadas.

Evaldo: Além da orientação dos Mentores a respeito da evangelização como sendo única, desde a Infantil até a Mocidade, cabe frisar que, se conseguirmos fazer um bom trabalho, estaremos preparando essas crianças e jovens para serem os adultos do futuro e, dessa forma, ajudando o Brasil a realmente se tornar o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho. O que não é um determinismo e, sim, uma possibilidade. Temos de fazer a nossa parte e fazer por onde merecer. A evangelização, com a orientação das crianças e jovens para que trilhem o caminho do bem, pode evitar o sofrimento no futuro. É importante ressaltar que na Noite da Saudade - que acontece nos segundos sábados de cada mês - estamos recebendo várias mensagens alertando sobre a importância do trabalho da evangelização de crianças e jovens e quanto à necessidade de que os pais e os responsáveis se esforcem para que essas crianças e jovens venham à nossa Casa a fim de absorver os conhecimentos da Doutrina Espírita. Quem tem uma religião, pensa duas vezes antes de fazer uma bobagem. Evangelizar é muito gostoso e eu fico muito contente por estar aqui durante todo esse tempo e perceber que as famílias estão ficando mais alegres e animadas. Fico muito feliz por participar desse grupo e perceber o interesse de todos em acertar.

SUGESTÕES DE LEITURA

Capa do livro Nossos Filhos são Espíritos

Neste livro o autor Hermínio Miranda lança um olhar mais atento ao mundo das crianças e bebês. São eles, antes de mais nada, espíritos milenares. Cada qual com a sua bagagem de tendências e limitações a serem vencidas. Aos familiares cabe a tarefa de ajudá-los a progredir neste mundo, construindo uma nova bagagem de experiências. Utilizando como suporte pesquisas científicas sobre o tema, Hermínio vai desdobrando os mistérios da criança. A leitura é proveitosa e cheia de casos curiosos.

Capa de exemplar da coleção Conte Mais

A coleção Conte Mais é constituída de quatro volumes com uma coletânea de histórias educativas infanto-juvenis, de cunho moral elevado e destinado a colaborar na formação de uma personalidade sadia. O material é destinado à crianças a partir dos três anos de idade. A linguagem simbólica da narrativa representa ótimo recurso para o desenvolvimento da inteligência emocional. As histórias que compõem os quatro livros foram organizadas pela professora Eloína da Silva Lopes e Sonia Alcade e remonta o ano de 1948. Algumas vinham pela via mediúnica, através da intuição ou da psicografia, nas atividades mediúnicas que os componentes da equipe participavam nas suas casas espíritas. Cada uma era analisada, revisada, aperfeiçoada e colocada dentro das regras da gramática e da literatura infanto-juvenil

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Capa do livro Família e Espiritismo

O obra apresenta sólidas bases para compreendermos as questões fundamentais da existência. Relata certos temas relativos à vida em família, que não foram abordados por Allan Kardec na Codificação, pois, naquele contexto histórico, não cabia discutir assuntos como adoção por casais homoafetivos, divórcio, educação dos filhos, barriga de aluguel, guarda compartilhada, alienação parental, entre outros. A proposta dos autores é a análise dos diversos temas polêmicos de interesse imediato das famílias, com fundamento na Doutrina Espírita e no Direito. É grande contribuição, pois esclarece assuntos de grande relevância para toda a sociedade com o foco na instituição familiar, que tem se mostrado tão frágil diante de novos e de antigos desafios. É um excelente "roteiro espírita" para aprofundar seus estudos sobre as questões debatidas no decorrer do livro.

Capa do Livro Família

A obra escrita por diversos espíritos fala sobre a família terrestre, com toda sua complexidade, através de pequenos textos para estimular a reflexão sobre as responsabilidades e compromissos, alegrias e bênção da vida familiar na Terra. Fala sobre a tentativa do reajuste e do aperfeiçoamento mútuos, da felicidade no parâmetro da Vida Espiritual.

Capa do Livro Filho Adotivo

A obra fala sobre um casal jovem de condições bem diferentes, mas que resolvem se casar apesar da vontade de seus familiares. Passam por dificuldades esperadas e mostra uma reencarnação que tem como finalidade o resgate, o acerto de contas. No primeiro momento, um filho adotivo resolve a questão da tão demorada gravidez e de um casamento desfeito, mas não sabe que é adotado. Na juventude, quando o plano de sua vida futura parece todo traçado, enfrenta a dura realidade de maneira triste, pois namora sua irmã, pensando que se trata de uma amiga da família. A mãe dos dois jovens, já desencarnada, fará tudo para impedir que os filhos sofram com as consequências do passado. É trama envolvente e emocionante, tem o objetivo de exaltar a caridade e a grandeza de pais que amam filhos alheios como se fossem seus. Logo, vêm as questões de elos afetivos, que, atualmente, envolvem o tipo de família sócio-afetiva além das demais.

Capa do Livro Minha família, meu mundo e eu

Assumindo a postura ora de moderno e amadurecido pensador, de psicólogo social e de sociólogo, ora de um pai e experiente educador, Camilo apresenta reflexões importantes sobre a relação familiar, abordando algumas das mais usuais situações-problema que eclodem no lar, exigindo sérias e delicadas considerações, tais como: o número de filhos, a educação escolar dos filhos, filhos homossexuais, o casal e sua sexualidade, as separações conjugais, dentre outras. Páginas de lucidez e beleza, trazendo um apoio a mais no trato dos variados desafios da família humana.

Desafios da vida familiar

A nossa meta é atingir o amor universal, ensinado e exemplificado por Jesus, que consiste em fazer ao próximo todo o bem que desejamos a nós, sem esperar retribuição ou elogio. Este trabalho enaltece a importância da família, onde nos preparamos para vencer o egoísmo e conquistar o amor irrestrito, porque se não conseguimos viver em harmonia num grupo de poucas pessoas, no ambiente familiar, como é que amaremos os demais indivíduos que compõem a humanidade? Explica como são formados os casais na Terra, quais são os papéis dos cônjuges no matrimônio e perante os filhos, além de como lidar com as separações conjugais mantendo o equilíbrio interior. Lições abordadas com riqueza de informações e de forma didática, onde os temas são iniciados com um texto de elevado conteúdo, culminando com perguntas objetivas.

Capa do livro Vereda Familiar

Em virtude da agitação na vida moderna e excessos de distrações facultados pelo avanço da tecnologia, a convivência familiar se revela complexa e cheia de desafios. Infelizmente muitos cônjuges, filhos, irmãos e pais revelam-se desqualificados para o enfrentamento dos desafios domésticos, desde os mais simples até os mais complexos elegendo, em algumas ocasiões, condutas arbitrárias, violentas e imaturas. Thereza de Brito, que em sua última reencarnação teve onze filhos e enfrentou diversos percalços familiares, dentre eles a viuvez precoce e a desencarnação de alguns filhos, aborda temas relevantes, tais como a educação dos filhos, a convivência ideal entre os casais, quais são os hábitos saudáveis a serem adotados no lar, a questão do batismo dos filhos, a realização de casamentos espíritas e o consumismo exagerado no lar, com fidelidade à filosofia espírita.

Capa do livro Educação & Vivências

Harmonia interior, alegria de viver e paz devem ser metas a alcançar por todo aquele que busca o sentido espiritual da vida na Terra e o seu progresso intelecto-moral, com base na proposta de reforma íntima que sugere a Doutrina Espírita, para adotarmos uma postura fiel aos ensinos de Jesus. Estas páginas convidam a avaliar nossa conduta perante os desafios da vida, permitindo corrigir equívocos e iluminar os próprios passos, a fim de que as ações reflitam as luzes do Evangelho e incentivem aqueles que convivem conosco a adotar postura semelhante.

Capa do livro Adolescência - Causa da felicidade

O jovem não é apenas produto do ambiente. O autor espiritual apresenta o indivíduo como modificador do meio e vice-versa. Diz que, quando o lar falha, a sociedade não consegue facilmente reparar ou consertar a fenda educacional. Há uma violência doméstica muito grave, e bem pouco conhecida e divulgada: é a apatia, o desleixo, a falta de interesse, de atenção, de cuidado em relação aos filhos.

Capa do livro Adolescente, mas de Passagem

Experiência e convivência diária com os adolescentes levaram o autor a escrever essa obra. Percebendo as dificuldades dos jovens em lidar com a vida e com suas carências e limitações, apresenta num ritmo leve e prazerosamente didático, apontamentos que contribuirão não só aos adolescentes, mas também a pais, educadores e todos os "ex-adolescentes" que buscam uma melhor compreensão dessa fase de excitação e confusão, insegurança e entusiasmo - de transição.

Capa do livro Família, Escola da Alma

Estudos sobre a família, realizados em reuniões públicas semanais na Casa Espírita Eurípedes Barsanulfo, na cidade de Campina Verde, MG. São abordados temas de grande interesse para todos que vivenciam problemas, conflitos familiares, e também aos que se comprometem com a divulgação dos postulados espíritas no que toca a família, parentela, ambiente familiar e realidades da vida cotidiana. Outros oportunos assuntos são analisados: casamento, divórcio, paternidade como missão, crianças, jovens, vocação dos filhos, tóxicos, filhos excepcionais, desvinculações, família e religião, sexo, homossexualidade, suicídio, aborto e a importância de se cultuar o evangelho de Jesus nos lares.

Capa do livro Reforma Íntima começa do berço

Queremos educar nossos filhos e ajudá-los a ser felizes. A educação é a construção do ser humano, existência após existência. Nos dias contemporâneos, trata-se de um sério problema, pois está apenas voltada para a instrução. Tudo será diferente quando lembrarmos que o ser humano é, essencialmente, o espírito. É preciso educar o espírito, mas como instruir aquilo que se desconhece? Da concepção aos primeiros anos de vida, o espírito está na vitrine, exposto e mostrando o que veio melhorar e corrigir na atual existência. É possível e fácil ajudá-lo a reformar suas más tendências já na infância, contribuindo para melhorar as relações humanas em pouco tempo, quando o foco da educação for apontado para o espírito. Estudar a criança: situações graves podem ser evitadas com essa simples atitude. Esta é a proposta deste trabalho.

Capa do livro Feliz Adolescer

Reflexões sobre as transformações que ocorrem durante a adolescência do ponto de vista psicológico e espiritual. Essa transição significa não só crescer, mas é também uma passagem complexa em que ocorre a busca pelo significado existencial. Por isso, é preciso reavaliar crenças próprias do senso comum e notar que a adolescência é um acesso obrigatório, por vezes delicado ou turbulento, entretanto fundamental na vida de todos.

Capa do livro Crianças Antigas

O livro mostra em uma narrativa envolvente e verídica, como acabamos aprendendo com os nossos filhos, principalmente, no que diz respeito à mediunidade que os envolve. Em cada página de Crianças Antigas, nos convencemos de que eles, nossos filhos, já se comunicam, conosco, muito antes de chegarem aos nossos braços. O livro é um convite carinhoso e sério que nos faz sentir e valorizar os atributos mediúnicos e morais de cada um, a fim de encontrarmos caminhos inteligentes e educativos para as nossas crianças, e, juntos, crescermos em direção à libertação espiritual.

Capa do livro Coisas de Adolescente

De todas as fases, a adolescência é aquela que é vista como a mais conflitante. Talvez por todas as mudanças físicas e todas as decisões que o jovem tem que tomar para garantir sua inserção na vida adulta, ela é apontada como uma fase onde o homem passa por uma verdadeira crise: a crise da adolescência. Para compreender um pouco mais sobre essa fase, o leitor irá acompanhar as experiências de um adolescente que solicitou um terapeuta para ajudá-lo a superar seus conflitos de adolescente. Muitos consideram que tais conflitos são apenas "coisas" de adolescente...

Capa do livro Coisas de Adolescente

A família, na condição de grupo sanguíneo, está formulando um vigoroso pedido de socorro à sociedade em geral. Neste oportuno trabalho foram reunidos vários esclarecimentos e orientações de diversos espíritos, dentre os quais Amélia Rodrigues e Benedita Fernandes, além de entrevistas com Divaldo Franco referentes ao tema, numa tentativa de contribuir para o ajustamento e fortalecimento dos laços familiares, tão essenciais para o equilíbrio social. Um brado e especial S.O.S. para a família!

Capa do livro Criança – Uma abordagem espírita

Chama-nos a atenção para o significado espiritual da criança em nossa vida e para a regeneração moral da humanidade. A criança é apresentada como um ser em evolução, trazendo a cada existência a carga de suas experiências reencarnatórias e manifestando, desde os primeiros anos, as suas tendências e a rogativa de sua reeducação ou cota de solidariedade para a consecução de seus objetivos na Terra.

Capa do livro Mediunidade e Obsessão em Crianças

A presente obra vem enriquecer a literatura espírita por concentrar em apenas um livro muitas respostas aos questionamentos que muitos de nós fazemos com relação ao comportamento infantil, quando se trata de mediunidade e/ou obsessão.

Capa do livro Mediunidade e Obsessão em Crianças

Síntese das experiências de um jovem de 23 anos desencarnado. Suas impressões simples num clima sério e jovial.

Capa do livro Ainda existe esperança

Muitos jovens estão fragilizados pelos desarranjos familiares e sociais, e isso age diretamente em suas vidas. O Espírito Luiz Sérgio retorna, agora pela mediunidade de Adeilson Salles, relatando o que realmente acontece nas baladas e em outras situações da rotina tumultuada da juventude. Retrata o lado espiritual de uma escola e faz revelações acerca da influência dos espíritos sobre os jovens, além de mostrar os bastidores espirituais das reuniões de evangelização de jovens e crianças. Valioso material, que estimula as novas gerações a assumir seu papel de liderança positiva no mundo. Apresenta depoimento da mãe de Luiz Sérgio, dona Zilda Neves de Carvalho, atestando a autoria do filho.

Capa do livro Novas Mensagens

Muitas crianças torturadas pelo desespero ou pela falta de esperança irão encontrar, neste livro, um ponto de apoio, uma fonte de luz espiritual. Se o leitor quiser analisá-lo apenas do ponto de vista filosófico, com a lente da razão, encontrará resposta adequada aos problemas da sobrevivência da alma e do destino humano.

Capa do livro Na esperança de uma nova vida

Descreve os trabalhos de que o espírito Luiz Sérgio participa como aprendiz do Bem, por mercê de seus mentores, em zonas inferiores da espiritualidade, lugares nos quais a equipe comparece para socorrer espíritos infelizes, principalmente jovens que desencarnaram vitimados pelo uso de tóxicos e por vícios diversos. A obra contém ainda instruções úteis aos médiuns.

Capa do livro Os Miosótis voltam a florir

Relatos e alertas a pais, mestres e autoridades para o perigo das drogas, através de casos e experiências com toxicômanos. Luiz Sérgio descreve o trabalho da juventude na vida espiritual, mostrando que os miosótis voltam a florir e com eles desabrocham novas esperanças para a construção de um mundo melhor, desde que coloquemos amor e respeito em nossos corações.

Capa do livro O voo mais alto

Traz importantes ensinamentos e alerta para problemas hoje tão comuns, como jovens pervertidos, lares desajustados e pessoas que esqueceram Deus e os ensinamentos de Jesus, cujo evangelho é um brado de louvor à imortalidade da alma.

Capa do livro Jardim de Esperanças

Este livro trata de vários assuntos. Um deles é o valor do qual o Evangelho é a luz de todos os caminhos. Sem ele, o ser humano terá dificuldade em cumprir com o dever, principalmente se deseja educar sua mediunidade. "A humildade é a alavanca que dá forças para os médiuns permanecerem de pé".

Capa do livro Mãos estendidas

Neste livro, Luiz Sérgio nos narra alguns casos de suicidas e o carinho com que são tratados. Enquanto muitos encarnados os temem, neste livro sentimos vontade de acariciá-los, principalmente quando Luiz Sérgio nos diz: "Cuida bem dos irmãos de Jesus, eles ainda não sabem o que fazem".

Capa do livro Jardim de Esperanças

Um livro forte, onde nos defrontamos com o mundo das drogas, este terrível exterminador da juventude, um problema de característica biopsicossocial de grande importância para o mundo atual, notadamente quando os meios de comunicação noticiam com maiores números de artigos o aumento do consumo de variadas substâncias e suas nefastas consequências. Cada linha desperta, também, a nossa consciência pedindo orações pelos que lutam contra este mal.

Capa do livro Jardim de Esperanças

Analisa vários comportamentos perturbadores que se apresentam como testes de resistência para o indivíduo, enfocados à luz da psicologia, psicanálise e psiquiatria, mas sob o prisma da doutrina espírita. Medo, drogadição, tabagismo, estresse, violência, culpa, ansiedade, morte e outros conflitos são abordados. Para cada tema, soluções e exercícios práticos.

Capa do livro Jardim de Esperanças

Para todos aqueles que, ao acompanhar as transformações da Terra, desejam estar a par também dos fatos ocorridos no Mundo Espiritual.

Capa do livro Driblando a Dor

Luiz Sérgio narra a história daqueles que maldizem ou buscam nos vícios o alívio para suas dores. O tóxico é o assunto principal deste volume, que transmite experiências feitas por Espíritos inferiores na tentativa de burlar o planejamento divino. Os fatos narrados são verídicos.

Capa do livro Deixe-me Viver

Este é um alerta a favor da vida. Fala da preocupação do plano superior com a violência cada vez maior praticada contra os Espíritos: o aborto. O romance, em linhas cruas e dolorosas, descreve o tormento de abortados e as consequências para os que o praticam, sejam pacientes, indutores ou executantes.

Capa do livro Dois mundos tão meus

Entremeando o aprendizado com seus afazeres, o Espírito Luiz Sérgio relata o auxílio da espiritualidade a diversos irmãos prestes a deixar o corpo físico. Com seu jeito descontraído bem ao gosto dos leitores, aborda temas como a aquisição das roupas que os Espíritos usam, a doação de órgãos, a AIDS, dentre muitos outros.